S e v e n

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Já se passaram dois dias desde que eu contei tudo para Jason.

Fiquei aflita, com medo de algo mudar, mas estava completamente enganada, ele foi tão honesto comigo quando disse que nada iria mudar. E realmente cumpriu o que disse.

É libertadora a sensação de não ter nada pra esconder ou admitir, na verdade ... Eu tenho uma coisa pra admitir, mas não é hora.

-Ah não Zeus.- ouço Jason reclamando lá de baixo.

Sorrio fácil e olho:

-O que ele fez dessa vez?-

- Ele destruiu meu chapéu.- diz e eu gargalho.

-Finalmente alguém resolveu fazer algo contra esse chapéu horroroso.-

Jason me olha sério, mas consigo ver sua vontade de rir.

-Porra Zeus.- Diz Jason quando o cão corre pela casa balançando o chapéu.

O cão ganhou nossos corações, e a gente ganhou a confiança dele.

Zeus nem liga para os brinquedos em que comprei pra ele, gosta mesmo é de qualquer coisa que seja do Jason.

-Volta aqui!- diz correndo atrás do cachorro.

É hilário ver um homem de 1,93 de altura e 39 anos correndo por aí de meia atrás de um cão.

Estou perdida em pensamentos, quando ouço Jason me chamar:

- Oi?-

- Vem cá.-

Levanto e sigo pra debaixo da escada, onde ele se encontra abaixado.

Suas costas largas são lindas e musculosas.

-O que foi?- Jason abre espaço e consigo ver, uma pequena porta no chão.- como a gente nunca viu isso?-

-Não sei. Vamos lá em baixo.-

-Vamos nada não.-

Viro as costas para sair de perto mas ele me agarra pela cintura, que delícia...

-Vamos lá, não me deixa sozinho.- reviro os olhos e concordo.

Jason abre a pequena porta no chão - o quão estranho é dizer isso - e desce pelas escadas.

Estendendo a mão pra mim descer junto, sua mão é quente e grande. O oposto da minha, pequena e fria.

Aqui tem um monte de tralha, minha renite começa a dar as caras em poucos segundos respirando aquele pó todo.

-A gente precisa arrumar isso.- comento.

-Olha o que eu achei.- diz ele balançando um violão em perfeito estado.

Acho que aquele instrumento é a única coisa que salva aqui de baixo:

-Maghda você ta bem?- Jason me pergunta.

-Estou, é que tenho renite.- digo rindo, e dou três espirros seguidos.

Começo da subir as escadas, quando meu celular toca.

Um bom sinal, literalmente.

Jason deu um jeito na antena e conseguiu uma rede pra gente. Ou seja, Internet e TV graças a Deus.

-Alô?- atendo.

-Oi Magh.-

-Pai, tudo bem com o senhor? Bença.-

-Deus te abençoe, tô bem sim, tô ligando pra saber quandro você vem.-

Ué:

-Pai, acho que mês que vem.-

Ghosts - Jason MomoaOnde histórias criam vida. Descubra agora