Talvez ela não seja minha alma gêmea.

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Jungkook

Droga!

Eu só queria tentar entender o que diabos estava acontecendo com meu lobo. Ele nunca havia reagido assim a nenhum (a) ômega. O máximo que acontecia era uma enorme ereção no meio das minhas pernas. E agora? Essa desgraça desse coração que parece querer sair a qualquer momento do meu peito. E a respiração que não controla.

Acho que estou morrendo.

Talvez seja uma parada cardíaca.

-JUNGKOOK!

-Porra Yoongi! Grita no ouvido da mãe! – ralhei após levar um enorme susto.

-Tá' aí com essa cara de retardado já faz quase uma hora. – riu. -Aquele baixinho mexeu mesmo com você.

-Vai se ferrar. – me levantei da minha cadeira, irritado. -E vá trabalhar também.

-Tudo bem...chefinho. – sussurrou a ultima palavra, ao passar por mim. -Mas se lembre de que te conheço melhor que ninguém.

Piscou um de seus olhos e bateu a porta. Um longo e pesado suspiro escapou de meus lábios. Minha mente e pensamentos giravam em torno do ômega baixinho e com cheiro de chocolate. Eu tentava a todo custo dissipar esses pensamentos, mas era em vão.

Eu estava ferrado.

Aquele maldito beijo estava me deixando de cabelo em pé. Meus pelos se arrepiavam a cada vaga lembrança dos lábios carnudos daquele baixinho.

Eu precisei sair correndo. Ele havia percebido minha reação ao beijo e não queria que o mesmo se iludisse com isso.

Porque se tem algo que eu sei.

É que não posso me apaixonar por aquele ômega.

Não mesmo.

.

.

.

-Você demorou, já estava te ligando. – Somi mostrou sua belíssima face irritada, enquanto batia os dedos sobre a mesa. -Onde estava?

-Com Yoongi. – disse seco, logo chamando o garçom com o dedo.

-Claro...o "mau exemplo". – suspirou. -O destruidor de relacionamentos.

-Meu melhor amigo. – a fitei por cima do cardápio. -Se for me torrar a paciência, eu vou embora.

-Não digo mais nada. – fez como se fechasse a boca com um zíper, me fazendo revirar os olhos.

Fizemos nossos pedidos e segui o garçom com os olhos. Qualquer visão era linda, em vista que eu não queria olhar para Somi. Sua face simplesmente me irritava. Ela me irritava.

-Amorzinho. – chamou com a voz manhosa, o que me fez bufar e a encarar com desdém. -Podíamos ir naquele motel hoje a noite...

Respirei fundo. Contei mentalmente ate três. E fiz minha melhor cara de desgosto.

-Pra você simplesmente me deixar terminar o trabalho sozinho? Como das outras vezes? -ri nasalado. -Quando você aprender a me satisfazer, nós vamos. – dei uma golada no vinho e voltei minha atenção para o celular.

-Jeon... – sua voz saiu como um sussurro. -Você continua me traindo, não é? – deu um riso nasalado. -Só me diz porque me odeia tanto.

-Eu não te odeio. – larguei o aparelho sobre a mesa. -Só não te suporto. – sorri.

-Então porque continua comigo? – baixou a cabeça. Respirei fundo.

-Porque se eu te largar você entra em depressão profunda e depois sobra pra eu arcar com médicos. E outra que ninguém iria te querer. – pisquei pra mesma, que já possuía os olhos cheios de lagrimas.

Doce Amargo //ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora