capítulo 7

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O dia do baile começa. Todos correm para terminar os preparativos a tempo. Já o John continuava preso em seu quarto, pensando no livro e nas anotações que sua mãe deixava. Tais anotações eram escritas em uma língua estranha, parecia druida ou algo do tipo.

John se levanta. Ele não podia esquecer do que a Lola havia falado, do tal de seatre. Então john chama alguns guardas e pede para que o localize, já que o jovem rei tinha muitas perguntas para fazer.

Enquanto passeava pelo castelo, John já pensava que esse dia seria diferente do anterior. Tinha muitos assuntos para tratar e estava apenas começando o seu reinado. Assim que entra na assembléia, os lordes o olham sem expressão e continuam sentados. Apenas o Lorde Armstrong teve a decência e o respeito para se levantar e saudar o novo rei. Sorrindo, o garoto se senta na cadeira real e os lordes começam a falar.

_Senhor, alguns guardas perceberam movimentações estranhas no bosque ao lado do castelo. Devemos aumentar a segurança para o baile? _ o lorde Salow se levanta. Ele era velho, tinha fios brancos e fios loiros que cresciam até o ombro e descansavam atrás de sua orelha. Ele era um antigo general do reinado de seu pai, o rei Edward, mas após perder a perna em uma guerra decidiu que sua vida em batalhas havia acabado. Ele carregava consigo uma bengala, e muitos os chamava de Joseph o sem perna. john o encara e pensa sobre a pergunta.

_Bem... Movimentações nos bosques? Você tem medo que sejam humanos ou criaturas mágicas?. _ o rei olha para todos que cochicham ao ouvir aquilo.

_Majestade, não acho que seriam criaturas mágicas, afinal seria uma missão suicida. Todos nós sabemos que não restaram quase nenhuma espécie e as que sobraram não teriam soldados suficientes para atacar o castelo, senhor. _ lorde Salow diz coçando a cabeça. _ E todos nós sabemos que eles não podem usar sua magia aqui.

John se lembra de um dia que Edward o contou que a única coisa que salvava os reis de um ataque das criaturas mágicas foi uma estratégia criada a muito tempo em que o rei torturava algumas bruxas e as obrigava a desenvolver um feitiço de proteção. Assim nenhuma criatura mágica poderia usar suas habilidades mágicas dentro do castelo, ou ferir um soldado em batalha com sua magia. Porém, o argumento do lorde poderia estar equivocado.

_Mas e se eles não estiverem extintos? Isso seria um grande problema. ouvi boatos de uma rainha chamada Arabella e de uma nova revolta. Sabemos que esse baile seria perfeito. Eu sugiro aumentarmos a segurança, mas que os soldados estejam vestidos como convidados, para que os reis e rainhas que aqui estiverem não pensem no nosso reino como um país perigoso e fraco. _ o garoto loiro fala e alguns lordes o olham impressionados mas o lorde Arthur Bezerra se levanta.

_Voce está mesmo falando que acredita nesses boatos? _ o homem gargalha. _ Senhor, essa tal de Aranha não existe......

_Arabella... _ John o corrige sem olhar para o mesmo. Ele estava com a cabeça cheia de incertezas, duvidas e raiva.

_Que seja. Nunca vimos sinais de sua existência além de boatos. Igual aqueles que dizem que Florence ainda existe. Boatos que nós sabemos que são mentiras milorde. Então vamos nos concentrar em uma ameaça realmente possível. Pode ser algum animal ou alguma revolta contra o novo rei ou ao seu casamento. Precisamos mostrar que somos fortes e tudo mais. Falando em casamento.... O senhor já está decido sobre esse fato né? _ Arthur olha para o rei.

_Olha..... _ John levanta o olhar até os olhos do lorde. _ Eu aceito ver minha "noiva", mas não garanto que irei querer me casar com ela. Já disse o que eu penso sobre isso e eu sendo rei irei mudar o acordo que meu pai fez. _ o garoto loiro se levanta _ eu já disse o que vamos fazer. Não quero meu reino visto como um país bárbaro que não consigo controlar. Os guardas estarão disfarçados. Não se fala mais nisso.... E você lorde Arthur. Se ponha no seu lugar. Eu sou o rei, você é o meu súdito. _ ele fala com serenidade, mas era possível ver o espanto dos outros lordes, nunca haviam visto o John falar assim. Talvez fosse por que não tinham tido contato com ele o suficiente, ou então por que o John estava estressado por causa desse baile, pela perda recente de seu familiares e pela falta de respeito que o conselho tinha por ele. Gustavo que se encontrava em um canto da sala sorri.

FlorenceOnde histórias criam vida. Descubra agora