Capítulo 1

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Olá, sejam bem-vindxs à minha história!

Este é o meu primeiro livro e levei muito tempo para, finalmente, postá-lo. Agora, estou revisando e reescrevendo os capítulos para trazer uma versão ainda melhor para vocês :)

Espero que aproveitem a leitura e, se gostarem, não se esqueçam de votar, adicionar na biblioteca/lista de leitura e comentar bastante! Boa leitura <3

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Era a sexta-feira do último final de semana antes do início do ano letivo. Estava no quarto arrumando minha mala para morar no alojamento para alunos da nova escola, quando escutei, do andar debaixo, minha irmãzinha, Ana, comemorando. Ela sempre foi a filha preferida do meu pai; deve ser porque ela se parece muito com a minha mãe e tem os mesmos brilhantes olhos azuis dele. Ele faz tudo para agradá-la. Desci as escadas correndo, enquanto minha mãe me chamava.

— Maninho, ela não é linda? — disse Ana com um sorriso de orelha a orelha, erguendo um pequeno gato branco de pelo curto com algumas manchas cor de mel espalhadas pelo corpo e olhos grandes da mesma cor das manchas, os quais me olhavam fixamente.

— Um gato?! — Indaguei. Enquanto ouvia minha irmã dizendo que se tratava de uma gata, pensava perplexo em como sobreviveria àquilo, afinal, eu sou alérgico a gatos. E meu pai sabia disso. Ainda bem que eu sairia de casa. Só mais dois dias.

...

Por sorte, os dois dias passaram voando! As coisas já estavam no carro e só esperávamos Ana terminar de colocar ração para Musa. Sim, este foi o nome escolhido para a nova moradora da casa. Ana é uma grande fã de séries literárias que falam de magia... deuses... enfim, coisas que mexem com a nossa imaginação. Foi daí que ela escolheu o nome da gata, as nove filhas de Júpiter, ou Zeus, são chamadas de "musas".

Musa era, aparentemente, uma gata como qualquer outra. Exceto quando eu passava por ela e sentia aquele olhar penetrante me seguindo até sumir de seu campo de visão, como se esperasse algo de mim. Estávamos para sair quando reparei que estava esquecendo algo: meus óculos! Consigo enxergar relativamente bem sem eles, mas quando estou os usando há uma grande diferença. Voltei correndo para dentro de casa e fui até meu quarto pegá-los. Abri a porta do cômodo e vi uma imagem que não pude acreditar que era real. Ou seria só uma distorção causada pela falta dos óculos? Não, não poderia ser. Mesmo sem usá-los, via claramente a figura de uma garota com aproximadamente a minha idade, em pé, me olhando fixamente com aqueles olhos cor de mel. Perplexo, não conseguia me mover, falar ou pensar direito. Apenas me perguntava como ela havia entrado ali. A garota em questão tinha a pele bem branca com cabelos longos cor de mel soltos na frente e presos em um coque no alto da cabeça com um prendedor japonês. Ele era vermelho e, na extremidade que ficava para fora do cabelo, havia uma pequena bola transparente ligada a um curto cordão que se dividia em duas partes. Cada parte continha mais uma bola transparente, mas com a metade do tamanho da primeira. Mas de tudo o que me chamou mais atenção foram duas formas semelhantes a orelhas de gato na cabeça também. Como se eu não fosse surpresa alguma, ela se virou segurando alguma coisa e perguntou:

— Está procurando isto? — oferecendo-me os óculos.

— S-sim. — respondi, ou pelo menos tentei.

Coloquei os óculos para olhá-la melhor e, de longe, era a garota mais linda que já havia visto. Usava roupas estranhas, como se fossem de outra época. Era uma espécie de vestido, na qual a parte de cima era feita de um tecido branco e solto, com um decote que deixava à mostra seu pescoço e ombros. A partir da cintura, tinha um pequeno cinto preto e a saia era em um tom de verde musgo e aparentava ser de um tecido mais pesado. Todos os acessórios eram assimétricos. Nos braços, ela usava braceletes dourados com apenas um fino traço vermelho no centro; no braço direito havia três deles, já no esquerdo apenas dois, mas, em compensação, próximo ao joelho da perna esquerda havia um acessório igual aos braceletes. Ela usava outro tecido vermelho em faixas, que envolviam parte de seus pés até o tornozelo. Reparando nos detalhes de seu rosto, percebi que havia dois finos traços cor de mel em cada um dos lados de suas bochechas e as formas em sua cabeça eram, de fato, orelhas de gato. Quanto mais a olhava, mais chocado eu ficava. Tinha o corpo magro e um pouco atlético, como um gato. Tudo nela me lembrava gatos ou, mais especificamente, a Musa. E se fosse ela mesmo, como seria possível? Musa era a nossa gata!

Musa (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora