O caminho da felicidade

O começo de uma amizade, ou algo a mais.

  Algumas semanas já aviam passado, dando início a um novo mês. Leo e David viraram ótimos amigos, quem os via tinham a impressão de que se conheciam a anos. Estavam quase todo tempo juntos e, quando não eram vistos juntos, Leo dava suas falsas desculpas para se livrar um pouco do aperto do recém amigo, que era bem grudento por sinal.

Não era como se o de cabelos encaracolados não gostasse do amigo, mas as vezes era bom andas com outras pessoas. E assim, o mesmo ficou quase o dia todo com o novo melhor amigo, Gabriel. 
Uma amizade mais bonita que a de Leo e David, só a de Leo e Gabriel. Até apelidos e piadas internas os dois tinham, além de estarem sempre grudados. Diferente do outro mais velho, o mais novo dos três era um ótimo ouvinte e companheiro para o de cabelos encaracolados. 

Justo naquele dia que Leo tanto se sentia confuso e com vontade de conversar com o mais novo ele falta. Deixando o mesmo sozinho naquela grande escola. Como uma linha do destino, Leo se sentiu a vontade de ir ao banheiro e assim fez. Quando entrou pela porta azul bebê, viu que o mais velho, David, estava no local. Os dois se entre olhavam, até o mais velho tomar uma de suas melhores decisões. 

David, segura na cintura do amigo e o prende na parede, logo o beijando com intensidade. Foi um beijo bom, mas, nada durou o beijo, pois o encaracolado se solta dos braços do mais alto, o empurrando levemente e com um rosto completamente confuso. O beijo que David deu todo o seu sentimento não foi correspondido corretamente pelo outro, que agora sabia que nada mais era do que uma paixão momentânea.

 - David, não faça isso.... Eu não gosto de você desse jeito. Eu gosto de outra pessoa.

O ruivo fala sem o olhar, com o rosto corado.

 - Quem é ele?

David pergunta, levemente irritado e exaltado. 

- Não é ele.

O outro rebate, já ficando exaltado também.
Naquela hora o seu mundo caiu, seu amado amava outro. Ele não era seu como achava e nunca séria. Um sentimento horrível se fez presente. Sua mente não funcionava direito, queria apenas chorar, chorar muito. Aquela frase, "Gosto de outro", rodiava a sua mente, o destruindo por dentro, cada vez mais. E foi assim que a primeira lágrima saiu de seus olhos.

 - EU NÃO SOU O BASTANTE PARA VOCÊ?

Gritou, assustando Leo. O mais baixo, que permaceu calado até tal momento apenas negou com a cabeça. 

 - Foi mais forte que eu... sinto muito.

Falou o outro quase em um sussurro, segurando as lágrimas. Não queria admitir, mas estava com medo de perder um amigo. Com aquilo David perde o controle, começando a gritar mais e mais. Logo, o outro começou a gritar também. A discussão estava indo cada vez pior. E com isso, Leo dá um soco no rosto de David.

 - Se não for para ser um bom amigo, para estar feliz por mim, não me procure mais.

E esse foi o final da briga. Com um soluçando de tanto chorar e de um outro tentando segurar as lágrimas.

                                 [...]

 O dia passou como uma tartaruga, quanto mais devagar passava, mais dor os dois garotos sentiam. 

Ao ouvir o sinal bater todos saem apressados de suas devidas salas de aula, se dirigindo ao pátio para ir embora. David, como sempre, foi para o ponto de ônibus.  Quando o automóvel parou no ponto o garoto entrou no mesmo. Chorou o caminho todo, sem se importar se tinha alguém olhando ou se seus soluções atrapalhavam ou chamavam a atenção.

Chegou em casa, não tinha ninguém... Ótimo! Foi para o seu quarto ainda chorando, não comeu nada, muito menos se hidratou ou descansou. Apenas se trancou no quarto, ainda chorando muito. Abriu uma gaveta de seu armário, tirando de lá uma lâmina, e se cortou. A dor, o sangue saindo de seu braço, era como se a dor tivesse passado. Mas ele sabia, depois daquilo a dor iria voltar. Quando limpou tudo, deitou- se e ficou o dia todo assim, se lamentando... Não dormiu a noite toda, mesmo sabendo que no dia seguinte teria aula.