capítulo 2

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   O sol brilhava e os pássaros cantavam, as árvores cochichavam sobre um humano que adentrou os bosques essa manhã, mas restringiram as fofocas só para sua espécie, enquanto outros seres mágicos viviam suas vidas cotidianas e monótonas.

   Em uma cabana escondida por uma vegetação densa era possível visualizar uma linda jovem de cabelos loiros na altura dos ombros e um velho mercante que tampava suas orelhas pontudas com uma grande touca. A garota preparava o café da manhã e o pai preparava uma grande sacola com apetrechos medicinais e pedras preciosas encontrada nessa parte do bosque. Apesar de suas mercadorias serem bem raras, seus compradores não pagavam o devido valor, pois desconfiavam da qualidade dos produtos vendidos pelo velho que, para sua segurança e de sua espécie, não dizia de onde vinham. Já a garota desde de criança se dedicou a aprender a arte da caça. Diziam pela floresta que sua mira era quase perfeita e que ela quase nunca errava. Parte da comida que ela conseguia era vendida para o castelo real onde a rainha Arabella era escondida e o resto era de consumo próprio.

   Sempre que o velho se preparava para a viagem o coração da filha se partia pelo medo do homem ser descoberto pelos humanos que compravam sua mercadoria. Ela não entendia por que ele vendia  para burgueses, mas seu pai sempre tentava explicar que já que suas mercadorias eram escassas no mundo humano ele ganharia mais dinheiro.

   _Voce tem que viajar hoje? _ a garota fala tristonha.

   _ Irei em uma viagem, ficarei uma semana fora, você consegue ficar bem sozinha, Noora? _ o homem fala terminando de fechar a sacola.

   _Vou ficar bem pai, o senhor me conhece, eu sei me cuidar. E você?... Você vai ficar bem? Você sabe que se descobrirem que você é um elfo eles te queimaram na fogueira assim como fizeram com a mamae. _ Noora fala olhando para ele brava.

   _Tem razão, mas você sabe que eu sei me cuidar muito bem... enfim, eu já tenho que ir _ o velho sorri e quando está preste a sair, sua passagem é interrompida por alguém.

   _sr Seatre? _um garoto alto de cabelos castanhos lisos que caiam sobre a testa, olhos azuis cintilantes e barba rasa diz e se assusta com o velho que se aproximava. _ Me desculpa, não sabia que o senhor já ia viajar. Queria pedir para que me vendesse uma espada.

   _Sem problema Sr Carrington, que tipo de espada o senhor queria? _ o velho entra novamente e tira de sua sacola as lâminas mais afiadas e mais ornamentadas que ele tinha. Aquele homem que estava a sua frente era o famoso Bash Carrington que lutou ainda criança com a rainha e o rei flowers. Ele era uma lenda e ainda por cima melhor amigo e, para os mais conspiradores, amante da jovem rainha arabella. Era o general da guarda real e braço direto nas decisões reais da majestade bruxa. Muito se debatia sobre sua especie, mas a população contava suas história dizendo que ele era um duende amante da selva. Bash não se importava com o que a nação falava ou deixava de falar, ele só queria ser útil para a o reino.

   _Bem, não quero nada chamativo contando que ele corte a carne humana com um golpe só. _ Bash se aproxima de uma das espadas e toca gentilmente em sua lâmina que refletia sua bela imagem. _ Essa parece ser perfeita, quanto custa senhor? _ Bash guarda a espada na bainha e pega um saco de moedas de pratas.

   _Cinco moedas meu jovem. _ o Sr.... estende a mão e pega as moedas que são entregadas pelo guarda.

   _Obrigada, boa viagem para o senhor e um bom dia para a senhorita Noora. _ o olhar dos dois se encontram e o Bash sorri. Noora permanece imóvel e balança a cabeça em reverência. Jovem encarando deixa a cabana e cavalga até o castelo.

   _O que foi isso? Um flerte? _ o Sr Seatre fala sorrindo e pega a sacola. Ele adoraria ver sua filha casada com um homem de prestígio como o Bash.

FlorenceOnde histórias criam vida. Descubra agora