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VI- But he is a problem

Jeon Jungkook

Flashback On

— Você não precisa fazer isso Jungkook.— Disse Taehyung, chorando, enquanto se esforçava ao máximo pra segurar minhas mãos, mas foi em vão, pois eu estava tomado pelo ódio.

Foi a primeira vez que Taehyung me viu matar, a primeira vez que Taehyung me viu sorrindo enquanto torturava alguém até sua morte, a primeira vez que eu senti o ódio de Taehyung por mim, mas não foi a última vez.

Taehyung era meu único confidente, a única pessoa que eu realmente queria ter por perto, mas depois daquele dia, eu vi que ele não queria me ver nem
pintado de ouro, nunca mais.

A gente já tinha feito coisas erradas juntos, já roubamos juntos, já colocamos fogo em fábricas e empresas grandes juntos, Taehyung já atirou em um cara pra me proteger e depois disse ele ficou se corroendo por que nunca teria a intenção de matar alguém. Taehyung odiava a morte, odiava com todas as suas forças e tinha muito medo de ser responsável pela morte de alguém.

Mas ele estava comigo. O que eu mais queria era matar alguém, matar alguém que me matou por dentro, e Taehyung sabia disso, mas ainda assim ele quis se juntar a mim. Ele não sabia quem era a pessoa que eu mataria, mas assim que viu, se arrependeu amargamente de ter concordado em estar comigo.

— Sim Taehyung, eu preciso.— Foi quando eu torci o pescoço, já ensanguentado, do meu progenitor. E vi Taehyung imediatamente sair dali, ou melhor, sair da minha vida pra sempre.

Flashback off

[...]

Park Jimin
MIP CRUZ DEL SUL

30 míseros minutos, foi o que eu consegui "dormir". Eu estava exausto, não aguentava mais me sentir assim. Mas não tenho muito o que fazer, eu preciso só continuar vivendo, mesmo sem vontade de fazer isso em um lugar como este.

Assim que abro meus olhos, percebo que Kim Taehyung era o único que estava na cela, sentado na parte de baixo da beliche que não era a minha.

— Oh, Jimin, eu te acordei?— Ele pergunta e eu balanço a cabeça em negação, antes de me levantar pra sentar e bater a cabeça na parte de cima da beliche. Murmurei um monte de palavras, que com certeza Taehyung não conseguiu entender, em demonstração de dor.— Cuidado aí.— Ele chega próximo à mim e põe o dedo diretamente onde doía, percebo que o local em minha testa estava vermelho por Taehyung saber exatamente onde colocar a mão.

— Ai, não encosta, ta doendo muito.— Aperto minhas pálpebras e serro os dentes de tanta dor que sentia.

— Vish Jimin, ta sangrando, você bateu muito forte.— Quando Taehyung disse que estava sangrando eu me desesperei um pouco, eu odeio sangue, tenho pavor de qualquer coisa que envolva sangue.— Vou te levar na enfermaria, vem.

Antes que eu pudesse responder, Taehyung me puxa com cuidado, mas com uma certa rapidez, pra fora da cela, me levando pra um dos lugares que eu felizmente ainda não conhecia, mas agora ia conhecer.

Passamos pela cela de Jungkook, mas eu não olhei pra dentro da mesma. Passamos por muitas celas trancadas, algumas vazias, enfim, muitas celas. Até que finalmente chegamos.