Capítulo 0.5 - Garupa

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N/A: Eu sei q quando eu posto muito vocês ficam com preguiça de ler, mas preciso postar até o cap 12 essa semana então me aguentem
(Quem já leu não precisa ler de novo pq eu n alterei, mas porém votem pfvr, bjos)

Por Verônica

[...]

Ao longo do dia tive que resolver muitos assuntos da construção do projeto. Liguei pra Toni e ela me encontrou pra fazermos um contrato ideal que iríamos discutir com a "Andrews Construções". Tive uma reunião pequena para me comunicar com os investidores, passei no terreno. O fato de ter sido um dia corrido e cheio de negócios prova que o projeto está caminhando pra frente, e eu estou contando com isso. Eram mais de 1200 m² para minha construção, por isso tanta papelada.

Dei uma olhada no local, o chão estava pronto mas não chegaram nem a começar subir as paredes, com a saída dos antigos pedreiros o chão estava muito sujo, eu sabia que era inútil limpar considerando que era apenas chão e voltaria a ficar sujo em menos de 5 dias, porém o fiz.
Eu precisava sentir que contribui alguma coisa com a construção dessa instituição de caridade.
Não importa se eu tive a ideia, não importa se eu fiz todo o projeto.
Tenho que por a mão na massa.

Eu gosto de fazer isso.
Por isso minhas mãos são tão ásperas, eu me envolvo de verdade nos meus trabalhos.
Subir uma parede é terapêutico de uma forma que poucos pode sentir, me acalma.

A "Andrews Construções" vai sofrer muito comigo invadindo o levantamento de paredes, porque eles vão ter que trabalhar junto com a Dona Lodge aqui.

Eu gosto de tudo relacionado a uma construção, as contas, a decoração, a planta, fazer maquete, construir e até limpar. Tudo.

O dia foi atarefado mas logo deu 20hrs, tinha que ir pra casa da Betty.
Talvez eu estivesse até meio atrasada, nada demais.

Coloquei uma roupa meio correndo, um cropped de flores com manga no cotovelo, calça jeans clara cintura alta, deixando minha barriga bem coberta e claro, um vans preto clássico, eu amo tênis, odeio quando eu tenho que usar roupas estilo executiva, gosto mesmo é de calça e tênis. Toni já estava lá pra me levar, as vezes ela é tão atenciosa e dedicada que eu tenho a impressão de que quer sair comigo.
Mas não costumo investir nesses pensamentos, se ela quiser, ela chama.
Acho que eu nunca me apaixonei de verdade, minha cabeça sempre esteve cheia com outros assuntos então minhas experiências românticas não são muito "uhu arco íris".

Toni: _Vamo lá princesa se não chegaremos atrasadas por sua culpa - brincou. Então eu peguei minha bolsa e abri a porta.

Verônica: _Haha, se você correr com esse carro nós duas morremos e nunca vamos chegar no jantar - brinco também. Ela sai da casa e eu me viro pra trancar a porta.

Toni: _Com licença senhorita Lodge, o que te faz pensar que vamos de carro? - perguntou em um tom divertido.

Verônica: _O que? - olho pra ela com uma expressão confusa e então vejo uma moto na minha garagem (era uma garagem aberta). _Você só pode estar brincando

Toni: _Relaxa Lodge, eu dirijo bem

Verônica: _Puta que pariu Toni - ela se aproxima, subindo na moto.

Toni: _Não dá uma de enjoadinha e sobe na minha garupa - seu tom ainda dava a impressão de que ela estava zombando de mim.

Revirei os olhos e fui até lá, sentando na garupa e colocando minha bolsa presa em minhas costas. Fazia tempo que eu não andava de moto, muito tempo.

Verônica: _A desvantagem é que não tem música

Toni: _Nao seja por isso - ela aperta um botão e só então noto uma caixa de som fixada no...sei lá como chama isso, vamos supor que seja painel. _ Segura firme princesa

Então ela começou a andar. Coloquei minhas mãos em sua cintura, pressionando um pouco, eu nunca tinha percebido assim antes, mas a Toni é muito pequena, muito pequena mesmo. Eu sou pequena, mas ela...Chega a ser muito fofo.

Então eu estava andando de moto, de novo. Faziam uns nove anos que eu nem sequer subia em uma, afinal, meu pai que tinha, ele me ensinou mas eu parei de andar.
A sensação, o vento no meu rosto, meu cabelo voando como em um filme de Hollywood e meu corpo colado ao dela ao som de funk de qualidade, era realmente muito bom.
Me sinto livre de uma forma inexplicável, algo tão libertador.

Por um segundo eu quis imitar Elena Gilbert na cena da moto com Stefan, mas não o fiz, eu me sentiria ridícula.

Coloquei meu queixo no ombro da garota de cabelo rosa que dirigia a moto, sentindo o cheiro de seu shampoo, era muito bom.

Toni: _COMO TA SENDO SUA PRIMEIRA VEZ EM UMA MOTO? - gritou para que eu ouvisse considerando que estávamos andando rapidamente em uma moto nas ruas de Riverdale, ou seja, meio barulhento.

Verônica: _O QUE TE FAZ PENSAR QUE É MINHA PRIMEIRA?

Toni: _Você é mesmo uma caixinha de surpresas hein Lodge - comentou abaixando o tom.

Verônica: _Felizmente eu cresci assim - dou uma risadinha e volto a apreciar a viagem.

Em algum momento Toni soltou uma mão da direção da moto e pegou na minha. Ela estava segurando minha mão, eu achei isso bem estranho.
Na verdade era até legal.
Mas, uau, ela me surpreendeu!
Tipo, assim, sem nem falar nada, simplesmente entrelaçou nossos dedos.

Eu sorri genuinamente.
É, acho que vou acabar decepcionando-a.

• 𝐈 𝐟𝐨𝐮𝐧𝐝 𝐚 𝐥𝐨𝐯𝐞 ☆ 𝐂𝐡𝐞𝐫𝐨𝐧𝐢𝐜𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora