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Foi um sonho,
Apenas um sonho como qualquer outro, 
Pelo menos parecia ser como qualquer outro, 
No entanto, 
Quimeras do passado assaltaram o meu sonho neste início de novembro.

Parecia simples,
Não havia muito detalhes, 
O lugar era desconhecido, 
Completamente desconhecido de mim,
Havia um quarto, não muito grande, nele, uma cama de casal, 
Lençóis bagunçados, 
Um guarda roupas de cor escura.

De repente, ela surge,
Ela, a moça de outrora, 
A mesma que vi atravessar a rua, 
Ela surgiu repentinamente na penumbra, 
A sua imagem formou-se na minha frente, 
O olhar luminoso, 
A rósea face de encantos feiticeiros, 
A voz como sinfonia divina.

De repente, o desejo,
Ela aproximou-se,
Os sonhos são estranhos eu confesso,
As mãos delicadas tocaram a pele do meu rosto, 
Queimando minha carne em desejos insanos, 
Havia no meu rosto um emaranhado de barbantes que me impediam de beijá-la, 
Ao retirar o último fio, 
Senti a aproximação dos seus lábios quentes.

Um beijo inesquecível,
Foi inesquecível, 
Quisera eu tornar aquele momento eterno, 
Aqueles beijos, os lábios ao tocar os meus, 
As suas mãos a deslizar sobre meus cabelos, 
O entrelaçar lento de nossos corpos, 
A frouxa luz do quarto, 
Nossos corpos unidos como se fossem um.

Tudo foi um sonho,
Infelizmente, 
Embora parecesse real, 
Tudo aquilo foi um sonho, 
Terrivelmente maravilhoso e inesquecível, 
Sentir a doçura daqueles lábios, 
Sentir o calor ardente daquele corpo no meu,
Quisera eu ter todas as noites o mesmo sonho com a moça de outrora,
Quisera eu.

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