f o u r

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Acordo sem medo. Com o som da chuva.

Estamos os dois no chão da sala, cobertos, Jason com um de seus braços na minha cintura.

Pego meu celular e vejo as horas

2:40 da manhã.

O som do ressonar baixinho de Jason me trás calmaria.

Levanto pra fazer xixi e logo após beber água. Por curiosidade vou até a janela e olho a tempestade do lado de fora.

Isso tá bruto.

Um raio soa e uma Maghda assustada volta a se deitar nas cobertas com Jason Momoa.

Rio ao dizer isso, mesmo em que só nos meus pensamentos.

Sinto seus braços me apertando forte.

Pela primeira vez em muito tempo não tenho pesadelo.

Sorrio sutilmente e caio novamente num sono profundo.

Acordo sobressaltada com o barulho do trovão, a chuva piorou e a lareira está se apagando aos poucos.

Olho pro lado e Jason não está mais aqui.

Preocupada, me levanto e olho em volta, ou ele está no banheiro ou na varanda, o que duvido muito com essa tempestade.

Rapidamente coloco mais lenha na lareira e jogo um palito de fósforo lá. O fogo volta a normalizar.

Subo e nada de Jason, suspiro, coloco um jeans preta, um cardigã laranja e umas meias pretas. Escovo os dentes e dou um jeitinho no meu cabelo.

Vou ligar pra ele.

Desço a procura do meu celular, o pego e procuro seu número, lembrando do momento em que trocamos, enquanto comiamos o melhor hambúrguer da região.

Chamando...

Chamando...

Ouço um toque e olho em direção ao som, dentro do caixote de mantas, do lado do sofá.

Pego em um iPhone. Não posso acreditar.

Cadê você homem penso.

Vou até a porta e vejo-a destrancada, eu me lembro de tranca-la ontem quando chegamos...

Nada dele na varanda, com certeza deve ter saído, o que me dá raiva porque meu Jeep está estacionado, se ele saiu com a moto nesse tempo.

Ugh

Não sei nem o que pensar.

Olho adiante e vejo um homem. Ou melhor, Jason, com uma camisa preta e seu moletom todo ensopado, com um animal na mão.

Um lobo?

Não

Um cachorro!

Ele vem em passos rápidos e precisos, o grande cão se treme todinho.

Corro pra tentar ajudar:

-O que aconteceu?- pergunto rápido.

-Ele deve estar machucado, não deu tempo de ver. Vamos pra dentro, rápido.-

Já dentro de casa colocamos o cachorro em um dos cobertores, perto da lareira e ele resmunga um pouco:

-Calma totó, a gente vai te ajudar.- Sussurro enquanto Jason tira a camisa molhada e joga em algum canto pra se aquecer mais rápido.

Nenhuma pata quebrada, nenhum corte:

- Será que ele foi mordido por algo?- pergunto.

Jason nega, viramos o cão pesado e então engolimos seco no mesmo momento.

Ghosts - Jason MomoaOnde histórias criam vida. Descubra agora