フラワータウン; 04

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Era o destino

Wooyoung queria acreditar nisso enquanto estava em frente à porta da oficina. Acreditava fervorosamente nos laços que se conectavam enquanto estava vivo.

Era inverno, sentiu o frio congelar seus ossos lentamente enquanto esperava alguém se aproximar da porta para recebê-lo. A neve caia levemente, criando uma macia capa branca ao redor, mas não lhe importunavam ao caminhar.

Bateu novamente, sabendo que se a porta não abrisse, deveria partir novamente para o okiya e talvez, não tivesse outra oportunidade futura de sair em um bom momento. Olhou em volta, as luzes acesas e as poucas pessoas andando pelas ruas, deu um passo para trás, prestes a se retirar quando a porta se abriu permitindo que ele apreciasse o rosto um pouco cansado do oposto.

Ele fez uma pequena reverência como de costume, olhando para o chão por respeito enquanto estendia a caixa em que se encontrava o quimono que precisava ser reparado.

- Okaasan pediu para vir o mais rápido possível-

- Aconteceu alguma coisa com o quimono? - ele perguntou, interrompendo sua oração enquanto pegava a caixa e entrava na casa onde ficava a oficina. - Entre.

Wooyoung observou o homem entrar na casa novamente e, incapaz de dizer mais alguma coisa, entrou junto ao mais alto, com um gesto desconfiado no rosto enquanto andava olhando para suas costas. Sua mente subitamente voltou naquele dia chuvoso.

- O que aconteceu com o quimono? - a pergunta tirou Wooyoung de seu desvaneio que suspirou.

- Uma aprendiz o usou ontem, ela não teve muito cuidado e arruinou a manga do furisode, Okaasan ficou realmente zangada.

Chegaram em um cômodo cheio de tecidos e milhares de outras coisas que pareciam específicas para determinadas tarefas no momento de criar os detalhes daqueles lindos quimonos.

- Oh meu Deus, é uma das mais bonitas que já vendi para Utagawa-San, é uma pena que alguém tão sem noção tenha usado. - disse baixo enquanto verificava os danos no tecido. -Mas não há nada com que se preocupar, eu posso consertar.

- Muito obrigado...

- San...Choi San. - o homem se apresentou enquanto seus olhos analisavam o tecido, e não pôde deixar de sorrir, esse foi o primeiro desenho que fez após ver Wooyoung.

San olhou para ele com um sorriso, parado ali, dentro de sua casa em um lugar que era quase um santuário para ele, a companhia do garoto era tudo que havia desejado há algum tempo. Logo não conseguiria mais esconder, e tinha medo que esse dia chegasse.

- Você pode vir pega-lo mais tarde.

Wooyoung olhou para ele por um momento confuso e depois assentiu envergonhado. Claramente não podia permanecer por muito tempo fora, e provavelmente não voltaria mais tarde. Ele suspirou com uma nova reverência, pronto para se retirar.

- Espere.

Os passos do coreano pararam, e ele sentiu vergonha de se virar.

- Posso te pedir um favor?

Wooyoung não respondeu e olhou para seus pés dormentes. Por alguma razão, seu coração parecia se agitar nesses momentos. Um pequeno pedido havia feito algo explodir em seu interior como milhares de fogos de artifício em uma noite escura.

Encarou o olhar do contrário, assentindo lentamente enquanto voltava os poucos passos que havia dado.

- Você poderia...você poderia experimentar um dos meus quimonos?

O rubor lhe subiu as orelhas, olhando-o incrédulo. Ele era um otokosu simples, os quimonos feitos pelas mãos de Choi San não foram projetados para alguém como ele usar. Estava prestes a recusar categoricamente, mas o olhar melancólico do mais alto o deixou desarmado.

𝐂𝐈𝐓𝐘 𝐎𝐅 𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 | woosanOnde histórias criam vida. Descubra agora