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— Cara! Por que você não dá uma chance pra gata da Vanessa?

Diego é o meu melhor amigo desde que tínhamos 6 anos, nos conhecemos na escola e desde então eramos inseparáveis. Ele é descendente de japoneses, sua avó nasceu no Japão e quando adulta veio morar no Brasil, foi quando teve sua filha, a mãe do meu amigo.

Ele sempre foi um pouco mais agitado do que eu e mais mulherengo também, gostava de aprontar umas por aí e algumas vezes se metia em encrenca. É super inteligente e ama tudo relacionado a jogos e informática. Mas o que eu não aturava era ele estar sempre se intrometendo na minha vida.

— Já te expliquei o porquê mil vezes — bufei impaciente.

— Só que eu não entendo como consegue deixar uma gatinha assim a deriva. Ela te dá o maior mole, cara!

— Não estou a fim de nada sério com ninguém e garotas como ela só estão de olho no status.

— Como se isso fosse um problema. Olhe só pra ela! — falou mostrando a última foto que Vanessa havia postado no Statusgram.

"Vanessa Bittencourt, rainha da popularidade, digital influencer, modelo nas horas vagas e também uma patricinha de mão cheia" palavras da minha irmã Eliza. Ela é magra, pois vive de dieta e é viciada em academia. Tem olhos verdes e cabelos louros naturais, coisa bem rara de ver onde moro.

— É de fato uma gata, mas não estou com cabeça para drama de mulher e namoro.

Vanessa é realmente bonita e uma garota diferenciada, mas eu estava cheio de suas investidas e possessividade.

— Que drama o quê! É apenas para se divertir e nada mais.

— Ok, irmão. Por que você não vai arranjar outra coisa pra fazer? Ou melhor, vai atrás dela você!

Diego não gostou muito do que eu disse, mas me deixou em paz pelo menos.

— Vou indo nessa! Tenho que ver se a Josilene ajeitou a minha mala e se está faltando algo para a viagem. Sinceramente, não estou nem um pouco animado.

A viagem era para ser de férias da minha mãe e do meu pai. Porém, eles brigaram e desistiram de ir e passou para mim e o meu amigo, as passagens e o hotel, para não desperdiçar o que já tinham pago.

— Não acredito! Gugudádá! Gugudádá! Baby Adriano ainda tem babá. Lalalalalalalá — cantarolou ele.

— Para com isso! — gritei ameaçando tacar o meu celular em sua cabeça.

— Pare você. Como assim a tia Josilene ainda faz suas malas? É muito playboyzinho mimado mesmo, hein. Vou ter uma conversa com a Senhora Martins depois.

Como se minha mãe se importasse com alguma coisa.

Mamãe tem estado cada dia pior, bebendo cada vez mais, tomando zilhões de remédios e sempre histérica. Quando eu era criança, ela aparentava ser feliz, não abusava de nada e dava atenção para nós. Depois que completei meus 13 anos, ela vivia em crise, seu casamento já não era mais o mesmo e nem mesmo sua vontade de viver. Largou seu emprego na empresa que trabalhava para mexer apenas com administração e os negócios da família, porém aos poucos foi desleixando, a ponto de meu pai ter que contratar outra pessoa para ajudar.

Opostos Trocados ♀️ ♂️  - Dois Lados. Duas Vidas. Um EncontroOnde histórias criam vida. Descubra agora