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LunaAcordei ne uma sala totalmente branca e as lembranças vieram com tudo, fechei meus olhos pedindo a Deus que tudo aquilo tivesse sido apenas um pesadelo.
Raissa: Prima? -se aproximou de mim- cê tá bem? -não, não é pesadelo-
Eu: Cadê a Júlia? -falei de olhos fechados e segurando o choro-
Raissa: O Rodrigo buscou ela na escolinha, disse que ela ia passar a tarde com ele e que a noite vem ver você -as lágrimas começaram a rolar sobre o meu rosto-
Eu: Ele me bateu, por causa de uma piranha -ela me abraçou-
Paloma: Desculpa a demora -disse ofegante e entrou com as meninas-
Amanda: Meu Deus -me olhou espantada- cê tá bem? Tá com dor? -neguei-
Laura: Amiga -se aproximou de mim- a Julhinha vai dormir lá em casa hoje tá? -assenti- cê quer que eu chame um médico?
Eu: Eu quero morrer, deixar de ser otária, apoiei tanto -sentei na cama com dificuldade- dei duro, anos da minha vida como otária e olha o que eu ganhei, uma surra -me olhei no espelho-
Paloma: A Ingrid ligou hoje -olhei rápido pra ela- ela perguntou se você tava bem e eu disse que sim, não sabia se podia falar a ela o que aconteceu
Eu: É melhor ela não ficar sabendo, ela ta viajando com a Tati por causa do trabalho -me sentei- eu me odeio tanto
Raissa: Para com isso agora -disse séria- cara, não foi sua culpa e os cara já tão sabendo, ele vai ter reunião amanhã
Eu: Ele vai me matar -comecei a chorar-
Laura: Ele tem amor a vida -se aproximou- ele não pode se aproximar de você -alisou meu cabelo e me abraçou lentamente- somos suas irmãs e você pode contar com todas nós
Eu: Obrigada, obrigada por sempre me ajudarem -limpei meu rosto- do fundo do meu coração mesmo, eu não quero ficar nesse morro, eu não quero ver a cara daquele desgraçado
Raissa: Eu falei com o Paçoca, ele disse que tem uma casa no morro dele -olhei pra ela- ele disse que mandou limpar lá, caso você queira ir
Eu: Sinceramente prima -deitei- eu vou, mas eu vou ficar por pouco tempo, eu vou comprar meu apartamento fora do morro, vou continuar fazendo os meus jobs, estão me dando bastante dinheiro, vai voltar a ser como era antes, apenas eu e a minha filha
Paloma: Qualquer coisa tamo ai viu? -assenti- eu sei que nem sempre eu sou legal, as vezes eu sou meio chatinha -dei risada-
Laura: As vezes fia? -começamos a rir e ela cruzou os braços séria-
Paloma: Olha aqui queridas, eu sou a mais velha do bonde viu? -Amanda deu risada-
Amanda: Respeitem a velha gente -Paloma deu dedo-
Eu: Vixi, corre que a velha ta putaaa -ela ficou bolada- calma meu amor
Paloma: Cês vão ver quando eu ficar rica -dei risada-
Eu: Sonho de todo pobre amiga, fica tistinha não -mimei ela-
Menor: Gente? -bateu na porta- LC, JF, Matheus e JP mandou comida -entrou com um monte de sacola-
Raissa: Me da aqui -pegou e colocou na mesa-
Menor: Será que a gente pode bater um lero lá fora? -ficamos quieta-
Raissa: Vamo -piscou pra mim e saiu-
Ficamos fofocando, essas meninas são tudo pra mim cara, minha família real, tenho Raissa como uma irmã, porque quando eu era pequena a minha irmã foi roubada.
Então Raissa pra mim, é essa irmã que eu nunca tive, ela preenche esse vazio em mim.
Paloma e Laura são as mais loucas, Amanda é como minha mãe, ela sempre me ajuda em tudo, eu amo essas meninas pra porra.
Doutora: Olá -entrou no quarto- eu preciso que vocês nos dê licença, o assunto é bastante delicado
Amanda: Qualquer coisa grita -sussurrou em meu ouvido e saiu da sala com as meninas-
Doutora: Você vai ser liberada depois da curetagem -disse em um tom triste- você estava grávida Luna
Eu: Não tem como -ela assentiu-
Doutora: Dois meses e três semanas, infelizmente as pancadas na sua barriga acabou afetando bastante o seu bebê e ele chegou a óbito -segurei as lágrimas- iremos fazer a curetagem quando você falar que está pronta, mas precisa ser ainda hoje
Eu: Tá bom -ela me abraçou e saiu da sala-
As lágrimas rolaram soltas pelo meu rosto, as meninas entraram desesperadas perguntando o que aconteceu e eu só chorava.
Ele matou um filho meu, dois meses e três semanas, o VC é um monstro.
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