Capítulo Cinco

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Raven andou pela casa por horas, limpando o que não precisava ser limpo, amaldiçoando os homens, sua arrogância e seu maldito alfa, dominador, por serem devotados e seus complexos de herói.
Ela amaldiçoou ambos, Reno e seu irmão Clint, por anos, pelas coisas que os faziam tão especiais. Eles eram guerreiros, determinados a proteger, a fazer a diferença. E eles fizeram a
diferença. Mas ele ainda estava sendo arrogante. Relacionamentos não eram zonas de guerra.
"Não existe nenhum relacionamento, droga”, ela murmurou furiosamente, saindo do chuveiro e
se secando depressa antes de afofar o cabelo.
Ela não ficaria sentada hoje à noite esperando por ele. Ela havia esperado por ele durante muitas noites, compassando o chão com Morganna, roendo as unhas e eles sabiam que ele estava em uma missão, derramando lágrimas quando ele mais uma vez se atrasava para retornar para casa,
passando da data que havia dito à irmã. E ela e Morganna esperavam pelo carro preto do governo
que traria a notícia horrorizante de sua morte. Agora, ela deveria se sentar na maldita casa e se torturar com emoções das quais ela sabia que nunca iria se libertar.
Ela o amava.
Droga, ela o amava mas isso não significava que ela tinha que gostar disto.
Ela arrancou a calcinha de seda vermelha e o sutiã de renda da gaveta e os colocou, sabendo
que eles ficavam bons nela. Sensual e quente. Eles a faziam se sentir má e selvagem. Quase tão má e selvagem quanto Reno a fazia se sentir.
Mordendo os lábios, as mãos se moveram lentamente, segurando os seios inchados enquanto os dedos polegares arrastavam sobre os mamilos expandidos. Ela fechou os olhos, e quase podia senti-lo tocando-a, fazendo a queimar, acendendo uma chama feroz nas profundidades de seu útero.
Ele não deveria fazer isso com ela. Fazê-la sentir a falta dele tão desesperadamente, fazê-la
desejar poder aceitar tão facilmente quanto ele. Mas ele não seria a pessoa que ficaria para andar de
um lado para o outro se enchendo de raiva. E essa era a parte que a apavorava. Ela não queria ser
como a mãe, sempre brava, deprimida ou apavorada quando ouvia o som de um veículo parando ao
lado da calçada.
Os pais de Reno e Morganna tinham morrido seis anos antes em um acidente de carro. Juntos.
Não houve nenhuma condolência do governo, nenhuma pergunta foi feita em relação a como eles
tinham morrido. Ou onde tinham. As perguntas que a mãe de Raven tinha feito todos os dias até o dia
de sua própria morte.
Ela arrancou o pequeno vestido preto sensual que tanto amava do armário enquanto o passado comia sua alma com uma dor oca. O vestido caía até a metade de suas coxas, as alças finas cobrindo mas do sutiã enquanto o decote drapejava sobre os seios. A seda preta um pouco brilhosa ficava boa nela, tinha uma sensação boa.
Ela combinou com sandálias pretas de tiras de couro e retraiu uma respiração funda antes de pegar as chaves, dinheiro e a identidade dentro de uma bolsa minúscula e foi para o andar de baixo.

                                 ***
Ela não era casada. Ela não tinha que se sentar em casa e ficar compassando e ela, com toda a
certeza, não tinha que se preocupar com Reno Chávez, com suas percepções e arrogância. Deixe-o
sentar e se chocar se quiser. Ela iria passear.
Estava entediada com sua mente sempre pensando em amor, mas não iria admitir isto a Morganna, que iria se juntar a ela em sua pequena aventura noturna.
"Reno vai ficar puto”, foi a única objeção de Morganna para as atividades da noite enquanto elas
entravam no clube pequeno, a pulsação da música cercando-as, a atmosfera esfumaçada e escura, de
longe tão atraente quanto Raven tentava fingir que era.
"Ele sobreviverá”, ela retrucou. "Seu irmão é totalmente dominador, Morganna. E eu ainda estou puta com você por ter deixado seus amigos usarem a cama dele”.
"Claro que ele é dominador”, Morganna riu enquanto elas faziam a passagem pela multidão até
a parte de trás do clube chegando a uma mesa vazia. "Ele não faria o que faz se não fosse. Admita,
Raven, é uma das coisas que você ama nele”.
Era uma das coisas que a apavoravam sobre ele.
"Não, isso é o que você ama no Clint”. Ela puxou a cadeira e procurou impacientemente por uma
garçonete. "Eu prefiro que os meus homens sejam um pouco mais seguros. Sabe, Morg, o tipo ‘que
fica na casa e no coração’?".
Ela acenou para a garçonete, impaciente para começar a esquecer Reno e seu arrogante jeito de agir, sempre do-meu-jeito-ou-nada.
"O que você gosta é de se enganar”, Morganna riu depois que elas fizerem os pedidos das
bebidas à garçonete. "Mas você continua indo em frente. Eu gosto de assistir Reno em ação. Ele é
suave. Clint devia tomar lições com ele”.
Raven deu um olhar sombrio à amiga.
"Mude de assunto. Estou aqui para me divertir e não para falar sobre Reno”.
Ela dançou com o primeiro homem que a chamou, não perto, não uma dança lenta, mas uma
batida firme e rápida que encheu suas veias e permitiu que ela ignorasse as memórias que
ameaçavam subjugar seus sentidos.
Ela ficou sentada nas danças mais lentas, algo raro a ela, o que apenas a deixou mais brava. Mas
ela não podia suportar a ideia de outro homem a segurando, não ainda. Deus, como isso era patético,
ela se perguntava enquanto se movia para a batida firme que ecoava no clube.
Ela se balançava no ritmo da música, o cabelo fluindo pelas costas, acariciando os ombros,
lembrando-a do toque de Reno. Ela fechou os olhos e viu o rosto dele, apenas para abri-los e encarar
seu atual parceiro.
Ela deu uma olhada rápida através da pista e seu coração estremeceu no peito enquanto jurava
ter pegado um vislumbre de Reno se movendo pela multidão. Ninguém podia se mover como ele,
com a graça predatória de um macho que atrai os olhares e tem qualquer mulher arfando para se
esfregar contra ele como uma gata.
Agitando a cabeça, ela afastou a suspeita.
Ela não sabia por que estava deixando a situação afetá-la tão drasticamente. A atração física
havia entre eles há anos. Ela sabia que eventualmente acabaria na cama com Reno; ela apenas não tinha esperado o poder do ato.
Ela recuou enquanto o homem magro e largo com o qual estava dançando a alcançava e apertava seu quadril, fazendo uma carranca irritada quando ele fez um beicinho de volta para ela. Ela não estava no humor para ser apalpada. Ela queria dançar, gastar a energia que pulsava em seu corpo e se esquecer de um homem que ela sabia que estava cimentado em seu cérebro para sempre agora.
Quando a banda parou, preparando-se para executar outra música, uma mão firme agarrou seu pulso de repente, fazendo-a girar enquanto ela ofegava em surpresa.
Oh, inferno. Reno estava puto.
Ela olhou fixamente para ele, imediatamente ciente do intumescer dos mamilos e sua ultra-sensitividade contra a renda de seu sutiã. Entre as coxas, o clitóris começou a pulsar com a mesmo batida furiosa e firme de seu coração.
"Bom, engraçado ver você aqui”, ela gritou além do som da música enquanto começava a arrastá-la através da pista de dança. "Deixe-me adivinhar, Morganna te ligou”.
"Morganna mostra bom senso nos momentos mais estranhos”. A cabeça dela girou, os olhos se estreitando enquanto ele começava a puxá-la para fora da multidão. Eles foram através da pista, rumo ao canto sombreado da mesa delas. Em vez de ser empurrada para uma das cadeiras lá, ela se achou encostada contra uma parede enquanto a cabeça dele abaixava, os lábios na orelha dela.
"O que você está fazendo aqui?", ela olhou fixamente para ele desafiadoramente. "Eu não me
lembro de ter te convidado”.
"Não, você estava incrivelmente ocupada tentando fugir de mim”, ele retrucou.
Ela deveria ter dito a ele que ela não o queria, que não precisava dele, mas as palavras não
saíam de sua boca.
"Com ciúme, Reno?", ela estava respirando mais forte, os mamilos firmes apertando contra o
vestido.
"Não estou com ciúmes, não mesmo”, ele a assegurou firmemente. "Você não deixaria outro
homem te tocar, não é, Raven? Você sabe a quem esse doce e pequeno corpo pertence, não é?".
"Sim”. Ela sorriu devagar, ciente da paixão preguiçosa que se refletia na feição dele. "A mim”.
Ele beliscou a orelha dela firmemente, enviando tremores pelo corpo dela. "Eu vou bater no seu
traseiro por isso”.
"Oh, espanque-me”. Ela deu uma estremecida zombadora, a voz sarcástica apesar dos tremores
que deslizavam por sua espinha.
Ela deu um puxão surpreso quanto ele encarcerou ambos os pulsos dela em uma mão,
segurando-os sobre a cabeça dela enquanto a outra mão se movia para a parte de trás da coxa dela,
erguendo a barra do vestido e ele segurou uma nádega dela firmemente.
A sensação da mão, com calos e morna, fez a respiração dela prender na garganta. A ameaça
implicada na ação deveria tê-la deixado puta, no mínimo devia tê-la deixado mais nervosa do que
excitada.
"Oh, docinho, eu te espancarei, sim”. Para provar, a mão recuou antes de dar uma palmada leve e aconchegante na carne.
"Você não tem nenhuma ideia de como eu vou espancar esse pequeno e lindo traseiro. Se você quisesse bancar a esperta, amada, então você deveria saber com quem brincar.
Você poderia ter vindo a mim se quisesse”.
A cabeça dela caiu contra a parede enquanto os dedos dele deslizavam sob a extremidade de
sua calcinha e se arrastavam pela fenda estreita que separava as nádegas dela.
"Eu queria esquecer você, não correr para você”, ela retrucou sem ar, lutando contra si mesma e
a fraqueza que atingia seus joelhos enquanto os dedos dele sondavam sempre mais perto as curvas
lisas de sua buceta.
Ela podia sentir o próprio corpo se aquecendo mais, os fluidos espessos cobrindo sua buceta,
preparando-a para ele enquanto sua mente se enchia com as imagens eróticas da noite anterior.
Reno vindo sobre ela, abrindo suas coxas enquanto deslizava entre elas.
A respiração dela ficou presa na garganta enquanto sua buceta tinha espasmos de uma fome
sedenta.
"Nós vamos discutir sobre isso também, querida“, ele rosnou na orelha dela, apertando os
quadris contra a região inferior da barriga dela, deixando-a sentir a ereção espessa através do zíper de sua calça jeans. "Nós vamos discutir todos os seus pequenos hábitos ruins, a fundo”. Dois dedos
mergulharam dentro da entrada molhada de sua racha, estirando a carne sensível enquanto ele a
empurrava para a extremidade do clímax.
A música os rodeava, a consciência de que alguém poderia estar assistindo. Não que eles veriam
muito pelo jeito como Reno a havia posicionado.
"Reno…", ela ofegou com um gemido baixo, um grito estrangulado de necessidade enquanto os
lábios dele deslizaram por sua garganta, os dentes se fechando enquanto ele dava beliscões gentis,
então acalmava o pequeno fogo com o calor de seus lábios e sua língua.
"Maldita você, Raven”. A voz era áspera, a extremidade do controle aparente com o som rouco
de barítono. "Você está me testando demais, docinho. Por que você se recusa a voltar atrás e ver
aonde diabos isso pode nos levar? Por que você quer me afastar?".
Ele empurrou os dedos em sua buceta molhada, mantendo-a na extremidade da sanidade enquanto ela lutava para não gritar sua exigência de que ele a tomasse. Aqui e agora.
"Eu não estou te afastando”, ela ofegou. "Você continua se aproximando… Deus, ah, Reno”. Ela
teve que morder o lábio para se impedir de pedir enquanto ele deslizou os dedos dentro dela,
arquejando enquanto os lábios dele continuavam a acariciar seu pescoço, a respiração pesada e trabalhosa.
