Parte 1 - prólogo

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Seus cabelo loiros voavam enquanto o lindo e pequeno príncipe corria pelos campos verdes atrás do castelo de Montelunai. Ele sentia a grama e a lama em seus pés, mas quem se importava, ele era o filho mais novo do rei que podia fazer o que quiser sem se preocupar com os afazeres Reais. Assim que uma voz suave e gentil sai de umas das grandes janelas do castelo ele olha para cima e vê sua mãe sorridente, a rainha Meredith com seus lindos cabelos loiros e encaracolados como o do filho.

_John, venha tomar seu banho e sente na mesa com seu pai e seu irmão. _ John concorda com a cabeça e se aproxima do castelo.

Ele abre a porta e vai até seu quarto onde uma grande banheira de pedra o esperava com água morna. Servos tiram suas roupas deixando a vista sua pálida e rosada pele de criança que se esquenta com a água. Após o banho ele se veste e vai até seu pai rei Edward e seu irmão príncipe Filipe. Ambos tinham cabelos negros e rostos cansados. Edward aponta para a cadeira mostrando ao John que ali era o seu lugar, ao lado de seu grande irmão mais velho.

_Filipe... Uma rebelião de criaturas magicas está acontecendo ao oeste do bosque. Você como príncipe herdeiro irá comigo combate-los. _Edward diz enquanto John se senta na mesa.

_Pai... Mas e se eles usarem seus poderes contra nós novamente? _ Filipe diz com certo receio enquanto corta um pedaço de carne no seu prato _ O bruxo que capturamos para fazer o feitiço de proteção se suicidou ontem a noite....

_Nao se preocupe filho... Mandem ela entrar _ Edward fala para os guardas que abrem a porta e deixam uma mulher morena de cabelos crespos e roupas rasgadas entrar _Ela será a nossa nova guardiã. _o rei sorri e olha para mulher.

Os olhos daquela moça adentraram a alma do pequeno John que ao olhar para aquela bruxa sentiu grandes arrepios. Ela sorri mostrando seus dentes podres e amarelos enquanto é levada para fora da sala.

_Papai, o que essa gente tem de tão ruim que faz o senhor guerrear contra elas? _ John fala ainda meio atormentado com a sensação que sentiu ao estar no mesmo lugar que a bruxa.

_Eles são seres perigosos meu irmao.... Eles não merecem viver no mesmo mundo que nós. _ Filipe diz com a boca cheia de comida.

_Mas por que eles são tão perigosos? _ John retruca ainda confuso.

_John _ Edward fala com voz autoritária _ o que foi que eu disse sobre você ficar questionando sobre essas criaturas? Elas são perigosas e malvadas, isso é tudo que você precisa saber. Não importa o que a idiota da sua mãe põe na sua cabeça, eles são seres ruins.

O resto do jantar se passa silencioso e assustador aos olhos do jovem príncipe que odiava aquele clima. Seu pai nunca havia dado muita atenção ao filho já que estava sempre ocupado alimentando seu ódio e rancor contra as criaturas fantásticas do bosque. Já sua mãe o dava toda a atenção e contava histórias de heroísmo e sacrifício das criaturas magicas. Ela dizia que antes de seu tataravô os atacar eles eram seres felizes e saltitantes, porém foram quase extintos. John adorava ouvir as histórias que sua mãe contava apesar de que aquilo já havia gerado grandes conflitos entre o rei e rainha. Essa noite não era diferente. Mas agora os gritos e choros da rainha eram justificadas pela ordem do rei que dizia que o Filipe deveria fazer parte da coisa que ela mais odiava, essa guerra. John tampava seu ouvido com o travesseiro. Era possível ouvir barulhos de tapas e vidro sendo quebrado, aquilo já era normal para a criança.

O silêncio finalmente toma conta do castelo mas não dá cabeça do garoto que ouvia em seu interior uma voz que o atormentava desde que o mesmo deitou na cama.

_John, venha ao meu encontro. _era uma voz suave e encantadora.

John se levanta da cama e segue o som até uma das selas do calabouço. Era estranho já que nenhum guarda o impediu já que todos estavam dormindo. Ele olha dentro da cela e vê a bruxa escondida na escuridão da noite. Assim que ela o vê um sorriso assustador aparece em seu rosto.

FlorenceOnde histórias criam vida. Descubra agora