Capitulo III = O uivo de um lobo cinzento.

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21 de julho de 1560

Noite passada foi a gota final. Minha curiosidade estava me consumindo. Me matando lentamente por dentro. Drácula, estava com certeza se teletransportando pelo castelo, e Nosferatu também. Não só eles, mais sim todos daquele castelo.

São sete horas da manhã. Nosferatu e o resto do castelo só acordavam as 6:00 da noite. Eu tinha tempo o suficiente para explorar os fundos.

Não sabia se era seguro ir para lá. Eu já conhecia o castelo inteiro, menos os fundos. Desci as escadas nas pontas dos pés, pois, não sabia onde eles dormiam.

Desci com cuidado, até a última área do castelo que eu conhecia. Era uma área pequena, e sem luz. E bem no canto, uma porta de madeira preta, com espinhos.

Puxei a porta com todo cuidado, e o mínimo, pois a porta rangia muito, e eu estava com medo, medo de Drácula, de Nosferatu, e dos outros. Mas principalmente, um medo que invadiu meu corpo repentinamente. Medo do que haveria lá em baixo.

Acendi uma vela para poder enxergar. Era um longo e escuro corredor, com várias caveiras pelo chão.

O castelo era enorme por baixo, e com tochas, que estavam queimando, como se tivessem acabadas de serem acesas.

O barulho do meus próprios passos me assustavam. Olhava a todo momento para trás, para me certificar de que não tinha ninguém surgindo da escuridão atrás de mim.

Tinha um longo buraco, com várias selas, no final do corredor. Desci as escadas. Olhando para aquelas selas, percebi que tinham cadáveres, e alguns, ainda em decomposição. Outros ainda vivos, olhavam para mim, tentavam gritar, mas não tinham força. Ok, agora eu estava realmente assustado.

Mais que porra estava acontecendo nesse castelo? Drácula é um psicopata ricaço? Mas, eu ainda tinha uma pergunta, que rodeava minha mente; por que o hospital em que eu trabalhava? Tinha vários, até perto do nosso, que estavam em estado bem pior. Era como se o destino quisesse isso.

Desci até o final das escadas. Dá última fileira de selas, para baixo, era uns três a quatro metros de altura. Um enorme medo tomou conta do meu corpo.

Uma porta.

Uma enorme porta com caveiras perfuradas com espinhos.

Ok. Eu vou morrer se eu entrar ai dentro? Claro! Mas, eu irei morrer de qualquer forma, então vamos acelerar isso!

Quando abri, pensei que teria mais selas. Mas não. Era apenas dois caixões, cinzentos, com caveiras no centro. Um do lado do outro.

Estavam limpas. E agora parando para pensar, o lugar todo estava limpo. Nosferatu era rápido, mais nem tanto. Talvez ele com a ajuda das outras aberrações do Conde.

A essa altura, já não tenho certeza, nem se eu sou humano, imagine Drácula e os outros. Mas, se não eram humanos, então, o que eles eram?

Atrás das tumbas, tinha uma enorme cruz, com vários esqueletos formando-a. Olhei envolta. Analisei bem o lugar.

Uma das tumbas se abriu, e de dentro, Drácula se erguia. A única coisa que ouvi, foi a voz de Nosferatu atrás de mim. "Eu avisei a você."

Gabriel passou dias e dias sendo torturado, por Drácula, Nosferatu e uma bruxa, que não feria seu corpo, mas, sim sua mente. Tentando invadi-la, para descobrir seus segredos, planos dentre outras coisas, já que o diário não tinha nada de real importância.

— Como assim nada?! — O grito de Drácula ecoou pelo castelo.

— Me desculpe senhor. Mas, eu até agora não consegui entrar em sua mente. — Dizia a bruxa. — Me desculpe senhor. É como se ele fosse... imune.

Drácula VS Van HellsingOnde histórias criam vida. Descubra agora