◇Jungkook◇Já se passavam das dez da noite. Somi dormia tranquilamente, após ter conseguido -por insistência- transar comigo. A cobri de forma que tampasse todo seu corpo, por conta do ar condicionado e me levantei, indo em busca do meu celular. Rodei a casa toda atrás do aparelho e nada de encontra-lo. Lembrei que meu telefone estava cadastrado no telefone de Somi e peguei o mesmo, ligando o GPS. O celular estava na empresa, devo ter esquecido ao sair correndo para uma reunião hoje a tarde. Bufei e tratei de vestir logo uma roupa, iria na empresa, pois precisava do celular para resolver algumas coisas. Peguei a chave do carro e deixei um recado para Somi, na mesa de centro, dizendo onde estava.
♡Jimin♡
-Vó, a senhora deve amarrar esses remédios no pescoço. Já é a quinta vez ! -bufei ao notar que a cartela de remédio não estava em lugar algum.
-E SE MORRER? O QUE EU FAÇO? – Jin gritou, me fazendo revirar os olhos. -Em Vó!?
-Cale a boca! – a velhinha cambaleou ate o sofá. -Deve ter uma cartela extra no armário do banheiro.
-Já olhei, não tem nada. – passei a mão pelos cabelos, já nervoso. -Quando foi a ultima vez que tomou o remédio?
-Na loja. – respirou fundo. -Aquela hora em que fui na cozinha.
-Droga...então ele deve ter ficado lá. – Jin bufou. -Va ate lá, Jimin!
-Ora, porque você não...
-Anda! – apontou pra porta ,me deixando boquiaberto.
Bati o pé no chão e peguei as chaves da moto e a da loja. Peguei o capacete ao lado da porta e saí batendo a mesma. Jin era um preguiçoso, que achava que apenas pelo simples fato de ser um "universitário" e mais velho, deveria mandar em mim.
Ah, mas ele vai ver só.
Acelerei um pouco mais a moto, aproveitando que o transito depois das dez era tranquilo e as ruas ficavam praticamente vazias. Deixei a moto na frente de uma BMW preta que estava estacionada no acostamento e acionei os alarmes.
Me dirigi para dentro da galeria. Meus passos eram rápidos e pesados. Sim, eu estava irritado. Não com Hoo, mas sim com aquele beta idiota que vive dando ordens. Peguei a chave da loja, a deixando cair no chão e dando um muxoxo de desgosto pelo ato. Ao conseguir finalmente abrir a porta, desativei os alarmes e fui ate a cozinha. Encontrei a cartela de comprimidos ao lado do freezer, assim que acendi as luzes. A coloquei em meu bolso e tornei a apagar as luzes, me direcionando para a saída. Ativei novamente os alarmes e tranquei a porta, deixando novamente a chave cair.
Mas que diabos.
Isso deve ser macumba do Jin.
Só pode.
Resmunguei e coloquei o capacete na cabeça, saindo da galeria e seguindo para a calçada. Peguei a chave da moto e ao dar mais um passo, choquei meu corpo com um alfa. Era só o que eu precisava, uma pessoa cega e ignorante.
-Idiota! Não enxerga? Tira essa merda da cabeça! – ralhou me dando um empurrão.
Filho da mãe.
-Idiota? Alfa imbecil. – disse e tirei o capacete, me virando em direção ao cara.
-Ah...vá se ferrar seu ômega.... – arregalou os olhos ao me ver. Fiz o mesmo.
-Tinha que ser. – revirei os olhos e bufei.
-Ora... – me olhou de cima a baixo. -Ate que não foi mal negocio ter saído de casa a essa hora.
-Pra mim foi um péssimo negocio. -bufei ainda mais forte.
-Parece que vamos sempre nos cruzar. – se aproximou, me fazendo afastar.
-Deve ser Deus me fazendo pagar meus pecados. – sorri. – Ou testando minha paciência.
