Letters To Oliver Queen

Capítulo 01

Antes do capítulo um recadinho. Leiam as notas finais, por favor.

      Pov: Oliver

  Cinco anos. Esse foi o tempo que eu fiquei longe da minha família, longe da civilização, longe da minha esposa, longe dos meus filhos. Como a minha esposa sempre diz, "Passamos por altos e baixos, às vezes mais baixos que altos." mas meu momento baixo acabou, finalmente.

  Dia 17 de março. Talvez o dia mais feliz da minha vida, o dia que eu finalmente vou sair desse inferno, passei a noite em claro só esperando esse dia chegar.

Não me arrependo de nada, desde o momento que me revelei com o arqueiro verde, tudo deu errado, eu deveria ter desistido, mas eu tenho um propósito. Eu tenho pessoas me esperando. Eu tenho uma família e graças a ela eu estou aqui, sorrindo no meu pior momento.

- Bom dia 4587. É um lindo dia não é mesmo?- O meu "guarda particular" me salda sorrindo, falsamente.

- Bom dia.- Respondo com sorriso forçado, não consigo acreditar que hoje é a última vez, que irei olhar para cara desse ser.

- Parece feliz! Hoje é seu último dia aqui.- Me analisa por inteiro.

- Finalmente.- Sussurro baixo, mas não suficiente para que ele não me escute.

- O que disse, 4587?- Pergunta com um olhar ameaçador, o que não me intimida. Minha vontade era gritar.

Finalmente vou sair desse inferno, nunca mais terei que olhar para sua cara de merda, todos os dias.

  Mas pela minha família tive que me controlar todos esses anos, não é muito fácil tenho uma vontade imensa de socar a cara dele, até sobrar só o pescoço.

- Não disse nada.- Me limito a dizer algo mais. Viro as costas para ele e pego a primeira foto que Felicity me deu, a foto da minha família, finalmente irei vê-los.

___***___

- Você jura que vai conseguir me tirar daqui?- Turner o cara que nunca pensei que me tornaria amigo, pergunta.

- Vou tentar de tudo, para conseguir a sua liberdade.- Eu falo tentando lhe passar confiança. Hoje seria a última vez que eu o veria.

Pelo menos nessas circunstâncias.

Estendo a minha mão para ele em forma de agradecimento.

- Obrigado fico feliz por você, a sua loirinha deve estar radiante, por esse dia finalmente chegar.- Ele aperta minha mão em forma de agradecimento, retribuindo o gesto, estava prestes a me virar quando ele me chama.- Oliver!

- Sim?

- Se não for pedir muito, enquanto eu fico aqui, você poderia pedir para o pai adotivo do Connor, para que deixasse ele vir me ver?- Perguntava com um raio de esperança. Imagino que ele deve sentir falta do filho, assim como eu sinto do Will.

- Claro, o Dig com certeza deixa, e se não deixar eu sequestro o Connor e o levo até você.- Deixo um tom de brincadeira no ar.

- Acho que não está afim de ser preso novamente.- Corresponde a minha brincadeira, rimos por alguns instantes, mas logo paramos quando ele fala.- Obrigada, Oliver e boa sorte, na sua nova fase.- Sorrio em forma de agradecimento, para o meu amigo.

___***___

Seis horas. Esse foi o tempo que tive que esperar para me liberarem. Seis horas não se comparam com os cinco anos que estive aqui, mas por que diabos essas seis horas, estão demorando tanto a passar? Será ansiedade para sair daqui ou medo que minha filha me rejeite? Nervosismo por ver novamente a minha família, depois de cinco anos? Curiosidade para saber como a minha cidade se tornou, sem os vigilantes?

Eu tive seis horas com essas perguntas girando entorno da minha cabeça, por que não pensei nisso antes? Porque justo agora essas perguntas aparecem?

