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Já faz uma semana desde que eu recebi a pior notícia do ano: Josh e Madison estão namorando.
Passei a observa-los de longe e reparo o quanto eu sou tapada para não notar que eles agem feito um casal em todos os momentos. Até no refeitório eles não se desgrudam! Que espécie de admiradora secreta eu sou se nem consigo perceber que a minha paixão platônica está comprometida?
Não tive ânimo pra frequentar a aula na sexta passada, e passei meu final de semana debaixo das cobertas. Eu não quis ver ninguém, apenas queria ficar presa no meu escuro, pensando no quão inútil eu sou.
Durante a semana, fiz minhas atividades normalmente e evitei chorar igual a um bebê em público, então aproveitei para extravasar minha tristeza durante a noite.
Charlie D'Amelio ficou puta comigo, mas é a vida.
Finalmente o dia da festa do grêmio chegou e eu vi uma oportunidade de ocupar a minha mente para esquecer Josh Richards.
— Nalim, cadê o meu vestido? — Charlie perguntou, jogando todas as roupas para fora do armário. Apoiei o antebraço no meu colchão, tentando me acostumar com a claridade do quarto.
Olhei para o relógio que marcava sete e quinze da manhã.
— Charlie, são sete da manhã de sábado, é só um vestido! — digo coçando os olhos e a garota na mesma hora se vira.
— Não é só um vestido, ta legal? Eu fiz o modelo exclusivamente pra festa, eu tenho que ser o centro das atenções! — reclama toda descabelada.
— É só pendurar uma melancia no pescoço... — murmuro, mas Charlie consegue ouvir e se vira na minha direção com os olhos pegando fogo. Engulo seco e sorrio. — Eu disse que você já é muito bonita, não precisa de um vestido bobo já que chama atenção normalmente.
— É, eu sei.
A D'Amelio voltou a jogar roupas pelo quarto atrás do maldito vestido. Mordi o lábio inferior e me levantei, descendo para comer alguma coisa. Encontrei Mark sentado na mesa comendo torradas enquanto mexia no celular.
Ele sorriu aberto, me observando abrir a geladeira.
— Bom dia, Nalim!
— Bom dia, o que ta fazendo acordado a essa hora? — pergunto pegando a garrafa de leite e um copo.
— Eu corro todos os dias às seis. Escutei uns barulhos estranhos vindos do seu quarto, ta tudo bem por lá? — levanta uma das sobrancelhas loiras e eu me sento numa das cadeiras livres.
