Sinal Amarelo

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Música do capítulo: Khalid - Saturday Nights.

Ontem

Alya e Nino entram as pressas no hospital, até a morena perceber que ele já estava mais calmo por estar habituado áquele lugar.

– Me espera aqui. -Ela concorda, e olha envolta enquanto faz o que ele pediu.

Não passa muito tempo, e Alya acorda da paisagem gelada e quase parada no tempo que era aquele cenário quando ele a chama, com a expressão levemente preocupada. Ela se apressa em segui-lo, e até certo ponto da caminhada eles começaram a correr de leve, até pararem na porta.

Nino parou primeiro, e a olhou brevemente antes de dar o primeiro passo pressionando a maçaneta para o lado, abrindo a porta devagar.

– E aí, Tom? -Entrou de uma vez, descontraído, corporalmente dando passagem para Alya o seguir sem preocupações. -Você nos deu um baita susto, cara! -Se aproximou dele na maca, ficando de joelhos, se encostando no estofado fino. Com um sorrisinho reconfortador.

Tom riria, mas a presença da morena em pé atrás dele captou toda a sua atenção.

Nino notou, e antes de mais nada se levantou, rindo sem jeito.

– Ah, foi mal. Essa é a Alya, uma amiga minha e da Mari. -Alya estendeu sua mão, e ele se apressou para aperta-la. Ela sorriu gentil pra ele. -Ela não podia vir porque, bom... ficou presa no trabalho. -Coçou a nuca nervoso, como se realmente fosse verdade.

Tom intercalou o olhar entre os dois, e só soube sorrir travesso.

– Bom, não se preocupem mais comigo, oras. Eu estou bem. Já passou. -Disse como se fizesse pouco caso, com a voz divertida. - Já podem voltar para onde estavam, desculpe atrapalhar vocês.

Alya ergueu as sobrancelhas, e direcionou esse olhar levemente surpreso para Nino.

– Ah, q-que isso, senhor Dupain. O s-senhor não atrapalha em nada não. -Riu sem graça. Agora a expressão de Alya havia se tornado uma careta curiosa por ele não ter desmentido nada.

Tom riu ainda mais, encarando a morena.

Nino só sabia sorrir descarado, e Alya não desviava seu olhar insinuoso.

. . .

Eles caminhavam de forma lenta até a van. O estacionamento vazio, quase o equivalente a três daquele hospital não dava conta da reciprocidade com o lugar quase minúsculo. Até hoje aquele pedaço do hospital era um mistério.

– Graças a Deus ele está bem. -Nino respirou aliviado. -Podemos aliviar a esquentadinha, agora. -Anunciou parando ao lado da van, recolhendo a chave perdida que havia deixando cair no bolso fundo da calça.

– Que eu saiba foi você que a deixou esquentada, dando uma notícia daquela. -Alega, dando a volta na van assim que ele abre a porta.

– Mas eu não dei... -Cai com o corpo para o lado, abrindo a porta do lado dela. -a notícia de outro jeito. Falei daquele jeito lá.

– Exato. -Ela murmurou, fechando a porta. Ele se preocupou em ligar a van, mantendo uma das mãos no volante.

Alya aproveitou essa brecha para olha-lo, ainda pensativa sobre a cena no hospital, e se deveria falar alguma coisa ou não.

– Escuta. -Começou, já não podendo mais parar. -Aquele lance com o pai da Mari, porque você...

Nino foi colando as costas no banco de volta devagar, não conseguindo olha-la até ela parar de falar.

Uma Noite Para RelembrarOnde histórias criam vida. Descubra agora