É no mesmo olhar de outrora,
No mesmo olhar que a muito me perdi em solitárias e doloridas lágrimas, neste mesmo olhar, despretensioso, elegante, descuidado às vezes... Eu me reencontrei sem querer ser encontrado.É no mesmo olhar de outrora,
No olhar enxergo a dor do amor, de quem nunca o teve, estando ao lado dele o tempo todo. Sou estranho, eu sei disso, e desejaria não saber, afinal, disse certo poeta que amar se aprende amando. Como então, desaprender a amar?É no mesmo olhar de outrora.
No mesmo olhar de primaveras de insônia, de noites inteiras esquecidas, de tristeza, dor, melancolia. No mesmo olhar, de lábios cerrados, lábios que o poeta em sua loucura tanto desejou. Esses lábios que beijos não selaram, mas que agora, sorriem em face do meu descontentamento.É no mesmo olhar de outrora.
No olhar deste que vos escreve, existe uma lágrima, minha única e desesperada lágrima, descendo, morrendo, sem a esperança de nunca florescer. Talvez um dia, talvez, essas palavras encontrem o mesmo olhar de outrora.

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TODA POESIA.
PoetryEste é o meu segundo livro de poesia, poemas estes, na qual lapidei por quase um ano. Neste volume de 50 poemas, intitulado, 'TODA POESIA', cada verso e estrofe são trabalhados livremente, sem rigores técnicos e estilísticos. São poemas soltos, int...