6.1. Love Remains (part. 2)

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– Mamãe, eu quero ir nesse, por favor. – Ouço Luke dizendo conforme puxa a mim e a Toni pelas mãos em direção ao "Trem do horror" que tem no pequeno parque no píer.

– Filho, você morre de medo dessas coisas. – O menino olha para trás encarando sua mãe e depois olhando para mim voltando o olhar para Toni com um bico no rosto, como se repreendesse a mulher por falar esse tipo de coisa na minha frente.

– Eu não tenho mais medo, eu sou grande agora, por favor deixa. – Fala vindo até a mulher ao meu lado e a abraçando pela cintura com o queixo apoiado em sua barriga enquanto a olha de baixo para cima. – Cherry, fala pra ela que eu sou corajoso. – Um sorriso se apossa dos meus lábios quando o ouço me chamando daquela forma, antigamente usada apenas por sua mãe.

– Acho que podemos dar uma voltinha nós três, assim fazemos digestão do almoço para andar nos outros brinquedos. – Toni me olha com uma expressão divertida, agora ela me repreende por fazer as vontades do menino, mas eu simplesmente não resisto ao olhar pidão dele.

– Certo, mas se chorar nada de sorvete. – Luke solta um gritinho de felicidade e volta a agarrar nossas mãos nos levando até o local, uso 3 dos ingressos que compramos no caixa e nós nos esprememos os três em um pequeno carrinho, o menino vai praticamente sentado em nossos colos.

O trem começa a andar e quase não consigo enxergar nada, o primeiro local iluminado é um cemitério abandonado cheio de teias que fica do lado em que eu estou sentada, sinto Luke se inclinar tentando ver melhor e quando uma múmia surge do nada ele pula em meu colo agarrando minhas mãos e colocando o rosto escondido atrás do meu ombro. A atração continua e o garoto já levou alguns bons sustos, eu mesma já pulei algumas vezes com algumas das pegadinhas, a única que parece tranquila é Toni, se divertindo com as reações esboçadas por mim e Luke.

Quando estamos chegando no final, já conseguindo ver a luz da saída, do nada um palhaço macabro segurando um machado pula de uma caixa preta bem ao lado da morena a fazendo gritar e se encolher, eu e Luke nos olhamos por alguns segundos antes de cairmos na risada debochando da cara dela que tenta disfarçar o susto.

– Ei Luke. – Chamo o menino baixinho enquanto Toni tenta acertar um alvo usando uma arma com pequenos projéteis de borracha para ganhar uma pelúcia de leão que o menino implorou. Ele se vira para mim com o rosto lambuzado de sorvete de chocolate. – O que a sua mãe disse sobre mim?

– Que você era o sol dela. – Responde chupando mais um pouco do sorvete e sujando ainda mais a boca, pego o pedaço de papel em minha mão e tento limpar seu rosto como posso, fazendo o menino sorrir para mim. – Obrigado, Cherry. – Dá mais uma mordida no sorvete e olha para o céu em uma expressão pensativa. – Um dia antes de dormir a mamãe me contou a história do sol e da a lua, e então me disse que ela já tinha tido um sol, quando eu perguntei quem era ela disse que era a sua Cherry.

– É mesmo? – Pergunto me ajoelhando a sua frente, tentando fazer com que ele fale mais baixo para que a concentrada e irritada Toni não nos ouça entre uma bufada e outra por não conseguir chegar nem perto de acertar o alvo.

– Uhum. – Balança a cabeça mordendo um pedaço do sorvete enquanto me olha. – Aaaaah e também tem a tatuagem! – Ele exclama após alguns segundos, me preparo para perguntar ao que ele se refere, mas o grito de Toni chama a nossa atenção.

– ESSE NEGÓCIO SÓ PODE TA QUEBRADO, NÃO É POSSIVEL QUE EU NÃO TENHA ACERTADO NENHUMA VEZ, MOÇO. – Me levanto encarando uma Toni vermelha de raiva discutindo com o rapaz do stand, olho para Luke que apenas encara sua mãe antes de olhar para mim. – ESSA ARMA NÃO TA FUNCIONANDO, EU QUERO MEU DINHEIRO DE VOLTA. – A mulher continua gritando com o rapaz que esta acuado, decido intervir antes que as veias de seu pescoço explodam.

The Sex Book - Choni/MadnessaOnde histórias criam vida. Descubra agora