Reno ficou cuidadosamente atrás do carro de Raven enquanto ele a seguia até sua casa, as mãos presas no volante.
Ela estava certa. Ele tinha ficado puto, com ciúmes e na ponta de seu controle; caso contrário, ele teria lidado com o garoto com um pouco mais de discrição. A verdade era que ele queria matar aquela criança por ter ousado tentar se meter entre ele e Raven.
Ele enxugou a mão através do rosto enquanto lutava com suas emoções furiosas. Ele nunca tinha sentido a adrenalina bombeando por seu corpo como estava agora. Seu pau estava mais duro do que já tinha estado em qualquer hora em sua vida e o desejo de foder Raven até que ela ficasse
exausta o suficiente para não lutar com ele era quase opressivo.
Ela o estava deixando louco, não que ele esperasse qualquer coisa menos dela. Ele sabia que roubar o coração dela não seria fácil, e prendê-la a ele muito mais difícil. Ela olhava para ele e via os próprios pais. O pai que tinha partido para lutar, a mãe que gritava, se despedaçava e bebia demais
enquanto ele ia embora até o dia em que ele retornou em um caixão.
Era o perigo no trabalho que algumas mulheres não conseguiam lidar. E ele poderia se preocupar se Raven não podia lidar com isto, se ele não soubesse do fato de que a cada missão ela ficava com Morganna, esperando juntas. Rindo, brincando, chamando-o de nomes e insultando-o de todo jeito, como a irmã dele tinha contado. Mas ela lidava com isto. Da mesma maneira que Morganna ajudava Raven a lidar com as ausências de Clint. Elas tinham um sistema de suporte entre as duas pela maior parte de suas vidas.
Ela era mais forte do que pensava que era, Reno refletiu enquanto entrava no meio-fio atrás do carro dela. Ele assistiu, os olhos estreitos enquanto ela saia do carro, aquele pequeno vestido preto na altura superior de suas coxas enquanto dançavam ao redor dela em uma nuvem de seda.
Mais lentamente, Reno saiu da caminhonete. Lento e cuidadoso, ele se acautelou. Ele tinha perdido o controle no clube. Inferno, quase a tinha fodido naquele canto escuro para que todo mundo visse.
"Vá embora, Reno”, ela rosnou enquanto destrancava a porta da frente. "Eu não quero te ver ou
falar com você”.
Pelo menos ela não tentou bater a porta na cara dele. Ela entrou na casa, deixando-a escancarada para ele. Reno controlou o sorriso que queria tocar seus lábios. Ela podia gritar até que chovesse para cima, mas ele a conhecia. Por dentro e do avesso, ele a conhecia, amava, e estaria ferrado se a deixasse achar desculpas para expulsá-lo de sua vida.
"Você não está cansada de ser tão covarde, Raven?", ele disse enquanto a seguia para o lado de
dentro, batendo e fechando a porta atrás de si. Ela girou, os cachos marrons dourados longos, macios e lustrosos que fizeram as mãos dele se coçarem para deslizarem por eles."Eu? Uma covarde?", um dedo polegar imperioso apontou para o tórax dele. "Eu sou uma
realista, Reno. Diferentemente de você, prefiro ver a verdade em vez das mentiras bonitas que você
quer me alimentar”.
Ele cruzou os braços sobre o tórax, lentamente. "Quando, Raven, eu já menti para você?".
"Todas as vezes em que me tocou”, ela gritou de volta para ele, pensando nos últimos dois anos,
os beijos provocantes e toques de flerte. "Fingindo que era algo leve, amigável. Você quer tudo, não
é, Reno?".
"Diabos, sim!", ele estalou, enfrentando-a através do cômodo, sabendo que se ele ficasse muito
perto, não haveria nenhum modo de poder se impedir de tocá-la. "Eu nunca fingi que fosse qualquer
outra coisa, Raven. Você era a pessoa que continuada fugindo, que continuava se recusando a
enfrentar os fatos. Você é a mentirosa, Raven, não eu”.
"Eu nunca menti para você”. Ela deslizou as mãos pelo cabelo, com frustração e dor evidentes
no rosto. "Eu te disse que eu não podia lidar com você. Eu não podia lidar com o tipo de relação que
você quer de mim”.
