13. Inesperado

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Era a primeira vez na minha vida que eu não sabia o que fazer, o moreno falou algo mas eu sequer pude entender, ele voltou a enterrar beijos no meu pescoço enquanto eu não tinha a menor reação, Arturo colocou sua mão no ombro dele tentando chamar sua atenção, funcionando, ele interrompeu o que fazia e virou-se para encarar Arturo, antes que ele pensasse em formular palavras foi atingindo com um soco em cheio, ele foi ao chão e seus amigos vendo o tumulto que estava se formando resolveram vir ajuda-lo, porém, só puderem ajuda-lo a levantar e tira-lo dali pois os capangas de Arturo haviam se colocado nas costas dele como imensas barreiras com sorrisos debochados e pistolas nas mãos.

Arturo revirou os olhos observando com desprezo o moreno sendo retirado dali, em seguida alinhou o terno e voltou a me encarar com fúria.
— O que você pensa que esta fazendo? — Questionou com o tom irritado, porém, isso em nada afetava a voz rouca e sexy.

Revirei meus olhos o ignorando e buscando Nathan com o olhar para podemos cair fora dali, para mim ja tinha dado, todos os olhares da área vip estavam em nós dois e eu me sentia desconfortável em continuar ali.

— Valerie? — Ele me chamou a atenção — Eu te fiz uma pergunta! — Disse de modo exigindo uma resposta, novamente o ignorei tentando sair daquela situação mas ele me segurou, antes que eu sonhasse em me desvencilhar quando vi, ele já me puxava para sua sala onde havia isolamento acústico.
Ele me sentou numa cadeira e eu permaneci em silêncio, eu estava puta de raiva mas não daria essa satisfação para ele.

— Você não vai me responder? — Questionou irritado, cruzei meus braços.
— Pelo que eu me lembro, não lhe devo satisfações! — Ele soltou uma risada forçada.
— O contrato que você assinou diz o contrario! — Rebateu e por alguma segundos eu me perdi naquele rosto belissimo e corpo incrível, aquele homem era fodidamente sexy e vê-lo com raiva me excitava pra caralho.

— Eu estava me divertindo. — O respondi de forma genérica, ele rolou os olhos novamente e se aproximou de mim — Nós tínhamos um acordo, não lembra? Eu posso transar com quem eu quiser assim como você também pode.

O observei engolir a saliva e depois, inspirar e suspirar afim de acalmar-se.

— E eu não tenho nada contra isso — Alegou — O fucking problema é que você veio fazer isso no meu fucking clube.
— Perdão meu capo, eu não sabia que agora teria que deixar de frequentar lugares porque você quer. — Falei com deboche e ele gargalhou.
— Por favor não seja presunçosa, a minha única preocupação é que meu pai poderia ter visto isso e nosso plano teria ido por água abaixo, além disso Valerie, todos sabem que somos noivos... respeito é o mínimo que posso exigir de você, ou pelo menos, discrição se sabe o que isso significa.

Soltei uma risada nasalada o olhando indignada.

— Nós não precisamos manter a aparência por agora Arturo, só assinamos um pedaço de papel, não existe nenhuma aliança anunciando ao mundo que sou sua "propriedade" — Resmunguei — E também, você não é ninguém pra me julgar, é hipocrisia exigir respeito de mim quando transar com sua dançarina foge as regras do profissionalismo e da ética. — Completei irônica lembrando-me da barbie plastificada que eu havia esbarrado no outro dia, me levantei prestes a sair da sala.

— Onde pensa que vai?

Eu ri, era muita ingenuidade dele pensar que eu lhe daria mais essa satisfação, no entanto, resolvi ser sincera.

— Atender sua demanda — Eu ri — Vou buscar Nathan para irmos em outro clube e assim transar com outro cara, mantendo a discrição é claro!

Antes mesmo que ele respondesse eu sai dali, fui logo para fora do Andrômeda mandar uma mensagem para Nathan, não... eu não ia para outro clube, Arturo havia conseguido estragar minha noite, apenas pedi um uber e no caminho pra casa avisei a meu amigo que não estava me sentindo bem e que tinha vindo embora.

(...)

Acordei pela manhã mas sedenta do que nunca, sedenta pelo meu trabalho e se necessário fazer os outros se curvarem diante de mim usando a lei, eu adorava ve-los se desdobrarem e agonizar intimamente em raiva quando eu usava dos meus melhores artifícios, eu me sentia poderosa e sabia ser cruel na medida necessária, também era gratificantes e por hora havia me fazido esquecer do péssimo encontro com Arturo na noite anterior, depois de umas quatro horas de trabalho, resolvi saber noticias de Nathan, ele ainda respirava só estava com a típica ressaca pós-farra.

Resolvi almoçar, um dos restaurantes mais luxuosos de Nova York era sempre o meu escolhido.
Eu estava sozinha, bebendo uma taça d'água enquanto aguardava que o garçom trouxesse meu filé e o suco, foi quando vi Arturo adentrando a entrada do restaurante e o maître lhe acompanhando até minha mesa.

— Eu não pedi mesa para dois. — Aleguei irritada, ele estava com um sorriso irritante sínico nos lábios me deixando em alerta, coisa boa aquilo não significava.

Perfect Trap  (Hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora