Ghosts - Jason Momoa

f o u r t e e n

Pov Maghda

Assim foram os três dias, intensos, e tão rápidos que eu nem percebi quando acabou.

A mãe natureza foi boa o bastante comigo, pois a tempestade terminou tarde demais pra Jason conseguir uma passagem de última hora, então ele deixou pra amanhã.

Ou melhor, pra hoje.

Suas duas malas já estão arrumadas, e o mesmo se encontra no banho.

Vai ser impossível de olhar pra cada lugar dessa casa e não imaginar a gente.

Mais que porra Maghda! Eu vim aqui pra dar um tempo, nem pensar em relacionamento, e agora estou aqui, sofrendo por um amor não recíproco e passageiro.

Foi só uma aventura.

Preciso colocar isso na minha maldita cabeça:

-O papai tá indo mais eu prometo cuidar de você pra sempre.- digo baixinho para Zeus, e seco uma solitária lágrima.

Afinal de contas, eu acabei apaixonada né.

Tudo culpa do Mada:

-Vamos?- ouço a grave voz atrás de mim e me arrepio.

Concordo com a cabeça e vou colocar meu tênis.

Ainda ouço Jason falando com Zeus mas logo que desço novamente ele se cala.

Saio primeiro, e olho pra Jason por cima do ombro, inferno de homem.

Até com suas roupas confortáveis é de tirar o fôlego:

-vamos na agência da moto antes de ir pro aeroporto, tudo bem?- Ele me olha de forma tão intensa que até dói.

-Tudo bem, eu levo o carro.- tento dar meu melhor sorriso.

Sigo dirigindo pelas ruas de Aspen calada, e continuo calada quando vejo Jason entregar a moto pro homem de blusa xadrez.

Troco meu lugar e deixo o mesmo dirigir o Jeep, o clima está chuvoso e na avenida secundária ( mais vazia ) ainda se encontra algumas árvores de outono, agora com a neve derretida, especificadamente nessa região.

Sinto muitos arrepios quando sua mão grande vai de encontro com minha coxa e aperta com vontade, mas continua olhando pra estrada e calado.

Estamos sentindo muito.

O caminho até o aeroporto é rápido e silencioso.

O ajudo levando uma mala de rodinha enquanto ele leva outra mais pesada, feito o check'in a hora mais temida chega.

Despedida.

Jason se vira pra mim e abaixa o rosto pra me olhar, seu olhar intenso carrega tanta coisa que mal consigo respirar, sua mão quente vai de encontro com minha bochecha num carinho cúmplice.

É linda a nossa forma intensa, pena que acabou.

-Maghda.- ouço falar baixinho.