"Foda-se isto”, ele rosnou. "Eu não quero apenas uma maldita relação com você, Raven. Eu te
quero para sempre. E você sempre soube disso”.
Raven olhou fixamente para ele com os olhos largos.
"Não…"
"Sim, por Deus, você sabia”, ele disse firme. "Você ficava me rodeando, provocando e paquerando, um beijo aqui e outra lá, uma carícia e uma passada leve de mão e você pensou que seria o suficiente para me manter longe. Agora você está descobrindo que não é nada disso e está totalmente assustada”.
A determinação endireitou os ombros dela e seus olhos reluziam. "Eu quero que você vá”. A voz
era áspera, rota com emoção. "Vá e não volte, Reno”.
Um sorriso zombeteiro curvou os lábios dele. "Sim, eu acho que você quer”. Ele cruzou os braços
sobre o tórax novamente, contendo a necessidade de segura-la e prometer que tudo ficaria bem. "Se eu partir”, ele continuou, "você continuará enfiando a cabeça em um buraco no chão, fingindo que, de alguma maneira, de algum jeito, se eu for morto em ação, então isso não te machucará. Você vai sobreviver sem um arranhão e o seu coração permanecerá intato”.
Ele a viu empalidecer, a cor fugindo de seu rosto enquanto ela olhava fixamente de volta para
ele em choque.
"Você realmente acha que pode fazer isto, Raven?", ele perguntou suavemente. "Você acha que
não se machucará? Você acha que conseguirá guardar ser coração bem longe e bem fechado onde
nada ou ninguém poderá parti-lo?".
"Pare”. A voz dela se agitou, partindo o coração dele. Mas a rejeição machucava mais. Queimava
sua alma.
Ele se moveu na direção dela então, segurando os ombros dela antes que ela pudesse evadir,olhando fixamente para ela enquanto ele lutava contra suas próprias emoções furiosas.
"Vai funcionar?", ele queria fazê-la ver a verdade. "Olhe para mim, Raven. Se eu morrer amanhã,
vai doer menos do que se nós tivéssemos um ano ou vinte anos juntos? Você vai me enterrar de
modo mais fácil?".
"Oh, Deus!", ela estremeceu, os olhos enchendo com lágrimas enquanto ela olhava fixamente para ele em miséria. "Eu não poderia aguentar. Você não entende, Reno? Eu não poderia aguentar se algo acontecesse a você”.
Aquelas lágrimas. Ele não podia lidar com as lágrimas. Deus, não a deixe chorar—isto o fazia querer matar alguém. E já que ele era o causador das lágrimas, isso não o dava muitas opções.
"Você não entende”, ela disse, secando com pressa as lágrimas. "E se eu for como a minha mãe? Eu não tenho a coragem de encarar isto”.
"Diabos, você não é”, ele disse, e se abaixou, tomando os lábios dela, forçando a cabeça dela
para trás contra a parede enquanto dava o beijo, como se precisasse tomar seu coração.
Completamente. Totalmente. E a resposta dela era tudo o que ele sabia que poderia ser, tudo o que
ele sabia que ela mantinha escondido dentro da alma.
Os lábios abertos, a língua dela se esticando para ele, sugando-o no calor de sua boca enquanto ela se erguia para ele, apertando as pontas duras de seus mamilos no peito dele enquanto os braços dela envolviam com firmeza o pescoço dele, as mãos prendendo a cabeça dele.
Com um grunhido roto, ele a puxou para mais perto, erguendo-a em seus braços e girando-a para a escadaria. Se isto era tudo o que ele teria, então ele tomaria. Mas por Deus, ele a mostraria.
Mesmo que fosse a última coisa que ele fizesse, ele mostraria a ela exatamente o que ela estava
jogando fora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Risco de Reno - Tempting Seals 01 - Lora Leigh
ChickLitDesde que era uma garotinha, Raven McIntire é secretamente apaixonada por Reno, o sensual irmão mais velho de sua melhor amiga. Ele é um SEAL da Marinha que acabou de retornar para casa do serviço. O que ela não...