Corajoso

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Corajoso. Aquele que não tem ou não demonstra ter medo. Bravo. Destemido. Valente. Sujeito que demonstra firme disposição e energia diante das situações difíceis ou críticas.

Eu definitivamente não sou corajoso, só sou preguiçoso. Assim, ao seguir os irmãos Vitale para fora do galpão, não estou mostrando coragem e disposição, estou apenas aceitando o fato de que sou um prisioneiro agora, porque é mais fácil assim, visando que pensar em uma forma de fugir daria muito trabalho.

- Quem que vai me carregar? –Pergunto ao sair do galpão e abrir a boca em um longo bocejo, que soninho.

Os irmãos Vitale analisam-me curiosamente, até que Vincenzo cai na gargalhada, fazendo seu irmão mais novo, Giovanni, rir também.

- Acho que você tem dois pés para andar. –Nicola, o irmão do meio e líder diz rígido com uma cara mal humorada, desaprovando a reação de seus dois irmãos.

Esfrego meus olhos, com esperança de que talvez esse simples ato me desperte, mas não obtenho sucesso.

- Estou muito cansado. –Confesso ao olhar dentro de seus olhos, para ele ver que falo a verdade. Giovanni e Vincenzo abrem a boca com isso, é como se ninguém tivesse a audácia de olhar para dentro dos olhos de Nicola, como se fossem virar pedra só de fazê-lo, mas eu não ligo. Talvez se tornar uma estátua seja melhor, não precisar se mover nunca, parece bom para mim.

Nossa troca de olhares dura cerca de trinta segundos, o loiro sério e com cara de malvado nem ao menos pisca. É um tanto intimidador, confesso.

- Parece que fala a verdade. Nossa, você cansa muito rápido prisioneiro. Enfim, Vincenzo, carregue-o.

- Fratello, você fala como se eu fosse seu burro de carga. –Resmunga agora o de cabelos pretos, o irmão mais velho, que antes estava achando graça da cena, mas que agora está bravo que tem que me carregar.

- Não discuta. –Rebate Nicola, fazendo o moreno silenciar-se.

Vincenzo se aproxima de mim e me encara.

- O que foi?

- Seus olhos são lindos, Pietro.

Solto um meio sorriso para ele, pois estou desconfortável

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Solto um meio sorriso para ele, pois estou desconfortável. Seus irmãos nos observam. Admiro a coragem de Vincenzo de dizer isso na frente deles. Ele sim é corajoso.

- O-obrigado. –Agradeço ainda sem jeito.

- Pietro, em breve, você verá que Vincenzo é um tarado e que você não deve se meter com ele, uma vez que, meu fratello fica em cima de homens, de mulheres e de todo mundo por uma noite e depois é ByeBye. -Giovanni solta ao fuzilar seu irmão mais velho, cortando seu barato.

Dessa forma, o moreno passa o braço por meu corpo sem graça, me levanta e me deita em cima de seus ombros, como se fosse o homem do saco e eu fosse o saco.

Vitale, Irmãos da Máfia (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora