HEITOR ™ SÉRIE DESEJOS OCULTOS [L1]

capítulo 6

 

  Assim que saio da mansão Bonfim. Entro no meu Audi riscando pneu, para bem longe daquele maldito lugar. Eu cresci aqui em meio ao luxo, correndo entre os cômodos da mansão, passei minha infância e adolescência tentando receber a aprovação do meu pai. Mas nunca obtive esse êxito, chorar todas as noites apois uma de nossas brigas era devastador. Por isso fui me fechando dentro de mim mesmo. Comecei a sair e gastar o dinheiro que recebi quando completei a maioridade, isso foi só um dos gatilhos pra me tornar o que sou hoje.

O grande CEO Leandro Bonfim, nunca se importou muito com o que eu fazia ou deixava de fazer, foi por esse motivo que joguei o foda-se pro mundo. Por isso hoje não me importo com mais nada. Meu pai não liga mais pra nada, a não ser seu grande império, saber que aquela maldita empresa é mais importante do que eu é lastimável. Ver o brilho nós seus olhos ao ver o crescimento daquela maldita dinastia deixa meu sangue quente. Dinheiro! Isso sempre estará acima do filho mais velho dos Bonfim, minha mãe pode sorrir e desfilar seus saltos caros por aí, mas ela sabe o que meu pai se tornou com os anos. Um homem ambicioso, frio e altamente calculista. E isso sim, eu herdei dele.

Mas eu cansei de bancar o bom moço na frente da mídia, já que atrás dela sou viciado em bocetas, drogas e bebida.

Mas você é o herdeiro do império Bonfim e blá blá blá, foda-se. A sociedade é nojenta e altamente hipócrita quero que ela se exploda juntamente ao meu pai.

— Chega porra! — bato no volante totalmente lúcido, a velocidade do carro acima dos 100 k/h a cidade de São Paulo passando como vulto pelas janelas, o tesão subindo forte pelo meu pau ao imaginar alguma puta esfregando a bucetinha nele, segurando um cigarro de maconha, apreciando um conhaque caro, enquanto a safada se esbalda. Sinto algo escorrer pelo meu rosto. Porra! Estou chorando, fazia anos que eu não chorava jurei estar seco por dentro, somente uma casca vazia existindo nesse mundo maldito.

Tenho dois anos para assumir o império da família, ser um homem responsável, em um casamento falido com alguma mulher vulgar que minha mãe escolher. Eu posso fugir o quanto quiser isso sempre vai me perseguir, meu pai sempre vai gritar na minha cabeça o quanto irresponsável eu sou e o desgosto imenso que tem por mim. Abandonar minha mãe ainda não é uma opção, ela é o meu tudo. Mas ainda não estou preparado para ocupar o trono do meu pai, não quando minha maldita vida está uma merda.
 
Não quando minha querida irmã quer tudo o que é meu por direito. Aquela maldita.

— Caralho! O que eu fiz pra merecer tudo isso? — quero seguir meus próprios caminhos. Viver trancado dentro de uma sala assinando papéis não me parece uma boa opção. Ficar velho, passar noites e dias dentro de um lugar imenso com vista para São Paulo enquanto o mundo explode, me parece um pesadelo.

Abaixo a cabeça no volante de couro italiana batendo com força contra o tecido. Raiva, decepção e a maldita abstinência corroendo meu corpo. Então tudo acontece muito rápido, um fusca azul acerta em cheio meu Audi quebrando o parabrisa que explode contra o meu corpo. O sistema de segurança do carro é ativado emitindo um alarme forte, não sinto quando os vidros entram nos meus braços estou pouco me fodendo pra isso. A pessoa que bateu no meu carro vai morrer em segundos caso já não tenha o feito. Meu carro está totalmente amassado e essa porra é cara. Olho pra frente vendo vários curiosos se aproximarem do carro que entrou totalmente de frente no meu. Toda a lataria está aberta ao meio e caralho!

Tiro o cinto de segurança, abrindo a porta do carro minha perna direita reclama um pouco mas não ligo. Consigo ver os estragos do carro perfeitamente ao ficar de frente com ele, as luzes dos faróis estão acessos enquanto uma chuva grossa cai sobre minha cabeça molhando minhas roupas. Decido olhar melhor o motorista do outro carro e o que vejo me deixa em choque por alguns segundos. Presa entre as ferragens está uma mulher repleta de curvas e um rosto angelical.

”Que porra é essa Heitor? ‘’ meu subconsciente grita em minha cabeça. Sua pele morena está coberta de sangue e seus olhos estão fechados. Sinto um cheiro muito forte de gasolina o que me tem em alerta máxima.

Eu devo ter enfiado a mão no cu de judas, pra merecer tantas desgraças em um dia só. Medo, é o que sinto neste momento. A moça não acorda de maneira alguma em suas mãos está uma correntinha com um coração cravejado. O carro ou melhor dizendo sucata está totalmente destruído. Ela tirou isso do lixão? Porque sua pele é repleta de cicatrizes? É a pergunta que me faço já que sua blusa está rasgada nas costas onde uma barra de ferro está cravada, repleta de sangue.

  O que essa louca estava pensando quando comprou essa porcaria? Na certa deve ser uma pobretona que não tem onde cair morta, e não devo ridicularizar ela por isso.

Abro a porta do carro " lata velha" com dificuldade, examinando seu corpo cheio e volumoso. Pra ver se tem algum machucado
mais grave. Vejo muito sangue em sua testa e em cima das suas coxas onde o carro esmagou, seus braços estão parados sobre o volante onde sua cabeça descansa como se ela estivesse dormindo  dentro de um pesadelo horrível. Seus cabelos são cacheados e porra ela é linda.

Tiro meu celular do bolso da calça ligando para a emergência. Eles atendem minutos depois e assim que digo meu nome  sinto a euforia na voz da atendente. Reviro meus olhos com impaciência. Estou com raiva, molhado e altamente puto. Essa irresponsável bateu no meu bebê. E ainda tenho que escutar lorota de vadia interesseira?

—  Mande uma ambulância logo, porra! Eu não tenho a noite toda, para de amolar meu saco, e manda o logo a porra do resgate. — grito com a moça que escuta tudo calada.

— Senhor Bonfim?  Sinto muito pela demora, uma ambulância estará a caminho em poucos minutos — a voz de um homem atravessa a ligação e não o porque, mas respiro com mais alívio ao perceber que em breve ela será socorrida.

— Não faz mais que  sua obrigação. Sou acionista dessa merda. — Desligo a chamada na cara deles, e vejo que o celular da mulher desacordada está tocando. O nome "Mary" pisca na tela. Mas decido ignorar.

— Quem é você princesa? — são essas palavras que saem da minha boca antes de ser afastado do seu corpo por policiais

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  Oie de novo , mais um capítulo pra vocês !

#Votem e comentem#

Nós próximos capítulos terão metas , se cumprirem terá maratona:)
Só depende de vocês.

Ps: perdoem os erros ortográficos.