Templo maldito

Mais do que pensei

A noite é fria, é o começo do inverno e já posso ver os primeiros flocos de neve caindo através da janela, pego um vestido de mangas compridas, uma meia calça, bota cano alto e um casaco que vai até os meus joelhos, o mais bonito e confortável que encontro, por alguma razão, eu quero impressionar este homem que nem mesmo vi.

Caminho pelas ruas em direção ao templo, me lembrando da sensação das suas mãos em mim, meu peito se aquece como nunca antes, o vento gelado bate em meu rosto e me faz ter certeza de que estou com as bochechas rosadas pelo frio.

Paro em frente as escadas começando a sentir o seu cheiro e sem hesitar começo a subi-las calmamente e sem olhar para trás, decidida a tirar satisfações com ele.

Ao chegar no templo, finalmente, olho ao redor, mas como sempre, não vejo nada, mas sei que ele está aqui, sei que está me observando.

-Por que está tentando me assustar?

Pergunto olhando ao redor, sem vê-lo, somente posso ouvir sua voz me responder, parecendo vir de perto da fonte e foi para lá que fui.

-Não estou tentando assusta-la, só senti saudade de você.

Cruzo os braços irritada, ele está tentando jogar comigo?

-Está pensando que sou idiota? Nem nos conhecemos, então pare de me perseguir e ficar mandando bilhetes. Saudade? De que?

Pergunto nervosa olhando para a água da fonte tentando me acalmar.

-Não estou brincando com você, muito menos mentindo, realmente senti sua falta, você é..... Diferente, é a primeira vez que me sinto tão atraído por uma mulher. Não nos conhecemos muito bem, mas se você prometer para mim que ficará aqui comigo está noite, e que não estará mais brava, eu me mostrarei para ti.

Pensei um pouco e senti um toque suave em meus braços, o mesmo toque que me fez arrepiar da última vez, sinto vontade de despir o casado e senti-lo tocar a minha pele, por fim, deixo a minha curiosidade falar mais alto.

-Está bem, eu ficarei aqui com você.

-Curiosa.

Falou por fim passando os braços pela minha cintura me fazendo ter a melhor vista do mundo.

Dentro do lago pude ver refletido o homem mais belo que já vi em toda a minha vida, seus olhos negros cansados, um pequeno sorriso emoldurando o seu rosto, os lábios finos entreabertos, perto demais do meu pescoço.

-Formamos um casal bonito, você não acha, Temari?

Sussurrou em meu ouvido, fazendo todo o meu corpo ferver, fico ali, extasiada e então, ele faz com que eu me vire em sua direção e ao ficar com o corpo ereto, percebo que ele é pelo menos uns dez a quinze centímetros mais alto do que eu.

Sasuke e Sakura sobem as enormes escadarias do templo, ele com mais coragem do que ela, se é que poderia chamar isto de coragem. Os dois foram até a porta do templo e Sasuke tentou abrir, porém, estava trancada.

-Droga, será que alguém esteve aqui? Perguntou Sakura segurando o braço do namorado.

-Talvez ainda esteja aqui.

Eles andaram começando a ouvir vozes não muito altas, duas pessoas conversando.

-Temari... O que ela faz aqui? Sakura se perguntou, tão baixo quanto pode para que os dois não os ouvissem.

-Esta não é a questão e sim, quem é aquele homem com ela? Ele é.... estranho.

-Sasuke, acho melhor voltarmos para casa. Sasuke olhou indignado para ela.