CAPÍTULO 57

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Luna

Júlia: mamãe -me olho com medo e os tiros começaram-

Eu: Segura na mamãe e coloca a cabeça no meu ombro filha -cobri a cabeça dela com o pano dela-

Fui correndo pra casa mesmo com as sacolas e Júlia no braço.

Na hora que eu ia abrir a porta o VC abriu.

VC: Vem -fechou a porta e me puxou-

Júlia: papai -falou com os olhos marejados- o que é isso?

VC: Vocês precisam ficar aqui -entramos no cofre- amo vocês

Eu: Também te amamos -falei com os olhos marejados-

Júlia: Não vai -pediu chorando e ele fechou a porta do cofre-

Eu: Calma meu amor -sentei no cantinho com ela no colo-

Júlia: mamãe -me abraçou- fica aqui comigo por favor

Eu: Mamãe vai ficar aqui, toma seu suquinho e come seu biscoito -tirei da sacola e dei  ela-

Eu não estou preparada pra isso, pra voltar essa rotina novamente, mesmo que sejam só férias, é difícil você ficar no meio de uma invasão principalmente com uma criança.

Júlia comeu e ficou agarradinha comigo, puxei o colchão e ficamos deitada agarradinhas no canto esperando que isso acabasse.

Laura

Eu: Amor fica por favor -pedi chorando- não vai JF

JF: Eu preciso ir morena -me colocou no cofre e pegou o Caio no colo-

Caio: Papai -disse com os olhos marejados- 

JF: Cuida da sua mãe meu moleque, cuida dela até o papai voltar -deu um beijo na testa dele-

Eu: Volta por favor -abracei ele com medo-

JF: Eu vou voltar -me beijou- eu te amo Laura 

Eu: Eu também te amo meu amor -beijei ele novamente-

JF: eu te amo meu pivete -beijou a cabeça de Caio-

Caio: Eu também te amo papai -disse entre soluços por conta do choro e JF saiu-

Agarrei meu filho, eu sei que algo de ruim vai acontecer, eu tô sentindo isso.

Paloma

Eu: VOCÊ NÃO VAI JOÃO -gritei desesperada-

JP: Cuida do nosso moleque -colocou o colete-

Eu: Por favor amor, eu tô implorando pra você -me ajoelhei na frente dele- por favor não vai -ele me levantou-

JP: Filho -Miguel veio até a gente com o semblante triste- cuida da sua mamãe tá

Miguel: Ta bom papai -me abraçou-

Eu: Você não vai JP -grudei nele- você não vai não

JP: Fiquem aqui -me deitou na cama do cofre- eu vou voltar, amo vocês 

Eu: Também te amamos -ele me beijou e beijou a testa de Miguel-

 Trancou o cofre e saiu. Eu não tô bem, eu fico muito preocupada com ele quando essas coisas acontece, isso é difícil de aceitar.

LC

Deixei as meninas e o meu pivete lá em casa, eu sei que Raissa fica desesperada quando isso acontece.

Mas fazer o que né, eu preciso defender o meu lar e deixar isso totalmente seguro pra a minha família.

VC: LC PORRA -gritou e veio até mim- desce com os caras pra amenizar as coisas na barreira que eu vou ir pra a boca principal

Matheus: Vou chegar la nos matinhos, os cana sempre tentam entrar por lá -apareceu atrás de mim e os tiros ficavam mais altos-

Eu: Vão logo, precisamos acalmar tudo -eles ligaram os radinhos-

Anderson: Cês já sabem aonde tem munição reserva em cada canto desse morro caso precise -me deu mais um fuzil-

JF: Ta todo mundo seguro, tem vapor escondido na casa de geral, só precisamos saber se tem mais gente do lado de fora das casas pra ninguém morrer -disse ofegante-

JP: Deixa essa parte comigo -saiu com os vapor-

Eu: Tô indo pra barreira -chamei os vapor- fé ai pra vocês

Eu sempre fico com um medalhão com a foto do Anthony, da minha tia e da Raissa no pescoço, foi do nosso primeiro Natal juntos e isso que me mantem firme e forte nas invasões.

Horas depois...

A invasão parecia que não ia acabar nunca, Paçoca veio pra cá com os vapor dele ajudar mas parecia que a cada piscada de olho mais cana aparecia.

Eu: PAÇOCA -ele me olhou- a gente vai ter que vazar porra

Paçoca: E os cara? -veio até mim correndo- nois vai abandonar tudo? Tá louco?

Eu: Não pô, passei o radinho pra os cara, vamo ter que da um sumiço e voltar quando tiver menos cana pra pegar a favela

VC: LC ABAIXA -gritou e eu senti um ardor no ombro-

Foi o tempo certo pra tudo apagar e eu sentir o meu corpo cair no chão.

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Beijinhos da Giih❤.

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