Ela olhou fixamente para ele enquanto se afastava dela, abaixando os braços, mas ainda assim
mantendo os pulsos dela prisioneiros com sua mão poderosa.
"Exibido”, ela acusou sombriamente enquanto o olhar ia de relance até os pulsos. "Por que você não trouxe as algemas?".
"Não me tente”. O sorriso todo dentes. Predatórios, cheios de intenção. "Agora venha junto como uma boa garotinha, Raven”.
Ela fez uma carranca com o escárnio pesado em sua voz. Ele poderia estar um pouco mais do que puto, ela pensou, o que apenas fazia o temperamento dela esquentar. Ele não tinha nenhum direito de estar bravo com ela; era a escolha dela como ela passava o tempo, e não dele. E ela estaria
ferrada se tolerasse esta atitude dele porque tinha decidido passar o tempo dançando em vez de ficar
esperando por ele.
"Ei, cara, você não tem nenhum direito de arrancar ela daqui”. O cara grande da dança anterior estava no caminho deles, fazendo Reno parar lentamente.
Raven deu uma olhada rápida por sobre o ombro, os olhos largos. O homem mais novo era tão alto quanto Reno, mas era espesso e pesado, com o corpo de um maldito linebacker e olhava fixamente para Reno como um touro agitado.
"Desculpe, cara, mas a dama me pertence”. Um homem racional e normal poderia ter prestado
atenção à advertência na voz de Reno, sem mencionar na feição selvagem.
"Eu não vi nenhuma marca, babaca”, o homem mais novo balançou embriagadamente na frente
dele, fazendo Raven abafar um gemido de mortificação.
Reno nunca a deixaria vir mais aqui, e nem Clint iria, assim que soubesse disto. Droga, por que
esse tipo de coisa tinha que acontecer com ela?
"Você apenas não olhou no lugar certo”, Reno o informou, a voz profunda, mortal. "Isso é sorte
sua. Se tivesse visto, eu teria que rasgar a sua garganta”.
Os olhos de Raven se arregalaram. Reno era assustador. Ele parecia pronto para lutar, defender,
reivindicar.
"Hmm, Reno, deixe para lá”. Ela empurrou o braço, ciente do aperto dele que ainda retinha seus
pulsos.
"Homenzinho durão, não é?", o menino riu, e Raven gemeu miseravelmente. O outro homem
tinha que estar mais bêbado do que ela pensava, de considerar insultar Reno tão rudemente. Além
disso, Reno era pelo menos dois centímetros mais alto do que o outro homem. Às vezes mais largo
não significava melhor.
Antes que ela pudesse fazer mais do que arfar em surpresa, ela estava livre, e Reno tinha o garoto pela garganta. Lentamente, ele ergueu o homem mais jovem do chão enquanto as mãos corpulentas do jovem envolviam os pulsos e os olhos marrons começavam a inchar com a falta de oxigênio.
"Não mexa comigo, menino”, Reno rosnou impiedosamente. "Ou minha mulher. Ponto final”.
Quando ele soltou o jovem, Raven o encarou.
"Você é louco”, ela disse, batendo no braço com força suficiente para arder a própria mão enquanto ele olhava fixamente de volta para ela em surpresa. "Sua mulher, uma ova! Você é um tirano, Reno. Um machista, egoísta, um SEAL arrogante e tirano e que eu me dane se for a qualquer
lugar com você”.
Ela girou e se precipitou para a multidão, o rosto incendiando com embaraço e fúria, embora seu corpo estivesse ainda aquecido e pulsando.
Minha mulher.
Algo dentro dela tinha derretido quando ele cuspira as palavras, o tom espesso com possessividade e fúria, enquanto outra parte dela gritava em horror. Ele a reivindicara. Não era
apenas sexo para ele, ele estava sério sobre isso, e por isso ela tinha partido abruptamente para casa.
Não que ela não estivesse ciente sobre isso ainda. Mas agora, ela sabia disso até a alma. Todos os sonhos, esperanças e medos dela estavam presos em um homem.
Em Reno.
Ela estava ferrada.

O Risco de Reno - Tempting Seals 01 - Lora LeighOnde histórias criam vida. Descubra agora