A BATALHA DE SERÁ-HARAM

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O encontro do exercito é algo espetacular, três povos diferentes unidos para enfrentar os soldados de Betúria. Assim que chegaram se acamparam junto ao vale de Bastirai que significa lugar de paz, meio contraditório para o momento. Já dentro de Será-Haram os lideres se reúnem para desenvolverem estrategias.

Vale de Bastiari é um dos lugares mais belos do reino de Esdronte, seu vasto campo com uma grama verde que rodeia todo reino de Será-Haram e de Parãn, por isso esta vontade de Beturia de conquistar os dois reinos, pois sua intensão é tornar este vale num grande meio de sustento para a cidade das águas, com plantações e todo tipo de animais para ter carne à mesa de seu povo.

Já na cidade dos gigantes se reúne os lideres dos três povos, Harbodeu e seus comandantes sabem que será uma das batalhas mais difíceis que terão e que provavelmente não será a ultima, a discussão é justamente está, como farão no caso de perderem esta luta, como poderão deter a investida da rainha sobre a cidade de Etineia que é a próxima antes de chegar a Esdronte.

- Caro amigos e irmãos de um só propósito, eu antes de chegar até aqui voei com meu belo animal Sararde por toda província de Parãn e vi o agrupamento de Beturia se preparando, apesar de ser poderoso ainda não é o temido exercito azul, este sim se compara ao exercito de primeira grandeza de Esdronte, mas creio que venceremos esta batalha, pois somos em maior numero, alias não podemos perder... e este é o motivo de minha confiança: Argumenta Harbodeu.

Cerilan o ancião do seralianos toma a palavra.

- Amigos não temos palavras pra agradecer tamanha dedicação ao nosso povo, sabíamos que tínhamos amigos, mas também sabemos que tem seus próprios problemas e não esperávamos tanta ajuda assim. Eu agradeço em nome do meu povo por esta ajuda e firmo o compromisso de lutarmos qualquer batalha que for preciso.

- Sabemos disso grande ancião de Será-Haram e pra nós também é uma grande honra lutarmos ao lado de vocês e por todo povo de Esdronte. Termina Careamam.

Então todos levantam os copos e brindam pela união dos povos.

Assim que terminam, Harbodeu e o príncipe saem a sós para conversarem, o mago tem algo para dizer que talvez mecha com o jovem.

- Como você sabe, que eu vi muita coisa enquanto voava por Parã, e numa destas visões eu vi Zerote e Madelim muito próximos, abraçados e se beijando, porem ainda tem alguma coisa me dizendo que tem uma coisa errada, ele pode estar sobre feitiço de Zarin.

- Também acredito nisso mago, eu conheço Zerote, apesar de nossas diferenças eu sei que ele é leal ao seu povo, o problema é que estamos prestes a nos enfrentarmos e se você não descobrir nada antes deste momento, algo poderá acontecer com ele.

Por um tempo os dois ficaram em silêncio, pois tinham muitas coisas para resolverem e pensarem como enfrentariam a batalha, o tempo estava diminuindo e logo estarão em meio uma grande luta por suas vidas.

A noite vai chegando e as fogueiras em meio aos grupos de soldados fazem a paisagem noturna ficar espetacular, a lua de Horiene não é das mais claras, seu brilho se reserva a mostrar apenas o contorno da grande serra de Parã de nome Carnavali que quer dizer manto verde, pois toda a serra tem uma vasta folhagem rasteira bem verde.

Enquanto os soldados comem, conversam e esperam o grande dia com temor, eles têm grande certeza de estarem no lugar certo e se encorajam a defenderem a liberdade dos povos de Esdronte.

Antes de o sol nascer a claridade ultrapassa a serra Carnavali, e a movimentação no acampamento é grande, cada homem ajunta seus trajes e limpam o local em que passaram a noite, a fogueira ainda continua aquecida, pois preparam o desjejum com caça e lentilhas colhidas no campo.

Na cidade há também movimento, os grandes lideres se reúnem de novo e esperam que o mago Harbodeu diga algo sobre a preparação de Beturia, querem saber o que ela planeja para a invasão.

- Grande mago... o que esperar agora? Precisamos saber como faremos e o que faremos na preparação para enfrentar o exército de Aquárias. pergunta um dos lideres de Será-Haram.

Mesmo com toda confiança os povos unidos estão apreensivos, pois nunca lutaram uma batalha. 

- Saberemos oh ancião dos seranianos... não tem como não saber de uma movimentação desta magnitude, o som do agrupamento será ouvido a distancia.

- É verdade...  estamos preparados para este momento, pois não há outro jeito se não o de lutarmos. Completa Falari.

- Estamos prontos sim Falari... reponde Careamam e você sabe bem que sim, pois fomos os primeiros a lutar esta guerra, estamos preparados de novo e ganharemos de novo, ainda mais agora com a ajuda do exercito real de Esdronte, os serarianos e seus guerreiros de Etinéia, pra falar a verdade nunca estivemos tão prontos desde o começa desta investida maldosa de Beturia sobre os povos inocentes de todo reino.

E assim que terminou estas palavras pronunciadas pelo jovem líder de Esdronte, todos deram um brado com as espadas para cima e este brado soou por todo vale e logo os que estavam acampados responderam com um grito de combate.

Antes mesmo que a demonstração de força dos povos unidos terminasse pode se ouvir grande batido de tambores e sons de shofar anunciando a partida de Parã.

O exercito de Beturia depois de anunciar a saída, se ajuntam como um só homem e a frente dele estão Zerote e ao seu lado o general do exercito menor, de nome Galacios, homem de grande força e destemiçao, ele fazia parte do exercito azul como segundo comandante, mas por ordem de Beturia foi convocado para liderar nesta empreitada.

Apesar de nunca terem lutado os soldados da rainha das águas parecem mais determinados, há uma grande força com eles, provavelmente não natural, pois do alto de um cume está Zarin a feiticeira de Aquárias com seu cajado para o alto e sobre ela uma grande nuvem negra e dela pode-se ver raios rasgando o céu, sua força é bastante grande. Ela entoa palavras de maldição sobre os povos de Esdronte e principalmente sobre Careamam e Harbodeu.

A MONTANHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora