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Arrasta-se os dias com lentidão,
Angustia-se por demais o coração,
Perturba-se a alma já cansada,
Sou, no entanto, este ser desqualificado,
Buscando no recôndito da solidão,
Vozes que jamais serão ouvidas,
Mas que lá no âmago do peito,
Ressoam como um sino velho,
Arrasta-se os dias com amargura,
Angustia-se a pena do poeta,
Perturba-se a branca folha em que escreve,
Os dizeres são todos enigmas,
E os enigmas uma provocação,
É dizer sem querer ser compreendido,
Sou para os meus pares apenas um insano,
E para mim mesmo não me considero nada.

Arrasta-se os ponteiros do relógio,
Angústia-se o verso sem rima,
Perturba-se a melancólica nota da canção,
A lembrança é por demais atrevida,
Aos olhos do poeta,
Jamais deverá ser esquecida,
Mas, os coração é descuidado,
Sentimentos confusos e complexos.

Domingo calmo,
sem muito movimento,
com uma leve brisa a soprar vinda de qualquer lugar.
    
Domingo preguiçoso,
Sem nenhum movimento,
as ruas tranquilas,
avenidas silenciosas.

Domingo de gracejos,
é o dia mais esperado de todos, criamos grandes expectativas para esse dia incomum e especial.
    

Uma vez mais,
O teu sorriso brilhou em mim,
Enlouqueceu-me novamente,
E a chama ardente de teu sorriso,
Levou-me a mundos imaginários,
De tentações ocultas e prazerosas,
Sou aquele que sonha de olhos abertos,
Te desejando a cada momento,
Te desejando em cada verso,
Te vestindo com minhas palavras,
Te enfeitando com meus versos,
Mas, existe uma distância entre nós,
Uma muralha de vidro que nos separa,
Um intransponível abismo entre eu e você,
Arrasto-me nesta inóspita terra,
Angústia-se o olhar moribundo,
Perturba-se o meu ser dilacerado,
E uma vez mais,
Talvez a última vez,
Esse meu desejo descontrolado,
Querendo a doçura dos teus lábios,
Que eles não mais falem de amor,
Que eles apenas sintam o amor,
O tempo que for necessário,
O amor é mesmo gigantesco,
Até o infinito do universo,
O amor que não tem fim.

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