-O que faz aqui a essa hora? – cruzou os braços.
-Esqueci algo na loja, tive que voltar e pegar. – baixei a voz, suspirando. -E você? – apontei para si com o queixo.
-O mesmo. – riu nasalado. -Seria o destino?
-Me poupe. – revirei novamente os olhos e me virei para ir embora.
-Hey... – chamou. -Você fica uma graça de pijama.
-Aish... – rosnei e coloquei o capacete, dando a partida com a moto em seguida.
Mas seria possível que esse cara apareceria em todo os lugares que eu fosse? Não que eu estivesse achando ruim. Ele é bonito, tem um corpo perfeito, rico...mas não deixa de ser escroto e ignorante.
Bufei e acelerei um pouco mais a moto, fazendo uma curva fechada na avenida e me espatifando no chão.
Sim.
Caí.
Não ri, é serio.
Fiz careta pela ardência que sentia na bunda e nas pernas. Tirei o capacete e o joguei no chão. Revirei os olhos ao ter um farol se aproximando e logo o carro parar atrás de mim.
-Foi um tombo feio. – negou com a cabeça. -Mas foi engraçado.
-Vai ficar aí rindo, ou vai me ajudar? – estiquei a mão para ele.
-Eu deveria? – colocou a mão no queixo. -O que eu ganharia com isso?
-Te dou uma semana de café grátis. – sorri e ele revirou os olhos.
Se aproximou a passos lentos e se abaixou na minha frente.
-Quando vai entender...que a única coisa que quero daquela doceria... -levantou meu queixo. -É você...
-Posso pensar no seu caso. – suspirei. Seu cheiro me deixava maluco. E ele sabia disso.
-Como? – ele pareceu surpreso pela minha resposta.
-Quer transar comigo? Ótimo... – sorri. -Mas terá de ser mais educado. Gentil... pode começar me ajudando a levantar.
-Claro. – piscou algumas vezes e me pegou pelo braço.
-A-ai... -senti uma forte dor na perna e na bunda. -Ai minha bunda.
-Você não pode pilotar assim. -me segurou um pouco mais firme.
-E como vou pra casa? – bufei, me agarrando nos ombros do alfa. Não consegui apoiar o pé no chão.
-Eu te levo. – suspirou. -Vamos colocar a moto no porta-malas e te deixo em casa.
-T-tudo bem. -sorri.
Seus olhos não saíam de meus lábios. Ele parecia querer me atacar a qualquer momento. Meu coração não se aquietava. Parecia estar em um desfile de escola de samba e quase saía para fora.
Maldito alfa do sorriso torto e cheiro de menta que me deixa excitado.
E ele sabe disso.
E tira proveito.
Abriu a porta do passageiro para mim e me colocou lá dentro, de um modo meio rude. Apenas suspirei em resposta, tentando controlar minha paciência. Vi pelo retrovisor, ele colocar a moto no porta-malas e logo entrar no carro.
-Sua blusa...está suja. -disse baixo, observando a camiseta branca com algumas manchas pretas.
-Não se importe com isso. – jogou o cabelo para trás e ligou a ignição. -Me guie.
Ditei o caminho e ele assentiu, dizendo saber o de era. Deixei que o silencio tomasse conta do veiculo, me fazendo ficar desconfortável.
Eu não conseguia tirar os olhos de seus lábios. Da forma como suas mãos apertavam o volante ou como sua língua passeava por seus lábios, me deixando a ponto de salivar para beija-lo.
Meu coração se acelerava a cada suspiro do alfa.
Droga.
Que isso não seja o que estou pensando.
Droga de coração idiota.
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Doce Amargo //Concluída
FanfictionPark Jimin, um ômega de 19 anos, cheirinho de chocolate e uma personalidade doce. Doce feito as tortas da doceria a qual o pequeno trabalhava. Amava sentir o cheiro adocicado das delicias que vinham da cozinha, feitas pelas mãos de dona Hoo. Tortas...