Capítulo 2.8 - Sick Boy

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N/A: Feliz natal atrasado

Por Veronica

Estávamos na estrada novamente, juntas e fortes.

Como se nada pudesse nos abalar. E não sei como eu não estou assustada, porque eu tenho muito medo.

Eu perdi a todos, então na minha cabeça, quanto mais pessoas você coloca na sua vida, mais podem sair.

Tenho medo de me machucar, e agora, medo de perder a Cheryl.

Estou prestes a mostrar pra ela tudo que me assusta sobre mim. Minha ruiva vai saber sobre como eu matei um cara, vai descobrir que dormiu com uma assassina, que confiou em uma assassina. E eu vou torcer pra que ela não me deixe.

Agora, abraçadas nessa moto, eu sinto como se nunca tivéssemos estado separadas, isso é certo e sempre será.

Ronnie&Cherry, Cherry&Ronnie.

Depois de umas duas horas andando de moto, finalmente chegamos na minha cidade.

Pequena, como sempre. Meio deserta, como sempre também. Estacionei a moto na frente da "minha casa". Desci e olhei pra ela, abandonada, intacta.

Eu: _Agora eu vou te contar tudo, e não vai ter mais volta, não tem como apagar essas informações - suspiro e a ruiva coloca a mão no meu ombro. _Eu quero te contar, mas você tem certeza absoluta de que quer ouvir?

Um silêncio se instalou por 10 segundos.

Cherry: _Sim Ronnie, eu quero saber, quero te conhecer, saber tudo sobre você, e eu vou continuar aqui, pode ter certeza - sorriu e eu sorri de volta, depois encostamos as testas e os narizes.

Eu: _Você promete?

A ruiva procura minha mão, entrelaçando nossos dedos.

Cherry: _Juro de selinho - brincou e eu selei nossos lábios por alguns segundos.

Separamos as bocas mas continuamos com as testas encostadas e compartilhamos o mesmo ar por mais um tempo. Depois afastamos os rostos.

Eu: _Bom, essa era minha casa - puxo ela pra entrar, o local está abandonado.

Era uma casa de tijolos rústicos e madeira, nada muito chique, porém bem confortável.

Abri a porta, o local estava escuro e as tábuas do chão estavam fazendo barulho.

Eu: _Aparentemente ninguém morou aqui depois que eu, minha mãe e minha irmã saímos... - ando pelo corredor até a sala.

Cherry: _É, tá meio empoeirada - comentou discretamente e eu ri.

Abro a janela da sala, tendo vista a estábulos vazios.

Eu: _Aqui ficavam os cavalos do meu pai, a paixão dele, além das motos claro - a ruiva se aproxima pra olhar.

Cherry: _Foi seu pai que te ensinou a andar de moto?

Eu: _Com certeza - sorrio, me lembrando. _Sei dirigir motos desde meus 11 anos.

Cherry: _Espera, o que? - perguntou chocada.

Eu: _Isso mesmo que você ouviu, ele também me dava cerveja, me ensinou a atirar, vou te contar que eu já prendi algumas pessoas - rio.

Cherry: _Então ele era o Sherrif? - questionou, se afastando da janela.

Eu: _Ele meio que era tudo - pego em sua mão, guiando até o escritório.

Estava repleto de fotos, alguns certificados, o distintivo.

Eu: _Hiram Lodge assumiu o papel de Sherrif, prefeito, faz tudo, pai de todo mundo - sorrio, tirando a poeira de um dos retratos.

• 𝐈 𝐟𝐨𝐮𝐧𝐝 𝐚 𝐥𝐨𝐯𝐞 ☆ 𝐂𝐡𝐞𝐫𝐨𝐧𝐢𝐜𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora