Em andamento.
A junção de dois clichês: opostos e troca de corpos. Uma ficção que mostrará os dois lados de dois adolescentes que terão suas vidas trocadas e que enfrentarão realidades completamente diferentes das que estavam acostumados. Eles terão...
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Depois de ter pedido um táxi que custou um rim, chegamos no hotel. Tinha sido uma longa viagem. Fizemos conexão em outro aeroporto e tivemos que esperar cerca de quatro horas para pegar o outro avião. Foi bastante cansativo, mas como foi a minha primeira vez no ar e em outro país, eu estava empolgada e o cansaço era apenas um detalhe.
Susie era só sorrisos, ela amava viver coisas novas e não tinha medo de mudanças como eu. No começo tivemos bastante dificuldade para entender o que as pessoas diziam. Eu amo espanhol, porém nunca tive oportunidade de estudar de fato. Não tinha condição de pagar um curso particular e na minha escola mal tinha professora de inglês. Estudávamos apenas o verbo to be e não passava disso. Ainda bem que a internet é um quebra galho e tanto. Baixei o google tradutor e mandei ver.
Fizemos o check-in no hotel e subi correndo com as malas para o quarto. Estava doida para tomar um banho e dormir. Chegamos já era de tarde e tínhamos que aproveitar o dia seguinte o máximo possível.
— Sabe Milah, não imaginava que fosse tão legal sair do país e principalmente sozinhas assim, sem ninguém no nosso pé. É bom ter a sensação de liberdade e de responsabilidade pela primeira vez.
— Concordo. Fico um pouco temerosa por minha mãe não estar aqui, mas confesso que também estou adorando isso.
— É uma oportunidade única, não vamos desperdiçar, hein?
— Claro! — respondi com um sorriso.
Quando enfim deitei na cama, apaguei. Acho que nem cheguei a sonhar de tão cansada que eu estava. Levantei e botei uma roupa mais grossa, pois estava fazendo bastante frio e me preparei para descer para tomar o café da manhã.
Susie demorou um pouco para levantar, ela era mais preguiçosa. Tive que tirar sua coberta e puxar seus pés para que ela desistisse de continuar deitada.
— Estraga prazeres! Eu estava tendo um sono dos deuses e você me acorda assim! — disse indignada.
— Não foi você que disse que tínhamos que aproveitar o máximo?
— Mas estou aproveitando! Nunca pude dormir num frio tão bom desse. Onde moramos está sempre calor e dormir é quase impossível — falou se espreguiçando.
— Mas não viemos aqui para dormir. Contudo, se quiser, pode ficar. Eu vou sozinha ver o banquete de café da manhã — explanei ameaçando abrir a porta e sair.
— Ahhhhh, mas não mesmo! Me dê cinco minutos que fico pronta em um instante.
E ela demorou exatamente os cinco minutos para se arrumar, nunca vi alguém se vestir tão depressa. Isso que era medo de perder a comida boa que nos esperava.
