Capítulo XXI- batalha parte 2

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Carreguei no colar que a minha mãe me dera, tal como Isaac me sugerira. Toda uma energia invadiu o meu corpo. Era estranho, sentia-me mais forte que nunca.
Ergui a mão e ela saiu um bocado de agua. Nunca tinha conseguido fazer isto. Controlar água sem ter uma fonte. Eu parecia uma autêntica pistola de água! It's show time baby!
Um não narigudo já estava no chão. Molhado. Aparentemente a água é um dos pontos fracos deles porque aparentes feridas espalhavam-se no corpo dele. Eu sou fixe! Envolvi o outro com um denso tentáculo de água esmagando-o com este. Várias partículas voavam no céu, marcando os Viligafores mortos.
Ouvi mais um corpo cair no chão. Mas nada de partículas. Olhei em redor. Os meus olhos pararam no corpo dele. Morto. Caído no chão. Os meus olhos inundaram-se. Isaac... Como é que isto pode acontecer? Estava tão distraída a ser uma pistola de água fixe que nem reparei nele.
Apenas o rapaz com nariz estava vivo (para além de Sam e Martha. Cori até ele com a mão erguida pronta para fazê-lo pagar. Não consegui pois ele agarrou-me.
- Larga-me! - chorei - seu monstro! Matou os meus pais e agora...
- Acalma-te princesa... Ele vai ficar bem... Vai acontecer-te o mesmo...
Ele tinha a mão forte no meu cotovelo e passava os dedos no meu cabelo.
- Sam! - gritei.
Ele logo olhou para mim. E depois para Isaac. Tentou correr mas algo o impediu.
-Achavas que ia ser assim tão fácil? Ainda me quero divertir um pouco contigo...- ele sorriu e apertou o meu rabo.
- Larga-me, seu porco! És um pedófilo sem vida!
- Retira já o que disseste. - ele ordenou.
- Pedófilo! Assassino! Monstro! - continuei.
Fui violentamente atirada para o chão.
- Agora perdi a vontade para a diversão...
Eu preciso de uma ideia rápido. Rápido...
Já sei! Eu sabia que aquelas aulas de química me iam dar jeito.
Apontei-lhe o punho. Concentrei a minha força toda. O rapaz começou a suar, a ficar vermelho. A constituição humana é de 70 porcento água, e eu estava a ferver a dele. Ele começava a ficar sem ar. Sem ar? Não era suposto. Olhei para Sam. Ele mesmo estava a utilizar os seus poderes para lhe sugar o ar, sufocando-o. Martha usava o seu poder para o envolver em ramos de árvores apertando o seu corpo. Foi tão rápido. Juntos somos melhores.
- Isto foi por teres matado toda a gente! Achas que nos podes vencer? Achas que ficamos mais fracos!? Não! Os teus atos só nos puseram mais fortes! Se eles vão, tu vais com eles! - gritei.
Concentrei mais energia, provavelmente mais do que tinha, mas a minha raiva era enorme.
Ele caiu no chão. Sem ar, esmagado e como todos os seus 70 porcento de água evaporados. Não gosto nada de fazer isto. Mas ele merece.
Aproximei-me de Isaac. Do seu corpo morto. Estático. Deitei-me ao lado dele, pousando a cabeça no seu peito gelado.
- Devia ter sido eu... Eu sou inutil. Ninguém precisa de mim... - chorei - Eu amo-te tanto Isaac. Tu não sabes o quanto. Nunca gostei tanto de ninguém como gosto de ti. E eu sei que tu também gostas de mim. Eu sei. Nós tínhamos a nossa história. Não foi muito grande. Um pequenino infinito. Mas eu amo-te Isaac Waters.
Sam's POV
Já está. Tinha acabado. Tínhamos conseguido vingar a morte dos nossos pais. Mas Isaac estava morto. Em parte tínhamos falhado um pouco. Lea estava ao pé dele. Dizia qualquer coisa enquanto chorava. Ela perdeu as três pessoas que mais amava no mesmo dia.
- Martha... - aproximei-me dela - nós não temos muito tempo. Pode acontecer-nos aquilo que lhes aconteceu. Eu quero ter a certeza de que fiz tudo o que queria.
- Sam...
- Não interrompas o monólogo. Eu amo-te Martha! Não parei de pensar em ti desde aquele verão. Se a morte nos apanhar de surpresa, eu quero que saibas isso. Eu posso ter estado com muitas gajas entretanto, mas não foi nada sério. Não conseguia. A culpa é tua. Mas eu...
A minha frase foi interrompida por um beijo apaixonado dela. Normalmente não gosto que me interrompam, mas agora estava a adorar!
- Tu falas muito. - ela sorriu.
Lea's POV
- Nem acredito que conseguimos!
- Em parte... - eu respondi a Sam.
- É... é tudo uma merda. Ele não merecia.
Podemos dizer que em parte ele está connosco. Na fogueira que nos mantém quentes. Não é tão bom como os seus beijos, mas recorda-me dele.
- Não podemos pensar negativo. Agora estamos segurança. - tranquilizou-nos Martha - ele estará sempre vivo nos nossos corações.
Eu sorri e soltei uma lágrima.
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Oi people! Espero que tenham gostado de ler tanto como eu gostei de espero que tenham gostado de ler isto, tanto como eu gostei de escrever!
Esperem... para que é que eu tou a dizer isto se há mais um capítulo!?
Beijos e pizzas,
GoldPixie.

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