Seis

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O caminho pra casa é totalmente em silêncio, ela não diz uma palavra, parece perdida dentro do próprio pensamento, chegamos em casa, ela sobe direto pro quarto, em silêncio, eu acompanho de longe até ela entrar no quarto, volto pra cozinha e preparo um sanduíche pra ela, subo e entro no quarto, a porta tá entreaberta
- Eu trouxe um sanduíche e suco
- Eu não to com fome
- Eu vou deixar aqui tá? Você precisa de alguma coisa agora?
- Você pode encher a banheira?
- Claro
Eu preparo o banho pra ela.
- Tá pronto, você quer alguma ajuda?
- Não
Ela levanta da cama devagar e vem pro banheiro
- Você pode esperar lá fora?
- Claro, eu vou deixar a porta entreaberta, ta? Me chama se precisar
Ela entra no banheiro, depois de 15 minutos, eu começo a ficar preocupado, não sei se foi bom ter deixado ela sozinha por tanto tempo
- Mer?
Eu chamo
- Terminou?
- Eu vou me trocar, você pode sair e fechar a porta, por favor?
- Ok
Eu fecho a porta e espero um tempo, volto a abrir, ela tá na cama, embaixo dos lençóis, com o copo de suco que ela toma rapidamente
- Eu vou tentar dormir um pouco, você fica aqui?
- Claro
Eu sento no final da cama, ela deita, se vira muitas vezes, se mexe o tempo todo, então eu lembro de um dos conselhos da Teddy, ela poderia alternar entre querer ficar perto o tempo todo ou querer distância, visto os acontecimentos anteriores, eu opto pela distância e sempre deixo claro pra ela o que eu vou fazer pra não assusta-la com algum movimento, ela fica sozinha num quarto comigo, o que já é bom
- Amor, eu vou sentar na poltrona e você pode ficar mais confortável aqui na cama, tá bem?
Ela olha pra mim por um tempo e concorda, eu vou pra poltrona e depois de algum tempo, vejo que a respiração dela ficou mais tranquila, eu levanto e vou fazer alguma coisa pro almoço, ela ainda não comeu nada hoje.

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