Take me to another place

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••Carol Evans••

      Almoçamos em um restaurante super fofo que tinha na esquina do hotel, a comida era maravilhosa e os atendentes eram super simpáticos. Fomos andando até o museu, se eu falar que chegamos com facilidade estaria mentindo feio. Nos perdemos diversas vezes mesmo seguindo o Google maps. Não fomos em museu muito grande e conhecido porque queríamos evitar chamar atenção e ter um dia normal entre amigos.
       - Dude, eu amo museus - Noah fala com Josh já que eles andavam mais a nossa frente - Dá vontade de ter estampado nas camisetas cada uma dessas obras incríveis.
        Paro de me interessar na conversa deles para observar a obra a minha esquerda. Os quadros expostos nesse setor estavam em meio de uma excursão, eles geralmente ficam na Pinacoteca Ambrosiana em Milão e ficarão expostas aqui em Paris por alguns dias. Eu observava a obra "The Kiss" do artista italiano Francesco Hayes. A obra de 1859 é forte marco do romantismo italiano e tem como foco um beijo apaixonado e intenso de um casal não reconhecido. Essa pintura sempre me chamava a atenção por demostrar que o amor pode ser encontrado em todos os lugares e épocas mesmo que de forma singela e irreconhecível. O amor nos encontra em qualquer lugar.
        Braços me rodeiam fazendo com que eu leve um pequeno susto. A risada rouca tão conhecida por mim é soada contra o meu pescoço. Urrea olha para a obra a minha frente e me aperta em seus braços.
         - O que te encanta tanto nessa obra? - ele pergunta por sussuro para não atrapalhar os outros na sala.
        - O amor que é representado talvez- dou de ombros respondendo no mesmo tom - E ainda a demonstração de cuidado que o rapaz tem com a sua dama. Dá para ver isso na forma em que ele a segura e apoia seu pé em um dos degraus para deixá-la mais confortável.
         - Mais confortável é beijá-la na cama - ele sussurra de uma forma que só eu possa ouvir - Mostrar o carinho e o amor beijando cada pedaço de sua pele e fazê-la delirar.
         - Noah... se controle...
         - Ei, casal! - sou interrompida por Josh - Deem um beijinho ai para a foto ficar bonitinha.
         Sem que eu tenha tempo para reagir, o americano me vira e gruda nossos lábios em um beijo calmo e viciante. Suas mãos estão no meu rosto como se tivesse medo de que eu me afastasse ou algo do tipo enquanto eu apoio uma em seu ombro e seguro em sua barriga com a outra. Sorrio entre o beijo. Como alguem pode ser tão perfeito assim?
          - Aiii ficou tão fofinho, deveriam postar - Any fala encarando o celular - Tudo bem que não da pra reconhecer a Carol mas...
         Olho para a foto e ela realmente estava muito fofa. Só tinha um problema, não iríamos assumir seja lá o que a gente tem porque sabemos que vai acabar e não queríamos decepcionar ninguém. Olhei por Noah e ele já entendeu o recado, seria mais uma foto para apenas guardar de lembrança...

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(...)

          Saimos tarde do museu, estava quase perto do pôr do sol. Então fomos em um café pedir algo para viagem e comer sentado em um banco olhando a famosa torre alguns metros de nós. Os três amigos conversavam animados ao meu lado enquanto eu ficava ali do lado observando tudo a minha volta, pensando nas grandes mudanças da minha vida e olhando minha mão entrelaçada na de Noah. Devo tudo a ele. Só ele soube me construir e sinto que de alguma forma, quando nos separarmos, não irei ficar quebrada por inteiro. Respirei fundo e levantei meu olhar ao rosto do garoto, ele tinha um sorriso simples e leve no rosto que me fez sorrir. Eu precisava muito falar com ele.
        - Hm... Noah? - chamo sua atenção - podemos conversar?
        Ele me olha preocupado mas relaxaum pouco quando me vê sorrindo para o tranquilizar. Josh e Any ao perceberem que precisávamos daquele momento a sós, deram a desculpa de necessitar voltar para o hotel para resolver alguns assuntos com Yonta.
        - Por favor, me diz que é coisa boa - ele diz aparentemente nervoso não me deixando começar.
        - Relaxa, baby - acaricio seu rosto - Não é nossa despedida ainda, temos um tempo juntos mas... eu preciso te agradecer aqui por ser um lugar mágico e incrível de certa forma.
         - Agradecer pelo...? - o moreno ainda estava confuso.
        - Por não desistir de mim, por me aturar, por me recinstruir e me deixar mais forte. Por ser quem você e por especialmente me ensinar a amar... é, Noah, eu te amo e não posso mais guardar isso para mim.
          Abaixo minha cabeça envergonhada. Se não fosse pelo canto de alguns pássaros e conversas de franceses e turistas no local, ficaríamos uns bons minutos em silêncio. Não era recíproco. Eu era única e especial para o americano, como o mesmo falara diversas vezes, mas não o suficiente para ser verdadeiramente amada por ele. Suspirei e me levantei.
          - Ahn... acho que eu entendi o recado... não precisa dizer...
          Fui interrompida pelos seus doces e macios lábios. Esse garoto ainda vai me levar ao paraíso. Uma de suas mãos estava nas minhas costas um pouco a cima da minha bunda me puxando para perto e a outra no meu rosto fazendo uma leve carícia no meu rosto.
        - Porra, Carol... Por que eu sou tão viciado em você? Eu também te amo e, porra, desculpa por demorar para reagir eu só não estava esperando por essa.
        - Noah Urrea, cale a boca e me tire daqui. Me faça completamente sua - sussuro em seu ouvido e deixo um chupão em seu pescoço.
        Ele segura a minha mão e caminhamos apressadamente para o hotel que ficava algumas quadras de distância. Quando entramos no elevador, sou colocada contra a parede e Urrea ataca meus lábios deuma forma quente e excitante.
        - Ei, vai com calma - falo recuperando o fôlego e sentindo seus lábios em meu pescoço - Tem câmera aqui dentro.
        Termino de falar e a porta se abre. Puxo o garoto para fora e levo um tapa na bunda.
        - Sempre quis fazer isso - ele sorri mordendo o lábio inferior ficando fodidamente sexy.

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