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- Muito obrigada Mada, por me emprestar sua cabana, eu precisava de um tempo pra pensar.- Falo no telefone com amigo.

-Fica avontade Mag, Mi casa és su casa, mas ainda não acredito que você tá saindo da correria de New York, pra se isolar no Colorado.-

Suspiro e olho para meu relógio, daqui meia hora meu vôo sai:

- Não é me isolar, eu só preciso de um tempo.-

-Esse tempo não precisa ser longe de todo mundo, o Xander e o Kairo vão sentir saudades.-

-Eu juro que vai ser rápido, logo logo tô de volta pra atormentar vocês.-

-Pelo menos compra um cachorro, ou adota um urso, um alce, sei lá.- gargalho.

- Eu juro que se eu ver um desses eu coloco pra dentro de casa.-

A cabana do Mada fica dentre as montanhas, num lugar isolado e aconchegante.

Aspen é um lugar aconchegante.

Geralmente, o lugar fica mais frequentado no inverno, por conta do Ski. Atualmente é outono, e duvido que tenha uma alma viva ao redor daquela casinha linda.

- vôo 177 próximo a decolar, faça seu chek in e boa viagem.- levanto da mesa de Starbucks do aeroporto e vou direto pra porta do embarque, já que meu chek in já estava feito.

Isso tudo vai ser bom pra mim, tenho certeza.

Procuro minha poltrona e me sento.

Porque em um avião gigantesco, sobra tão pouco espaço para os passageiros?

Essa pergunta eu me faço toda vez que me enfio em um avião.

Meu celular toca:

-Oi Mada.-

-Mag eu preciso falar uma coisa-

-O que?- sou interrompida.

-Senhora, desculpe interromper, mas tem que colocar o celular no modo avião.- a atendente de bordo me comunica.

Concordo com um sorriso e digo pra meu amigo:

-Quando eu chegar lá você me fala, tenho que desligar, beijo.- e desligo a chamada.

Cada segundo que passa eu fico mais nervosa, o sentimento é uma mistura de medo com Euphoria.

Mergulhada em pensamentos, demorei pra reparar no homem — que eu conheço de algum lugar — falando com alguém no telefone e que, naquele instante, também foi repreendido pela aeromoça.

O mesmo parou na minha fileira, me dirigiu a melhor cara de " nem tenta puxar assunto", entendi o recado, grandalhão.

O cara realmente era grande, 1,90 talvez, bastante forte, a mandíbula travada evidência o rosto quadrado, mas a grande barba esconde tal coisa, seus cabelos grandes preso em um coque. Ele era naturalmente lindo, exótico. Um Deus. Um artista que ganha milhões pra fazer um filme. Jesus! Eu não paro de olhar.

A camiseta branca mal escondia seus músculos, e ao se movimentar pra sentar do meu lado, sua camisa subiu um pouco deixando a V line a mostra, o caminho que enfeitiça qualquer pessoa.

Ele exalava uma aura meio bruta, como um astro de metal rock.

Sua beleza me encantou, mas eu não tenho mais cabeça pra isso.

Me mostrei desconfortável do seu lado, já que seu tamanho era mais que o dobro do meu, o mesmo me olhou, pelo canto de olho e percebi.

Seu olhar era triste e irado.

Ignoro a montanha de beleza do meu lado e coloco meus fones de ouvidos, ligando numa música qualquer no máximo e fechando os olhos.

Seria um novo começo a partir de hoje.

Acabo pegando no sono.

Acordo com o anúncio de que havia chego no Colorado, me sinto aquecida e confortável.

E então percebo, que estou deitada no peito do brutamonte, sua grande mão esquerda se encontra no meu braço, fazendo leves movimentos.

Olho para seu rosto e ele se encontra dormindo também. Os movimentos eram automáticos.

Me espreguiço e delicadamente saio do seu aperto.

Ficamos como dois pombinhos, casal de namorados durante essas duas horas e meia?!

Ele acorda assim que me levanto, seus olhos vermelhos de sono dá um contraste forte com seus tons de verde e mel:

-Licença.- peço.

Então saio e me obrigo a parar de pensar naquele homem, afinal, estou aqui pra fugir deles.

Esquecer ele.

Sai do aeroporto e fui direto alugar o carro, um Jeep Wrangler, agora me encontro dentro dele.

Respirando a liberdade, sentindo o sol quente e a brisa gélida do outono.

Quando chego na cabana fico satisfeita, Mada sempre cuidou de mim, em nome da minha mãe.

E ele continua cuidando, mesmo de longe, a cabana em perfeito estado.

Estaciono e vejo a lenha já cortada pra lareira, subo suas escadas com certa dificuldade, já que estou trazendo minhas malas de uma vez.

Abro a porta e me deparo com uma linda sala. Cada momento que passa sei que fiz uma boa escolha em vir pra cá.

 Cada momento que passa sei que fiz uma boa escolha em vir pra cá

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Tomo um banho relaxante e demorado, coloco uma roupa confortável e de frio.

Pra ser mais sincera, um pijama de renas.

Coloco a pizza que comprei no mercado — antes de vir pra cá — no forno e me lembro que Mada queria falar algo comigo.

Subo a pequena escada na procura do meu celular, e ligo:

-Porque diabos você não avisou que tinha chego?-

-Calma, eu fiz compras e aluguei um Jeep, tô pensando em pegar um cachorro.-

-Tá tudo bem aí?- me pergunta.

-Sim, o que você queria me dizer no avião?-

Ele se cala e sei que franziu a testa:

-Mada...-

Então ouço um barulho ranger na porta, travo por um momento:

-Era isso que eu queria contar.-

Desço o pequeno lance de escadas e vejo algumas malas no chão:

-Mada o que é isso?-

A ligação caiu assim que ele ia responder.

Então olho novamente pra porta:

-Você?-

Oi! Tudo bem com vocês?
Espero que tenham gostado !!!
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Até a próxima 💕

Ghosts - Jason MomoaOnde histórias criam vida. Descubra agora