Capítulo 21

10 0 0
                                    

Antes que eu e minha Tia conseguisse sair da gravadora, depois de discutir tudo deste mês por vir, o Jonathan me parou, dizendo que gostaria falar comigo. Minha tia, toda feliz pelo jeito, concordou e me empurrou gentilmente na direção dele, já satisfeita de separar o pseudo- casal.
Entramos numa sala vazia e esperei que ele falasse primeiro, o olhando curiosamente.

-Estamos bem?- Ele falou, parecia nervoso e fofo com seu jeito.

-Por que não estaríamos?- Sorri fracamente, esperando que ele retríbuísse. Ele somente me olhou preocupado.

-Olha, porque eu não queria ser o motivo de separar você do seu namorado.- Ele olhou ao chão, parecendo um pouco triste.

-Não separamos. Olha,- Coloquei uma de minhas mãos no seu ombro, que o surpreendeu e ele olhou para mim novamente.- não se preocupe. Essa amizade que começamos a desenvolver aqui, não quero perder, viu?- Ele sorriu em minha direção.

-Eu também não.

-E a única pessoa aqui que teria motivo de ficar bravo é você. Quando nos conhecemos, não fui a melhor pessoa, até porquê fugi de você.- Dei uma risada que ele retribuiu.

-E eu já falei que eu compreendi o motivo. Só fico feliz que não tem problemas entre nós.- Eu gostei que ele entendeu os meus motivos, mas ainda sentia um pouco de culpa Pela situação, o bom é que uma boa amizade poderia florescer.

-Claro que não.- Bati palmas, com uma animação estranha, para o cansaço que eu estava sentindo, que ele riu, juntando a mim.

-Agora, vamos, não vamos deixar sua tia esperando.

-Ahh, sim. Vamos então.- Segurei a sua mão e o puxei à área onde minha tia esteve esperando até aquele momento. Soltei a sua mão até chegarmos ao local.

-Ah, querida, Como foi a conversa?- Olhando a ela e, em seguida a ele, voltando o olhar a minha tia respondi:

- Foi bem. Tínhamos questões breves a resolver, mas agora estamos bem.

-Ai, que ótimo. Agora vamos para casa. Amanhã irão se ver, então guarde suas saudades que vão se ver brevemente.

-Ha ha, claro.- Falei, revirando os olhos.

-Tchau, Esmeralda.- Ele abriu um sorriso.

-Tchau, Jonathan.- Eu retribui.

Minha tia nos dirigiu a um evento antes de voltarmos para casa que ela já havia confirmado a minha presença. Depois, descobri que era um evento dos nossos familiares o que me deixou empolgada. Geralmente, pessoas acham chatos esses eventos por obrigarem as outras a falarem das coisas que gostam, ocultando muitas opiniões, mas para mim, é quando eu mais me sinto amada. Como minha tia deveria ser como uma mãe para mim, eu poderia ter até pedido para outro membro da minha família para cuidar de mim já que ela não está exercendo seu papel corretamente, mas sempre que vou tentar mencionar, tem um certo bloqueio (nomeado Tia Fabi) que muda de assunto com algo polêmico ou até algo que deixa as pessoas empolgadas (desvantagens destes eventos) e parece que tem um radar de quando vou mencionar, justamente por ela sempre aparecer.

Fora isso, minha família tem tradições bem divertidas como cantar no karaokê, que comecei a fazer mais vezes, já que quando pequena e até uns 12 anos de idade eu era mais tímida, sempre desviando da atenção dada a mim, pura ironia da vida.

Chegando lá, nem precisava abrir a porta que minhas 2 primas de 5 e 6 anos abriram a porta, me dando um abraço e falando das tantas saudades que elas tinham de mim. Sorri, falando que eu estava com saudades delas e brincando com elas quando cheguei no enorme parquinho do condomínio onde sempre acontecia esses eventos. Minha tia já foi cumprimentando as minhas tias, tios e avós e avôs, enquanto eu demorei para ir aos seus encontros, já que as meninas queriam brincar comigo.

- Fabi, você tem que permitir que a Esmeralda fique um tempo em casa.- Falou minha vó, enquanto estávamos sentados, as duas meninas do meu lado.

- Já falei tantas vezes, mãe, que a agenda dela está cheia, você sabe que ela é uma menina muito ocupada.

-Agora eu quero ver o que ela quer.-Ela olhou da minha tia para mim.- Você quer passar uns dias lá em casa? Pode ser no final de semana, assim não interfere na sua segunda vida.

Toda família me incentivava e me inspirava para ser quem eu sou, por isso que fico sempre renovada para continuar.

-Ah, eu quero, vó.- Antes que tia Fabi fosse impedir isso com alguma desculpa, minha vó falou decidida:

-Então, está decidido. Querem passar lá em casa, meninas?-Falaram 'sim' as duas e a vó aproveitou para convidar os netos e netas mais novas e velhos, ela tendo 9 netos em total, eu tinha 4 tias. Eu sendo filha única dos meus pais, era única que não tinha nenhum irmão e irmã, eu era mais próxima dos meus primos e primas, menos com a Patrícia e a Melinda que vieram com minha outra tia, mesmo não se vendo sempre, mandando mensagens e conversando. Todos os meus primos e primas concordaram, já combinando de trazer seus colchões e bastante doces.

Fizemos o karaokê, o momento de compartilhar suas conquistas do ano até agora e esconde- esconde geral da família menos meus avós ( eles supervisionaram e ajudaram os primos e primas menores), todos estavam cansados, deitaram em suas cadeiras de praia que trouxeram e ficaram curtindo o momento em família. Eu estava empolgadíssima que cantei um pouquinho mais com minhas priminhas e conversei com meus primos e primas e deitei na cadeira. Depois de um momento, minhas priminhas e meus outros primos menores estavam cansados, que minhas tias e tios se despediram e foram indo embora, inclusive eu,  minha tia e as filhas dela.

Esmeralda- A Famosa CinderelaOnde histórias criam vida. Descubra agora