O Começo

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  Em uma noite sombria uma inundação de sentimentos negativos se instalaram ao meu redor, desprazes frios como a água do mar, extensos como o oceano Pacífico e de uma fortificação imensa como uma maré que vem para te derrubar, dessa forma me afoguei diante daquelas palavras vazias e frias que saiam de forma voluntária da boca de Emanuel, cada sílaba que ele jogava de maneira brusca para fora corroeram minha alma e meu ser físico natural. Ele foi meu mais bonito desastre genuíno e puro, e como um bom desastre apenas consegui encontrar consolo e abrigo quando me absorvi de substâncias límpidas, foi então que pude respirar novamente, enxergar a clareza da luz do sol, e a tranquilidade do vento em meu rosto, naquele instante me senti viva de novo, e de certa forma ele acabou se tornando um conhecimento e aprendizado perpétuo para minha vida.

      Emanuel desde de seus 14 anos de idade era o garoto mais cobiçado e desejado entre todos. Garotas heteros se apaixonavam e mantinham o sonho de um dia ele notar que elas existiam. Garotos homossexuais possuíam uma certa atração por ele, (Ele era o tipo de todo mundo), enquantos os garotos heteros (isso incluía sua lista de amigos) desejavam ter a fama e os músculos que Emanuel possuia. Seu circulo social era composto basicamente pelos mais populares e sem cérebros garotos do colegial, a maior parte por atletas, até porque nuel ( a forma com todos o chamavam) era um membro do time de futebol e todos o vangloriavam por isso. Apenas pelo simples fato de ele saber diblar uma bola e conduzi-lá até uma rede. Ainda me lembro de um acontecimento no 9° ano quando foi feito o torneio de jogos em meu Colégio. Houve várias atrações é claro, porém o prestígio principal foi o jogo de futebol, e Emanuel a estrela do "divertimento". Todos gritavam o nome dele, o saudavam, e torciam para o time de Emanuel vencer o campeonato. No entanto ao final do torneio seu time acabou perdendo de um terrível 4×1, ficando em segundo lugar no ranking, e ocasionando uma bela de uma lesão em seu tornozelo. Naquele mesmo ano venci as olimpíadas de matemática mais adivinham quem era o herói da pátria? Sim Emanuel pelo 2°lugar no campeonato de jogos. Mais confesso ele realmente era muito bom no que fazia. E de certa forma fiquei satisfeita com um pouco de atenção que tive, nunca fui de me interessar por olofortes e plateias me exaustando.

    15 anos primeiro ano do ensino médio,Colégio novo, professores novos. Ainda eram 5 da manhã mais meus pensamentos não me deixavam dormir. Só de saber que daqui algumas horas estaria numa nova rotina e realidade de minha vida, já começava o desespero e aflição. Sempre fui muito intensa com meus sentimentos, começos eram sempre exaustivos para mim, o meio e o fim também, mais começar era sempre a pior parte.... Ainda não conseguindo dormir mudava de posição na cama a cada 25 segundos. Foi então que resolvi levantar de uma vez. Caminhei até a sala liguei a televisão. Logo me arrependi e desliguei. Nunca é interessante a programação na rede de televisão de madrugada, pelo menos não para uma adolescente de 15 anos. Resolvi então pegar meu livro que estava tentando terminar fazia 1 mês. Mais então logo em seguida o fechei e pós de volta em minha instante, pois a ansiedade a cada instante se abrangia profundamente e cada milésimo de segundo parecia uma eternidade. Ainda quando estava deitada em minha cama fiz uma lista das coisas que poderiam dar errado no primeiro dia de aula. Por que era tão torturante ser eu? Talvez pelo fato de que eu me auto-torturava. De qualquer maneira o tempo e as mudanças que se desenvolviam em minha vida pareciam acabar com todas minhas estruturas físicas e emocionais. Como sempre me peguei pensando nas minhas longas e infinitas mancadas e desastres que colecionava durante todos meus anos de existência, eu de certa forma possuía uma abilidade sem igual de cometer burrices, e atrocidades. Mais me consolava quando lembrava da minha mãe ela com certeza ganha de mim no requisito de fazer catástrofes, deve ser por esse motivo que todos vivem me comparando e especulando que sou igual a ela. Minha mãe é uma advogada criminal e divorciada aos 35 anos de idade, não estou insinuando que ela comete atrocidades pelo fato de ter se divorciado do homem mais macabro do mundo, muito pelo contrário, acho que ter separado de meu pai foi uma das melhores coisas que ela poderia ter feito, até porque ele é apenas mais um desses alcoólatras, machistas e violento que infelizmente habitava em nossa casa. Dar um fim naquela relação foi o melhor a se fazer, para mim e para ela, no entanto nestes últimos anos venho observando que desde que ocorreu a traumatizante separação ela procura de certa maneira preencher um vazio que mantém-se de forma grandiosa dentro de seu peito. Isso explica a dependência de relações com homens vazios, do qual consequentemente acaba ocasionando em ciladas com relacionamentos líquidos e nada concretos. E a cada fim de um ciclo ou relação que ela passa os ferimetos e machucados ficam mais intensos, fazendo com que a dor e o vazio dentro dela cresça de forma abundantemente. A diversas vezes que me sinto distante da vida dela, meu pai que está a quilômetros de distância. Porém minha mãe com menos de 1 cm de longitude de mim parece cada vez mais afastada ..

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