Capitulo XL - Como Pedir Por Prazer

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Frustrada.

Era simplesmente isso o que definia Europa. Total, completa e absolutamente frustrada. Philipy parecia ter o mais singelo e absoluto prazer em deixá-la daquele modo. Fazia uma semana desde a tentativa de assassinato a Will por parte dos homens da casa, e o casal estava tendo muitas ocupações.

E aqueles afazeres não eram exatamente relacionados a preparação do Beltane a moda inglesa como estavam chamando todos.

Pelo contrario, se tratavam de atividades muito mais particulares, que em quase todas as suas inúmeras e promiscuas versões incluíam-na total ou parcialmente despida, ou com as saias erguidas, as mãos dele nela, tocando-a, sussurrando palavras proibidas em seu ouvido.

Não sabia mais o que esperar, ela nunca estava pronta. Philipy era imprevisível, e quando alguém desviava o olhar, ele fazia questão de apalpar-lhe as nádegas por cima do vestido, abraçá-la com um pouco mais de força para que ela sentisse-o contra ela.

E Europa se via incapaz de resistir, corando absurdamente quanto seus próprios cabelos, se vendo totalmente extasiada e envolta naquela nuvem de sedução. Quando ele a soltava e agia como se não tivesse feito nada, ela poderia jurar que, se fosse um pouco mais como Tesh, Cassy ou Lottie iria jogá-lo na cama e exigir que ele a possuísse.

Infelizmente apesar de seu corpo arder, sua mente entrar no mais total e completo sentido de confusão, como se um incêndio nela se instalasse e toda sua libertinagem parecer presa em uma gaiola de vidro prestes a estilhaçar, ela sabia que caso tentasse não teria sucesso. Primeiro pelo fato de seu marido ter possivelmente três vezes mais a quantidade de força que a dama poderia ter e em segundo lugar, por que sabia que caso por algum milagre conseguisse de fato jogá-lo sobre os lençóis macios e tentadores, quando reunisse a coragem para que se sentasse sobre ele no intuito de fazer suas exigências dissolutas, Philipy, ele inverteria a situação, deixando-a completamente a mercê dele.

E então acabaria sendo como em todas as outras situações. Philipy a tocaria, talvez a desnudasse, ou apenas deixasse-a com as meias. Ele gostava de vê-la entregue, e sempre conseguia, mesmo quando a fazia chegar ao ápice, Europa tinha certeza de que havia mais. Tinha de haver.

Afinal, por que se não todas as damas ficariam tantas horas junto de seus maridos em seus aposentos tão envolvidas e, quando já passou em frente ao quarto de Tesh e Daniel um dado momento, soltando gemidos tão altos e promíscuos.

Ela precisava saber mais.

E era por isso que iria fazer aquilo, por mais que pudesse ser extremamente confrangedor. Seu acanhamento não poderia impedi-la. Definitivamente não.

*~*~*~*~*

- Hoppy, você está bem? – Indagou Cassy olhando a amiga com certa preocupação, os homens haviam se reunido para fazerem algo e o pai de Phil era o centro daquilo, as damas por outro lado, resolveram relaxar e tomar o chá tranquilamente enquanto Tesh escrevia freneticamente em várias folhas enquanto conversavam.

Europa não conseguia imaginar como iniciar aquele assunto tão delicado, teria de pedir por conselhos de como seduzir seu marido, céus! Não poderia haver nada mais constrangedor em toda a realidade.

- Sim... – Assentiu a dama, desviando o olhar, as milhares de formas de perguntar o que realmente desejava, respirando fundo, ela se virou para as damas, quando Tesh bufou alto e amassou um papel, arremessando a bolinha amarelada dentro de sua xícara de chá, ganhando olhares arregalados.

- O que foi? Isso é tudo culpa do Rutland. – Lottie riu, logo percebendo que o Duque poderia estar encrencado. Europa piscou surpresa pela forma como a Duquesa falava o titulo do marido com um misto de neurastenia e frustração. O que ele poderia ter feito?

Minha Amada Lady - Amores Entrelaçados 03Onde histórias criam vida. Descubra agora