Incertezas e Desconfianças

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  Já se passavam das 05 da manhã. Emanuel parou o fiesta 2010 no estacionamento de um hotel pois estava muito cansado para dirigir. No mesmo momento ele saiu do carro e caminhou em direção até o estabelecimento com o intuito de saber se haviam vagas disponíveis para que passemos a noite. Permaneci no carro com as portas trancadas. Foi quando percebi que Emanuel estava disfarçado havia pintado seu cabelo de um tom loiro escuro e colocado uma lente castanho claro em seus olhos azuis. No entanto era muito perceptível me reconhecer a quilômetros de distância, pois meu cabelos longos e ruivos, juntamente com minha forma de vestimenta e meus chamativos olhos acienzentados eram aspectos físicos que se destacavam até mesmo em meio a uma multidão e aglorameramentos de pessoas, por esse motivo não pude sair do carro até que Emanuel fizesse as reservas dos dormitórios. No entanto 20 minutos depois ele ainda não havia retornado. Tento olhar para o lado de fora abaixando os vidros do carro. Foi quando eu o vi chegar. Com passos largos ele se aproxima e diz:

- Não há vagas aqui, teremos que achar outro lugar...

O vento forte e frio que batia em meu rosto pálido vinha em direção da janela entre a berta do carro me fazendo refletir sobre uma série de coisas que acabará de deixar para trás. Naquele momento pude sentir em meus olhos as pálpebras cansadas e pesadas derramarem de maneira longa e tortuosa lágrimas doloridas de apreensão. Não sabia ao certo o que estava fazendo. Apenas tinha conhecimento de que precisava a qualquer custo proteger minha família. Não acreditava que estar perto deles iriam ajudá-los de alguma forma, minha presença em suas vidas só iram deixá -los em mais perigo. Por isso resolvo ir a cassada tornando meu objetivo central ir a fonte de descobertas, informações e evidências plausíveis para incriminar e destruir a família Portman de uma vez. Emanuel se tornava então meu personagem principal para a captura de todas as provas e indícios de que permanecia confiante em encontrar, só precisava fingir que acreditava em todas as suas explicações e interpretações do garoto doce inocente e gentil que fingia ser. Tinha consciência que poderia estar indo para uma armadilha, no entanto naquela altura de acontecimentos nada mais me abalava ou assustava, só pensava em salvar minha família daquele pesadelo....
- (...) O que você acha? Pergunta nuel.

Com meus pensamentos viajando para outro lugar, não pude acompanhar o que disserá antes.

- Perdão, não ouvi o que falou. Minha cabeça está a mil.
Com uma expressão de curiosidade ao morder os lábios, Noel disse:

- Imagino, nem posso lhe culpar por isso.
Só havia ressaltado que poderíamos parar para descansar um pouco. Voltaremos amanhã bem cedo para a estrada.

- Ótimo! O que sugere? Pergunto.

- Tem um hotel a cerca de 2 km daqui, podemos passar a noite lá.

- Okay! É a única coisa que consigo responder a ele.

Ao chegar no referido hotel, Emanuel vai direto ver se há quartos disponíveis, enquanto eu permaneço imóvel observando a porta de entrada, um tanto assustada e temendo encontar alguém encarregado pelo facção criminosa no intuito de acabar comigo. Meus pensamentos turbulentos me levam a uma série de interpretações de acontecimentos terríveis que poderiam se instalar naquele exato momento. Homens de capuz e roupas pretas armados até os dentes entrariam e me levariam, eu tremendo ao prantos imploraria por misericórdia e clemência. Ou talvez os próprios Portman estivessem bem a nossa cola para que quando menos esperacemos darem seu bote...

No mesmo momento meus pensamentos são interrompidos pela imagem de Emanuel caminhando em minha direção, segurando duas chaves grandes e pontudas...

- Consigui dois quartos para nós Cat. Mas ja vou lhe dizendo que ao olhar a situação deste hotel 5 estrelas posso imaginar que ambos devem estar empueirados e sujos de todas as coisas que possa imaginar, no entanto é o que temos para hoje. Ele diz com uma voz calma e triste.

- Se pensarmos bem da forma como anda nossas circunstâncias atuais isso até parece um luxo. Respondo com um tom de amargura.

- Sim, você tem razão. Bom já vou indo então. Estou muito cansado, vejo você amanhã as seis da manhã. Aqui está sua chave, seu quarto é o número 64. Boa noite.

De maneira gentil ele me entrega a chave e some do meu campo de visão indo direto ao seu dormitório.
Ao caminhar até meu quarto tudo que vejo ao meu redor são rostos estranhos e paredes encardidas e imundas. O cheiro que me acompanha também não é uns dos mais agradáveis que já senti. Minha visão fica um pouco embasada e sinto minhas pálpebras cansadas e febris. A exaustão domina minhas estruturas físicas.
Ao abrir a porta me deparo com quarto pequeno e estreito, com uma cama de solteiro e uma escrivaninha antiga e um tanto empoeirada de terra. Me deito ali mesmo e adormeço em segundos afastando os pensamentos turbulentos e todas as preocupações viventes.

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