Je danse avec les Dieux
Ela abriu os olhos. O cheiro era de jasmim. Onde estava a floresta? Nem mesmo estava na escada. Onde estava? Sentiu o corpo leve, flutuou... O que houve com a gravidade? Não havia cenário, era tudo infinitamente branco, como uma tela que ainda não fora pintada. Bizarro, bizarro, mas não assustador. Estava em nirvana. – Olá. – Ouviu de uma andorinha. Ela alçou voo. Tentou segui-la com os olhos, mas despencou. Não gritou. Não havia fim para aquela queda, não se espatifaria no chão. Sabia disso. Como sabia? Entrou no que parecia uma espiral. Chegou ao chão. Não sentiu dor, nem houve dano. Era um imenso salão, como daqueles de bailes antigos, mas não havia mobília alguma. Ouviu de longe algo que parecia música. Era música... Era Jazz. Então ouviam Jazz no paraíso.... Aquilo era o paraíso, certo? Um imenso leão negro entrou por uma das enormes portas duplas, caminhou calmamente até o centro do salão e deitou-se, abrindo sua enorme boca de onde começaram a sair várias e várias pessoas nuas, homens, mulheres, jovens, idosos, crianças e até animais. Ele estava embasbacado com o que acabará de presenciar. Uma jovem lhe rodeava. Ela gostou dos seios dela. Dançaram juntos.
Um raio arrebentara o teto invadindo o salão queimando o chão. Ele olhou em volta. Todos, inclusive sua parceira de dança, converteram-se em estatuas de mármore. Caminhou até a janela e quebrou os vidros, o suficiente para que passasse. Pulou.
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Não Deixe o Silêncio Entrar.
Krótkie OpowiadaniaPor onde anda sua razão? E seu questionamento? Sua paixão? Conceda-me essa dança em um universo introspectivo e inconstante de uma mente barulhenta em uma noite solitária com a musa dos poetas, nossa Fada Verde. Perca-se comigo nas páginas desse sin...