RUMO A BATALHA

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O príncipe vendo que nada conseguiria de Malaquião foi se preparar para partir rumo a batalha de Será-Haram e  em quanto prepara seu cavalo pensa no que havia acontecido no seu sonho, apesar de uma grande duvida pairar em sua cabeça, que ser é este que entrou em sua mente assim.

Depois de todo o exercito estarem pronto, partiram rumo a Etinéia que não se encontrava tão longe, a marcha e lenta porém firme, o barulho dos soldados fazem todos entenderem que a batalha é cada vez mais real e os jovens soldados que nunca tinham entrado numa guerra, alias nem mesmo visto uma época como esta, apenas alguns veteranos que lutram com Bastari participaram de alguma.

  De longe todos veem a bela cidade de Etinéia e o alvoroço já pode ser ouvido, a movimentação no lar de Falari é de grande temor e tristeza vendo que seus jovens se juntarão ao exercito real e que talvez seja a ultima vez que verão seus parentes também.

Assim que chegam são saudados por Zerdamo e Falari.

—Grande amigo Falari! Salvo também Zerdamo.

— Oh! Príncipe Careamam! espero que esteja bem e preparado.

—Estou sim meu grande lider. E também espero que estejam prontos para partimos.

—Sim, mas antes comam e bem para criar forças para a viajem.

E assim que Falari falou todos sentaram para comer. Ali firmaram alianças e todos os  compromissos de voltarem salvos da batalha para que seus parentes não ficassem tristes e assim que comeram foram embora rumo a Sera-Haram, terra dos gigantes.

A caminhada será difícil, pois optaram por pegarem o caminho de Tarani, a terra dos Massádis pequenas criaturas, não são guerreiros, porém não temem a nada. Sua aparecia é semelhante a de um furão, a grande diferença é que seus corpos são muito musculosos, isso explica a grande força destas criaturas.

Conforme vão cortando a terra de Tarani um silêncio toma conta de todos, eles não querem perder tempo com os massádis e normalmente eles não interferem na decisão do rei de Esdronte, digo estas pequenas criaturas.

Quando se encontram na metade do cominho o exercito começa a ver uma movimentação a beira da passagem. Pela primeira vez milhares de massadis formam uma fileira a beira da passagem formando um grande exército.

No mesmo instante ha um alvoroço no agrupamento de Careamam, os guerreiros não estão a vontade vendo o cerco que se formou diante deles.

São pequenos, porém muitos e a formação deles era de ataque, com tudo o príncipe ordenou que não reagissem, eles estavam ali para se protegerem.

Todos entendem que são hostis, mas não são violentos e quando o clima já era bastante tenso eis que surge o grande mago Harbodeu no dorso de um belo animal, o temido Sararde, uma besta fera gigante com asas que lembra bastante um dragão, porém não tem escamas.

—Salve grande amigo! Bem vindo de volta.

—Obrigado amado príncipe!

—Que encontro inesperado, achei que te encontraria em Sera-Haran.

— Na verdade eu estava lá, mas uma visão me fez vir em disparada, a rainha das águas tentava dominar os massádis através do poder de Zarim. Agora estão livres do feitiço.

E assim que Harbodeu termina de se dirigir ao príncipe a formação dos massádis se desfaz. 

Em Parãm, Madelim e Zerote conversam sobre sua ida para batalha contra o gigantes Seranianos.

— Eu acredito que ainda não é o momento de você enfrentar os gigantes e muito menos Careamam...

— Minha linda Madelin, não tenho medo de nenhum dos dois, pelo contrario não vejo a hora de enfrentar aquele covarde.

— Mas temo por você Zerote, temos pouco tempo juntos. Como eu sei que não vai me ouvir eu irei com você, juntos somos mais fortes.

— Tire isso de sua cabeça, nunca permitirei que lute por mim, eu sou capaz de me defender. Então está resolvido este assunto.

Enquanto conversam o exército de Beturia se prepara, arrumam as armaduras e seus cavalos.

Assim Zerote se despede de sua amada, porém Madelim não ficará quieta, ela desobedecerá a sua mãe e seu jovem amado. Desta vez não há um sentimento de tristeza em Madelim, pois ela irá para batalha.

Depois de Harbodeu contar tudo que está acontecendo em Será-Haran e como anda a preparação do exercito, viram que se aproximavam da bela cidade dos Seranianos e de longe são recebidos pelos gigantes com um grande brado, que pode ser ouvidos a vários cabos de distancia, inclusive por seus inimigos.

Todos em Parãn se assustaram com os gritos de alegria que ouviram de longe e sabiam que se tratava do exercito unido de Careamam. Zerote com todo ódio que guardava saiu daquele lugar e foi ficar a sós.

— O que aconteceu com você Zerote? Por acaso se assusta com barulho?

O jovem foi pego de surpresa, Beturia não costumava aparecer assim. Ele se levanta e em seguida faz reverencia a rainha das águas.

—Minha rainha... Não me assusto facilmente.

—Eu sei muito bem disso, preciso que cumpra seu propósito e acabe com o herdeiro de Esdronte de uma vez por todas.

— Farei isso! E te mostrarei que sou digno de ser seu soldado.

— Então vá e me traga a cabeça dele.

Zerote saiu dali correndo e montou em seu cavalo negro com toda sua gana por vingança, sua afeição mudou completamente, parecia que o ser da sombra se apoderou dele.

Negro se empinava e batia seus cacos no chão cavando a terra de Parãn e sua impaciência começou a contaminar os outros animais que se agitavam e criavam grande confusão nos estábulos.

— Zerote! Segure seu cavalo ele está deixando os animais perturbados.

— Sim meu comandante, eu farei isso.

E com um tapa no peito de negro fez com que o belo animal se aquietasse.

O comandante da segunda guarda de Betruria vendo que os animais não se aquietavam ordenou que todos montassem e ficassem em formação, este era o sinal de que a batalha iria começar.

Em Será-Haran em quanto todos comemoravam a chegada do exercito unido, escutam o som do chifre de um estodonte. Este era o aviso para que se preparassem para a batalha.














A MONTANHA NEGRAOnde histórias criam vida. Descubra agora