🏆1° Lugar na categoria Fantasia do Concurso Raposa de Ouro 2020
A esperança é tudo o que eles possuem, entre dois reinos humanos, existe um lugar conhecido como o Vale do Fim, esse lugar poderá dar algumas explicações de como vencer a guerra eminen...
"Os pensamentos impuros da mente podem nos levar para caminhos errados, mas nós é quem decidimos quem somos"
~Anderson Mazini
"Você é quem você é, nada mais Você é o protagonista da sua história"
Prontos para o começo dessa aventura? Então vamos começar, conheça Cólin.
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Cólin, Arkedor, Reino de Clamor
O sol atravessava as grossas arvores de carvalho niridiano, em um alvorecer deslumbrante, enquanto alguns já estavam acordados a trabalhar na plantações de cenouras, rabanetes e todos os tipos de legumes daquela estação. Chiados de madeira batendo de forma aleatória, eram expelidos, e alcançavam toda a pequena Arkedor. O campo de treinamento ficava distante da cidade, o que permitia os garotos treinarem sem ninguém os perturbarem.
A respiração de Cólin era controlada, sua habilidade de manter a calma e a firmeza em mãos era o que o destacava dos demais. O barulho de espadas de madeira não lhe atrapalhava nem um pouco, pelo contrário o incitava a continuar. Um de seus olhos estava fechado, o outro focava perfeitamente em seu alvo, instintivamente ele levantou um pouco sua mira, suavemente respirando fundo, ele a soltou. A flecha atravessou o ar, cortando sobre ela, até acertar a pintura de tinta branca na arvore, a mais de trinta metros de distância.
Cólin era um arqueiro excepcional para sua idade. Atirava flechas naquela arvore todos os dias, os calos em seus dedos mostravam seu empenho e sua dedicação. A flecha que acabara de atirar com seu arco pequeno, havia acertado o alvo, não no centro, e sim um pouco mais para direita. - Preciso melhorar, ou papai nunca deixará eu caçar com meu tio. - questionou Cólin melancolicamente para si mesmo, passando os olhos de seu treino rotineiro, para o de seu irmão, reparou no que acontecia então.
Mórdoc segurava uma espada de madeira, e treinava todos os dias com seu primo, Viscor. Os rapazes lutavam arduamente, Viscor parecia nem estar cansado, enquanto que Mórdoc, seu irmão, era evidente que sua condição física o condenará a derrota.
Viscor possuía uma ótima defesa e nunca caia nos truques de Mórdoc. Golpes eram bloqueados, os dois estavam no mesmo nível de habilidade ou era o que Mórdoc inocentemente achava. Aos olhos de Cólin, seu irmão nunca teve chance contra seu primo.
Depois de Mórdoc atacar com excessiva força na perna direita de seu oponente, cometeu um erro, ele havia jogado todo seu peso para dar o golpe, e Viscor viu uma oportunidade de dar um contra ataque rápido por trás dele e por consequência Mórdoc foi miseravelmente derrotado sendo jogado ao chão, com a espada de madeira apontada em seu peito.
Lutando contra a raiva ele socou de punhos serrados o próprio chão, se levantando, sentindo se frustrado ele berrou. - De novo. - seus olhos eram de alguém desesperado por alguma coisa. Cólin notou essa impaciência de seu irmão, porém já sabia como ele era. - Tudo bem? - Viscor perguntou estranhando o comportamento de seu primo, olhando para a plateia, analisando se eles estarem ali, estivesse deixando Mórdoc mais nervoso do que o habitual. - Sim, estou bem. - se irritou. - Estou cansado de perder - desabafou.
