Companheiro do Urso - Livro III - Série Amores Indomáveis

Prólogo

Ao entardecer, o jatinho que trazia a equipe médica, pousou em uma pista particular fora da cidade, e assim acompanhei o comboio que os traria para nossa pequena vila. Segundo o relatório que recebi, eram dois médicos, um enfermeiro e a novata.
Quando saíram do avião me surpreendi com a menina. Loira de olhos claros e afiados, parecia ser um pouco rebelde, mas nada que um treinamento rigoroso não resolvesse; o outro que se destacava era o que tinha cabelos grisalhos, porém seu rosto era jovem, acompanhado de um ruivo de óculos. Parecia estar instruindo algo ao ruivo, mas o que despertou algo em mim fora o ultimo.

Magro, de pele clara, óculos, cabelos e olhos marrons. Podia ver nitidamente a ponta do seu nariz ficando vermelha por conta da temperatura baixa. Usava roupas largas e parecia estar admirado com o ambiente a sua volta.
Não podia sentir seu cheiro de onde estava, mas sentia uma necessidade estranha de sentir. Pigarreei e os esperei se aproximarem dos carros, sinalizando para meus homens ajudarem com as bagagens de todos.

_bem-vindos! – os saudei.

_obrigada! – o de cabelo grisalho falou – sou Andrews, esse é o enfermeiro estagiário Ian, essa é Valquíria a filha de Emmett! – ele olhou para trás, onde o moreno de óculos ainda vinha, apressando os passos – vamos lá, teremos tempo de visitar tudo! Sei que você gosta do frio!

_ok! – respondeu rapidamente. Se aproximando de nós, ele era o menor dali. Até a garota era um pouco mais alta que ele.

_continuando, Este é Elliot, o médico que Gael enviou! Eu vim apenas para dar suporte a ele! – Andrews comentou gracejando.

_é um prazer! – o olhei um tanto incrédulo. Aquele era o médico? Não era de julgar as pessoas por sua aparência, mas aquele “médico” parecia mais um menino, do que um homem.

_o p-prazer é to-do meu! – respondeu gaguejando.

Por um momento me repreendi, será que tinha deixado aparente a minha descrença e o deixei desconcertado? Pigarreei e estendi a mão para ele.

_Iron Bélico! – me apresentei, e esperei ele tirar sua pequena mão do bolso do casaco e segurar a minha com firmeza.

Fechei os olhos, e quando os abri, fitei para o céu que escurecia, assim como meus olhos, quando os desci para encontrar os castanhos claros de Elliot arregalados, com as pupilas dilatadas, refletindo os meus escuros.

_puta merda... – a menina praguejou com toda razão, sentindo a dominância crescendo em mim.

É... puta merda mesmo!