Capítulo 6 - Para Konohagakure

486 54 0
                                    

- Daisuke!- Gaara estalou, pegando mais uma vez o pau que segurava. -O objetivo deste jogo é devolvê-lo depois que eu jogar.

"Mas é meu!" eu rosno de volta, afastando-o dele. Infelizmente, por ser pequena, mal consegui me afastar alguns metros antes que minhas patas não pudessem mais sentir o chão. Gaara se levantou, puxando a vara e eu com ele. Nós não estávamos longe da vila agora, mas Gaara decidiu me ensinar a brincar enquanto fizemos uma pausa. Eu já sei como esse jogo funciona, pois já brinquei com isso em Suna, mas não me importo. É estranho na verdade, senti uma possessividade estranha sobre o bastão e não quero larga de jeito nenhum.

-Dê!- Gaara diz, tentando me tirar o pau. Ficamos olhando por alguns momentos antes de eu desviar o olhar rapidamente, soltando o graveto e caindo no chão. -Boa cachorra.

-Gaara! Daisuke!, estamos indo!- Baka-Sensei chama, trazendo nós dois de volta ao caminho desgastado que estamos seguindo. Baki me deu uma olhada, a mesma que ele está me dando desde que me juntei a eles nesta jornada. Acho que ele não gosta de mim. Eu pulo atrás da equipe, a minha emoção de tudo me atingi imediatamente quando lembro que estou indo a Vila da Folha. Estou fazendo algo que não deveria ser possível, mas é de alguma forma. Estou correndo em círculos em volta dos pés deles, esperando acelerá-los quando, na verdade, estou diminuindo a velocidade deles. O Kankurō riu quando Temari tropeçou em mim, até que seu pé pegou uma pedra quase enterrada e caiu de cara no chão. Sua risada rapidamente se transformou em resmungos irritados quando Gaara me pegou do chão e me fez sair do caminho.

-Olá! Estamos aqui de Suna para participar dos Exames Chunnin.- Baki diz enquanto se aproxima dos guardas do portão, despertando-os da soneca. Eles eram engraçados nos meus olhos um tem o cabelo bagunçado totalmente e o outro... Bem não sei, explicar.

    Depois daquela falação sem que parecia não ter fim. Apesar de Baki, ou para mim, Baka, me odiar ele levou Gaara com ele para fazer alguma coisa, então eu explorei a tal Konoha com Kankurō e Temari.

"Ei Kankurō, sinto cheiro de alguma coisa. Podemos comer? Estou com fome." eu conversei. Depois de farejar de onde veio o perfume, parei em frente ao que parecia ser um tipo de restaurante.

-Bom trabalho Daisuke. Estávamos começando a ficar com fome.- disse Temari.

    Entramos no local, mas assim que entramos fui expulsa. Aparentemente, os cães não são permitidos como em Suna. Kankurō me disse que eles trariam as sobras, mas apenas balancei a cauda em resposta e me sentei para esperar.

    Eles tinham dito que era apenas alguns minutos, mas para mim foi uma eternidade. Mas me deu o que tanto queria comer. Kankurō me pegou pela nuca, estávamos seguindo pelo local combinado a grande torre do Hokage.

-Entre.- Baka abriu a porta assim que fomos convidados, o próprio ser velho sentando atras de uma mesa na nossa frente. -Ahhh, vocês devem ser os irmãos da areia. Eu estava esperando que você viesse um dia desses.- ele diz, acenando com a mão para um ninja que estava na sala. Aquele mesmo ninja, vasculhou uma gaveta por um momento antes de revelar objetos estranhos que não consegui identificar. -Estes serão os seus passes, mantenha-os em você enquanto caminha pela vila.

-Sim senhor.- Temari diz respeitosamente, aceitando o passe que está sendo entregue a ela. Com um pouco de busca, eles conseguiram procurar um alfinete e prenderam o passe na minha gola, que ainda era a bandana de Suna. Fomos dispensados de explorar a vila, mais uma vez, minha cauda novamente balançou sem parar. Tudo foi muito emocionante para mim, desde as casas até as pessoas. Há tantas coisas novas que quero fazer aqui, mas Gaara me segurava firmemente sempre que tentava sair.

-Seja um bom cachorro e talvez eu lhe compre pêssegos para você.- Se eu tivesse uma fraqueza, essa fraqueza seria pêssegos e Gaara sabia muito bem disso; Não só ele, mas seus irmãos também. Parei de movimentar e, em vez disso, decidir admirar tudo. Quero dizer, ficar com Gaara não é ruim...

    Acabamos encontrando um garoto e um cachorro, a ideia de ser compreendida por alguém pela primeira vez em semanas me deu energia para pular dos braços de Gaara e correr em direção ao filhote como eu.

-Daisuke!- ele não parecia muito feliz, mas me seguiu de qualquer maneira.

"Oi!" lati para o filhote, chamando a atenção de ambos.

-Awwww, você é tão adorável!- o garoto diz, bagunçando o meu pêlo. -Eu sou o Kiba e este é o Akamaru.

"Legal! Você consegue me entender. Você é um Inuzuka?" eu pergunto, inclinando-me um pouco para frente.

-Sim, como sabia?

"Tive treinamento com um."

-Que coisa... Bem, isso provavelmente é um pouco estranho, hein?- ele sorri para mim. Houve um silêncio constrangedor entre nós, eu tinha muito a dizer aos irmãos da areia, mas não fazia ideia do que dizer a Kiba ou Akamaru. Vi Akamaru se encolher de medo, ambos olhou para cima, e pude sentir olhos profundos olhando para mim como forma de repreender, era Gaara, quando ele se aproximou. -E... Ela é sua?

    O silêncio e o olhar dele, deu para notar que não queria conversa.

-Uh, ok então.

-Daisuke, vamos lá.

-Daisuke, En... Entendo, nos vemos por aí Daisu-Chan!- Kiba diz, me dando um tapinha na cabeça e bagunçando o restante do meu pêlo.

"Tchau." Akamaru latiu, depois de ter se afastado de Gaara.

-Eu não gosto deles...- ouço Gaara murmura, se afastando enquanto eu ando atrás dele.

"Foi muito esquisito, preciso melhorar minhas habilidades sociais.." admito, Gaara olha por cima dos seus ombros para mim antes de virar para me ver aonde estou indo.

-Não fuja assim, você pode se machucar...

"Você está preocupado comigo?" eu troto por seus pés de maneira irritante o que faz tropeçar um pouco.

-Daisuke!- Gaara grunhi, me pegando debaixo dos seus pés. -Às vezes acho que você está fazendo de propósito.- ele murmura enquanto continua andando.

O Cão de SunaOnde histórias criam vida. Descubra agora