Saio dos meus pensamentos e foco no corredor que estou passando, o corredor da minha liberdade, oito passos eu irei gastar se for em uma velocidade rápida, doze em uma velocidade média e vinte em uma velocidade lenta. Escolho os oito passos, não quero perder tempo. Dito e feito, gasto oito passos para sair do corredor, mas gasto apenas dois segundos para encontrar os olhos da minha garota, o seu sorriso doce e sincero. Como senti falta desse sorriso. Como senti falta dela. Caminho na minha velocidade mais rápida, enquanto eu caminhava o guarda abria o portão, assim que ele se abre por inteiro, ando na direção da Felicity e ela na minha.

  Sinto toque macio dela no meu rosto, nos olhamos fixamente por alguns segundos, com a mesma intenção acabamos com o espaço que havia entre nós. Nos beijamos, era um beijo calmo mas ao mesmo tempo necessitado, ela passa as suas mãos em volta do meu pescoço eu aperto levemente a sua cintura, paramos o beijo pela maldita falta de ar. Olho para minha garota que estava chorando, mas ao mesmo tempo estava com um sorriso no rosto.

- Você faz tanta falta na minha vida, meu amor.- Felicity fala passando a mão no meu cabelo, ela transmitia  sinceridade nas suas palavras.

- E você na minha, baby.- Dou uma pausa enquanto eu brinco com os dedos da sua mão esquerda.- Senti tanta falta de você, do seu cheiro, do seu sorriso... não sei como sobrevivi esses cinco anos.

- É simples, você tem pra quem voltar, pessoas te esperam.- Me olha calada por um tempo, desce seu olhar para minha boca.- Me diz que isso não é um sonho, por favor.- Antes que eu pudesse responder ela se coloca na ponta dos pés e me beija lentamente, como se fosse um sonho e ela tivesse que aproveitar cada segundo do mesmo. Assim como ela, eu queria aproveitar cada segundo desse momento.

- Isso é real, muito real.- Falo ofegante quando "terminamos" o nosso beijo. Ela sorri e aperta a minha mão.

- Eu queria ficar aqui, mas você tem uma festa de "Bem vindo de volta, Ollie" para ir.- Ri meio as palavras. "Bem vindo de volta, Ollie" é a cara da Thea.

- Um pedido antes.- Ela espera que eu continue a falar e assim o faço.- Um X-burguer duplo do Big Belly Burger?

- Okay, um X-burguer duplo do Big Belly Burger!- Ri enquanto andamos em direção ao seu Fusca verde.

___***___

- Bem vindo de volta!- Escuto "vozes" gritarem assim que a minha esposa abre a porta do nosso apartamento.

Dizem que a primeira coisa que esquecemos em alguém é a voz, mas eu me lembro de cada uma delas. Nunca esqueceria.

- Ollie.- A primeira pessoa que vem me abraçar é a Thea, com um pouco de dificuldade.

Por causa da barriga dela, que pelas minhas contas está de oito meses.

A abraço.

- Speedy!- A olho por um tempo, ela estava chorando.- Você está tão linda, vai ser uma mãe incrível!

- Senti saudades do meu irmãozinho.- Ela beija a minha bochecha e sai antes que eu pudesse responder.

Eu também.

Minha mãe vem ao meu encontro e me abraça.

- Meu menino lindo, me desculpe por não ser a mãe que você precisou.- Com um pouco de relutância a abraço, retribuindo o carinho.

- Mãe, não é necessário se desculpar.- Me afasto dela e vou onde a minha esposa estava, com meus amigos, abraço-os, nós estávamos conversando, quando meus olhos enchergam uma garotinha pequena, com uma cabeleireira loira, vindo na nossa direção.

Seria ela a minha garotinha?

        Continua...

Oi gente. Esse foi o primeiro capítulo. O que acharam? Eu achei o capítulo bem fofo. Oliver melhor pessoa.
Finalmente ele está livre, coitado sofreu mais cinco anos, mas agora eu prometo que ele terá um final feliz.
A fic terá mais um capítulo e o epílogo.
O que vocês estão esperando para o próximo capítulo. Comentem por favor.
O capítulo 02 já está pronto. Posso mudar algo, adicionando as ideias de vocês. Obrigada.
  Beijos.