Drunk In The Morning. - ¡YeWook!

The Lonely Flame.

— YeYe! Acelere, eu quero lhe levar em um lugar. — Disse RyeoWook com um belo sorriso nos lábios, abraçando por trás o corpo de seu amado, o qual se olhava no espelho. — Está ótimo! Está lindo! Vamos, amor.

YeSung não se controlou e sorriu percebendo a animação do outro. Concordou levemente com a cabeça e se virou, deixando um selinho nos lábios do mais novo logo segurando sua mão para seguir em direção ao carro.

— Você me lembra as estrelas, sabe, Wook? Brilhante, bonito e esperançoso como uma. — Pelo canto do olho, pode ver o outro corar e virar o rosto para a janela.

Após a ligação realizada, JongWoon não conseguira dormir. Não importava o quanto rolava na cama, quantos filmes assistisse, quantas fotos curtisse ou quantas vezes tentasse, os pensamentos e lembranças de RyeoWook rebobinava em sua mente. As mãos quentes que um dia segurou, se encaixava de forma tão perfeita na sua. E agora, estava tão distante das suas.

Animadamente, cantarolava sua música favorita enquanto preparava a pequena caixa para dar de presente ao seu namorado. Estavam fazendo cinco meses juntos e Kim nunca pode se sentir tão feliz quanto se sentia após ter conhecido RyeoWook. Seu presente, por mais que clichê, continha sentimentos e memórias. Fotos, doces, cartas e um colar podiam ser encontrados no interior da mesma.
Olhando para seu atual eu, YeSung do passado soltaria gargalhadas altas ao pensar em se apaixonar tão bobamente por alguém. Tal pensamento o fez rir baixinho, negando levemente com a cabeça. Havia combinado de encontrar o mais novo às 5:30 PM, depois que saísse de seu compromisso.
Estranhou ao perceber a música pausar enquanto seu celular tremia diversas vezes sobre a madeira. Rapidamente andou em direção a este, vendo várias mensagens de um número desconhecido.

×× ××××-××××: Olá, hyung. Que tal conversamos um pouco sobre seu namorado?

Lágrimas de raiva desciam por conta própria por seu rosto, o fazendo pausar a música que escutava. A letra agitava uma raiva, tristeza e melancolia em si. Por um momento, pensou se realmente deveria ter permitido que RyeoWook entrasse na sua vida daquela forma; pensou se deveria ter dividido seu guarda-chuva de papel naquele dia chuvoso.
Às vezes, confiar em alguém é idiotice, é uma indulgência.

Com seu amado deitado ao seu peito, todo o frio daquela praia parecia não se fazer presente. A areia, a lua, a melodia das ondas, as estrelas, tudo fazia daquele momento tão perfeito para ambos. RyeoWook cantava em tom baixo uma música que lembrava o outro enquanto YeSung fazia cafuné em seus cabelos.

— Sabe, Yeye… Você foi a melhor coisa que me aconteceu. Ao seu lado, nunca me sentirei sozinho e nunca lhe deixarei sozinho. — Murmurou, logo levantando o rosto, podendo observar a face encantada do mais alto.

— Obrigado por me permitir sorrir, obrigado por ser minhas estrelas em meio às trevas que me guiam para o caminho certo.

 

Dois tipos de solidão, terminados em certa vulnerabilidade. Era uma triste ironia pensar que um dia estavam fazendo juras lindas de amor, e no outro, já não estivessem mais juntos.
YeSung passou a se questionar diariamente se RyeoWook o amou tanto quanto ele o fez, mas depois de ouvir seu desabafo por meio da ligação, não havia mais dúvida alguma dentro de si.
Embora tivesse ocorrido a situação da chamada, YeSung se encontrava profundamente quebrado para poder fazer algo em relação aquilo; para poder voltar e fazer o outro Kim pôr fim em toda sua espera. Pela janela, podia ver uma ou duas estrelas brilhando no céu. Pareciam perder seus brilhos a cada segundo, desbotando lentamente. Sem pensar muito bem, ligou novamente para RyeoWook e logo ouviu que deveria deixar um recado. E assim o fez.

— Eu recuso a mentir para mim mesmo, mesmo respirar perdeu seu significado. Continuo pensando em todas aquelas palavras que você disse, elas repetem na minha cabeça. Descobri que é tão difícil ser forte, até nas fraquezas requerem coragem. Quando eu sequei minhas lágrimas e olhei para trás, percebi o quanto amei você.