O Cão de Suna

Capítulo 15 - A hora do sermão

-Eu disse para você não deixá-lo fora da sua vista.- disse Gaara quando viu Baki. Eu deitei em seus pés no pé de sua cama, Baki tinha vindo verificar Gaara depois de sua luta.

-Ela fugiu.- ele tentou afastar a culpa dele.

-Você é um ninja, poderia acompanhá-la se quisesse.

-Bem... Acho que precisamos conversar sobre seu relacionamento com esse cachorro.- Baki disse, fechando a porta atrás dele para que ele estivesse trancado no quarto conosco. -Se ela é mesmo um cachorro.

-Claro que ela é, ela parece um gato para você?- Gaara pergunta, encarando Baki por sua sugestão.

-Ela pode ser uma humana transformada, seu pai e eu concordamos que você se aproximou demais desta criatura. Achamos que você deveria passar algum tempo separados, me desculpe.- Baki diz, parecendo nem preocupado ou se desculpando. Gaara não responde imediatamente, mas ele acaba se dando bem.

-Por que você diz isso como se fosse acontecer? Daisuke não vai a lugar nenhum, ela é um filhote, não uma humana.- Gaara parecia tão sem emoção. -E se ela for, eu mesmo lidarei com isso.- Baki fica lá, procurando o rosto de Gaara por vários minutos. -Saia.

-Tudo bem.- a dúvida estava em sua voz. Baki abriu a porta e saiu, deixando-a fechar atrás dele sem fechar completamente. Gaara se levantou e chutou a porta, andando pela a sala e resmungando com raiva, baixinho.

-Daisuke, você é uma cachorra mesmo?

"Ahn, que pergunta é essa? Pelo que eu saiba é o que eu sou, assim como Akamaru. Nasci de uma mãe com focinho, patas, cauda enrolada como eu, com pêlos enormes e orelhas eretas. Então sou uma cachorra como ela e meus irmãos." questiono, respondendo sua pergunta.

-Por que não posso ter amigos? Por que eles sempre querem tirá-los de mim?

"Está tudo bem Gaara, eu estou aqui e em breve você terá muitos também. Bem, é o que eu espero."

-Eu o conheço Daisuke, eu tenho você. Mas sabe como meu pai é, se ele achar que eu ficaria melhor sem você, ele poderia tentar alguma coisa. Ele já fez isso antes...- ele murmura. -Meu pai pode 'Não que eu esteja melhor com você. Ele apenas vê isso como uma oportunidade, ele sabe que meu ponto fraco é dar o melhor para você e, portanto, não sou tão forte quanto posso.- ele se senta na cama, olha fixamente para os pés, pensativo.

"Não tenho medo do seu pai Gaara." sento me ao lado dele na cama. "Vou aproveitar meu tempo com vocês enquanto puder."

-Você está provavelmente dizendo algo para me animar, mas eu não consigo entender você...- ele me observa por um momento, então dou uma sacudida, esperando que ele preocupe menos com isso. -Vamos sair.- ele abre a janela e acabamos vagando pelas ruas por horas, comendo coisas aleatórias que Gaara compra nas bancas das ruas. Tudo fica quieto entre nós, embora não possamos realmente ter uma conversa e geralmente esteja quieto, posso dizer que ele ainda está pensando em Baki e no seu pai.

"Agora seria uma boa hora para ver Akamaru..." eu lamento baixinho, Gaara olha para baixo antes de me pegar.

-Eu me pergunto o quão grande você será...

"Essa é uma boa pergunta, não faço ideia. Talvez fique grandona como a mamãe ou quem sabe como o papai!" mamãe sempre falou que nós filhotes crescemos rápido, mas talvez seja diferente quando nós somos os filhotes. "Embora eu seja um pouco maior que Akamaru, espero ficar maior do que ele. E se caso ficar enorme como o papai e a mamãe, vocês não puderam ficar me carregando por aí. eu divago, ele, é claro, não pode me entender, mas pelo menos ele ouve. Caminhamos em silencio por mais algum tempo antes que ele me coloque no chão.

-Volte Daisuke, eu tenho algo que preciso fazer.- ele diz, desaparecendo rapidamente depois e me deixando sozinha. Eu fico lá um momento antes de procurar a casa de Kiba. Eu sei que Gaara queria que eu voltasse para o lugar em ficamos, mas eu poderia usar a companhia de alguém que me entenda. Se eu soubesse onde fica a casa deles, se eles me convidariam para isso. Bem vamos ver o que acontece quando eu chegar lá.