Capítulo 1 - Onde a história começa

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O sol batia sobre o meu pêlo, estava quente, muito quente. Minhas patas estão cansadas... Estou quase morrendo aqui. Onde estou?! Infelizmente não sei! Não tenho direção, nem senso de onde ir. Mas... Era melhor não ter me separado... Jamais!! Aos poucos que vou andando, não aguento. Minhas patas estão cansadas, exaustas. Vou caindo aos poucos sem perceber, apenas vou. Sinto meus olhos se fechando lentamente... "Onde fui parar?"

Estou cansada demais pra fazer algo.

Sinto alguma coisa me cutucar "Esse é meu fim". Não foi doloroso, mas foi apenas irritante, dou uma leve rosnada sem perceber; pra ver se este alguém para de me cutucar. Mentalmente conto até três antes de rosnar bravamente e me sentar. "PARE!!" eu ordeno, mas como minha ordem não foi atendida, no mesmo instante olho para o destruidor de sonhos. Foi uma surpresa para mim, estou vendo uma figura gigante.

-Pelo menos está vivo.- ele diz com um olhar entediado.-Provavelmente está desidratado.

Eu não sei como este ser veio parar aqui, mas agradeço. Apesar do medo que sentido. Vejo ao meu redor, e no mesmo instante o que vem na minha cabeça é "Por que estou longe de casa?" o que tem por aqui é areia, areia em quase todas as direções e me fazendo coceiras. Meu corpo estremeceu instintivamente antes de me sacudir uma grande quantidade de areia.

-O que fazemos com isso, Gaara?- ouço uma garota falando, eu não a tinha notado até agora e ela encontrou o meu olhar.- É meio fofo.- ela aponta.

-Eu não me importo com o que você faz com isso, eu vou voltar.- ele diz andando ao redor de seus... colegas que tem o mesmo cheiro?

Os olhos da estranha garota brilham quando ela me pega em seus braços.

-Então precisamos de um nome para...- com um rápido, mas embaraçoso, verificou se ela conhece o meu sexo.- Dela.

-Por que precisamos de um nome?- o garoto que antes me cutucou, pergunta curiosamente enquanto olha pra mim por cima do ombro da garota.

-Porque Gaara disse que poderíamos ficar com ela.- ela responde, torcendo um pouco as palavras dele. Ele olha levemente por cima do ombro, não querendo ser responsável por esse erro.

-Então vamos chamá-la de Chō.- ele sugere e ouço atentamente. me perguntando por quê você escolheria esse nome.

-Não Kankurō, esse é o nome de seu ursinho de pelúcia.- ela recusa e Kankurō gagueja uma desculpa esfarrapada.

-O que você acha Gaara?!

-Eu não ligo, você poderia nomear Daisuke... Por tudo que eu ligo.- ele grunhe em resposta, sem olhar para trás.

-Daisuke, gostei. Esse será o seu nome.

"Que esquisito, por que preciso de um nome? Mamãe não nos chama com nomes. Apenas sons." falo, apesar do fato de que eles não parecem falar de cachorro. O resto da viagem foi cheio de arranhões silenciosos atrás de minhas orelhas, o que foi muito bom, apesar de achar que eles ainda são estranhos para mim.

Quando passamos pela cidade, vi as paredes ao redor dela. Era enormes. Eu mantive meus olhos abertos por quase toda a caminhada até uma enorme torre, contemplando cada centímetro daquela incrível vila. Até agora estou sem acreditar, "onde vim parar...". A medida que caminhavam, eu ficava mais animada, sem motivos e sem o por quê! Em cada esquina havia algo novo e eu estava cada vez mais curiosa. Paramos. Fiquei quieta e com medo. Vi o tal garoto, com o nome de Kankurō se aproximar e bater na porta na nossa frente. Notei que tínhamos chegado. Me encolhi, assustada e com medo. "O que vão fazer comigo? Estava tão legal antes."

-Entre.

Uma resposta ao pedido tácito sinalizou para Kankurō abrir a porta. Ele a abriu e entrou, seguido por seus colegas.

-Os pergaminhos?

-Certo, hum... Espere.- a garota me colocou no chão e começou a vasculhar em sua bolsa os pergaminhos. Enquanto estava no chão, aproveitei a oportunidade para me movimentar e quem sabe até me esconder, sentindo-me um pouco desequilibrada e um pouco vacilante enquanto andava. Sinto o olhar de alguém em mim e levanto os olhos para ver Gaara, aquele garoto que parece ser muito sério, mas com um olhar divertido no rosto pra mim. Minha cauda balança por conta própria e, com um instinto, ligo o traidor em um jogo interminável de perseguição.

-O que você trouxe para casa desta vez?- o homem mais velho pergunta enquanto espia por cima da mesa e olha para mim.

-Um filhote, ela é como nossa mascote agora.- Kankurō sorri e eu envio a ele um olhar esperançoso e que por instinto, balanço a cauda novamente.

-Você acredita que este animal pode te entender?- o homem mais velho questiona, abordando ninguém em particular.

-Sim.- em uma reviravolta surpreendente, foi Gaara quem falou.

Ele parecia ter terminado de falar, em vez disso, estava me estudando, o que me confundiu.

Sem uma palavra, o homem mais velho, Kazekage, puxou um pedaço de pano que lhe tinha um pequeno detalhe metálico.

-Um mascote precisa de um uniforme.- foi tudo o que ele disse antes de dispensá-los.

Uma vez que a porta se fechou atrás deles, Temari, a garota que tinha me carregado até aqui se agachou e amarrou aquele pano no meu pescoço.

-É apenas temporário, mas bem-vinda ao time, Daisuke.

O Cão de SunaOnde histórias criam vida. Descubra agora