n i n e

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O vento aqui é forte e gélido.

E eu continuo sem reação pelas palavras de Jason:

-Falei sério. Nunca mais faça essa porra denovo.- dessa vez seu tom é mais baixo e controlado.

Então eu o questiono:

-Porque? Porque você está tão preocupado Jason?- meu timbre é grave.

O mesmo me ignora olhando para o horizonte:

-Jason, quem são eles.-

-São homens no qual você não quer se envolver.-

-E você está envolvido com eles? Que droga, abre o jogo logo.- me irrito.

E num sinal de "sem paciência" bato com o pé direito no chão, teimosia, como se isso fosse chamar a atenção do brutamontes na minha frente:

- Eu já me envolvi em briga, contra eles, isso foi no Canadá, tava defendendo meu vô.- sua voz cautelosa e eu presto atenção. - meu vô tinha Alzheimer, então em um descuido ele foi pra um bar, o mesmo que esses idiotas estavam, e arrumou confusão. Eu cheguei a tempo de salvar meu vô, mais não meu rosto.-

A cicatriz...

- Não me olha com pena, eu faria tudo denovo.- Sorri.

-Eu te entendo Jason, mas não pense que isso muda minha opinião e minha atitude, eu faria tudo denovo. Você tem uma imagem agora, não vou te deixar em apuros quando eu posso fazer algo.-

-Jesus, você é assim mesmo?- Ele está mais agitado do que tudo o que eu já tinha visto dele, mas seu corpo não exala raiva. - Você parece uma banana de dinamite, sabia?-

Dou de ombros e concordo, olhando finalmente para o horizonte. A única coisa que ilumina são as estrelas, muitas, mais do que poderia imaginar algum dia ver a olho nu.

Lindas, e milhares.

-Acho melhor irmos pra casa.- digo.

Casa. A pequena cabana, com um cão e duas pessoas, isoladas. No meio da floresta, entre as montanhas.

Casa. Uma palavra cujo não tinha significado pertinente pra mim durante anos.

Me sinto em casa com Momoa.

Seguimos para a moto, todo o caminho sinto Jason irritado, excitado.

Chegamos na frente da pequena cabana, seus olhos olham tudo, exceto pra mim. Estala os dedos e o pescoço, precisando relaxar.

-Está tudo bem.- digo, perto o suficiente pra roubar um beijo, penso em pedir desculpas, mais sou orgulhosa o suficiente pra não fazer-lo.

Talvez um dia eu assuma, mas esse dia não será hoje.

Quando abro a porta, Zeus corre em nossa direção, tudo limpo e como os conformes, agacho pra fazer carinho no mesmo:

-Oi lobinho.- Sussurro para o cão. - Vai dar um pouco de carinho pro papai, ele tá tão bravo com a mamãe.- sei que Jason pode ouvir, mais ignoro e continuo fazendo carinho no cão.

Zeus vai para o sofá, onde Jason observa tudo calado e deita sua cabeça no colo do mesmo.

Levanto e sigo para o andar superior.

Tiro toda a roupa e vou pro banho, pra acalmar os nervos e tirar o suor da dança.

Acalmar a adrenalina que ainda está batendo com força total no meu coração.

Ghosts - Jason MomoaOnde histórias criam vida. Descubra agora